sexta-feira, setembro 29, 2006

O CANDIDATO

Caros Leitores.
Semana passada, falamos a respeito do “Voto”.
Procuramos conscientizar aos menos esclarecidos, o valor desta arma que possuímos e que podemos detoná-la de dois em dois anos, de acordo com as eleições que se nos apresentam.
Cremos nós termos atingido nossos objetivos, uma vez a quantidade de contatos que tivemos a respeito da mesma. Uma série de pessoas que iriam desperdiçar o seu precioso Voto, agora, mediante o exposto por nós, irão depositá-lo em um candidato digno, de respeito e que mereça sua confiança.
Ora, atingirmos nossos objetivos em uma matéria, em um Ponto de Vista exclusivo a respeito do assunto, é gratificante e compensador, uma vez podermos ver a credibilidade que gozamos junto aos nossos Leitores, e, às pessoas ligadas a vocês que receberam os esclarecimentos necessários a respeito do assunto de vocês mesmos, caros e preciosos Leitores.
Com isto, temos a consciência tranqüila do dever cumprido, tanto para com os cidadãos, como para com os bons candidatos e principalmente para com nossa Pátria.
Com o dever cumprido por sermos formadores de opiniões.
Com o dever cumprido com os cidadãos pelo fato de sermos sabedores de suas descrenças com este bando de bandidos que compõem o governo, e, através desta eleição de domingo poderemos mudar bastante o cenário nacional.
Com nossa Pátria, pelo fato de através de iniciarmos com nossa cidade na eleição de Deputados Estaduais e Federais, atingimos a esfera federal com Senadores e Presidente da República.
Assim sendo, nossa missão de cidadão, de jornalista, de colunista, de formador de opinião, no que diz respeito a este assunto está cumprida. Cabe agora a vocês, eleitores de todas as classes sociais, desempenharem seus papéis com a certeza de que estão fazendo aquilo que suas consciências os levaram a fazer. Candidato escolhido, voto depositado. Aguardo do resultado da somatória geral.
Felizes estamos com os resultados obtidos em nossa luta em prol de uma democracia e de poderes constituídos de homens íntegros, ilibadas honestidade e de dignidade inabaláveis.
Mas, com o relatado acima, vamos agora ao nosso Ponto de Vista de hoje. Vamos falar um pouco do que tivemos que agüentar neste período de campanhas eleitorais de uma série de candidatos, candidatos estes, que não dificultaram a escolha por vocês, eleitores, do melhor dentre tantos que se apresentaram.
“Candidato – Aspirante a emprego, cargo, vaga em determinada instituição, honraria ou dignidade, etc.
Aquele que pleiteia um cargo eletivo”.
Isto é o que encontramos como definição de “Candidato” no Aurélio.
Mas vejamos o que cada um deles “apronta” para aparecer no período que antecede as eleições.
Temos todo o direito de comentar a respeito da atuação de cada um, pelo fato de durante a campanha termos tido que aturar a muitos, inteligentes, espertos, burros, estúpidos, aproveitadores, inaptos, incapazes, que testam seu nome para futuras eventualidades, ridículos que são usados por partidos políticos, são usados por políticos influentes para atrapalharem homens honestos e dignos, merecedores de nosso voto, enfim, de uma turma de incapazes e cansativos elementos usados pelos mais espertos, ou vaidosos de natureza.
Vamos lá, vamos por etapas.
Candidato para teste. É aquele que por incentivo de alguém, ou por vaidade, resolve lançar seu nome, apoiado pelo partido que pertence, a uma vaga na Assemblélia Legislativa ou no Congresso Nacional. Na atualidade ele pode ser um empresário, um comerciante, um banqueiro, um bancário, um presidente de alguma entidade, um cidadão comum vaidoso. Aí, lá vai seu nome para apreciação pública. Durante a campanha política, quantas besteiras temos que agüentar. Nos jornais, lançam propagandas como se não existisse pessoas melhores do que ele, e, que seu nome é o mais certo e viável para o cargo que pleiteia. Não sabe nem redigir um texto, não sabe se expressar em um palanque, não sabe se “Certo” é com “C” ou com “Ç”. Mas é um candidato que vai atrapalhar sua cidade, seu Estado e o próprio Brasil, pois não será eleito e em seu lugar, sua cidade não terá um representante nas esferas superiores. É uma lástima. O povo enganado por vaidade pessoal. Por vingança política. Por correligionários tentarem se manter no poder. E o povo que paga por tudo isto. E se por acaso um aborto acontecer, se por acaso um elemento deste vier a ser eleito, que tragédia. É mais um corrupto, é mais um vândalo, é mais um bandido a fazer parte da legião de cafajestes que infestam nossa Nação. Pau neles caros Leitores.
Candidato para atrapalhar. Vem a ser aquele lançado por lideranças políticas que se encontram com seus dias contados, que se encontram no crepúsculo de suas vidas usurpadoras da inocência do povo prestes a se encerrar. Então, para garantir lançamentos de nomes de suas curriolas, de seus meios de sobrevivência neste mundo de baixaria que convivem, a disputarem cargos municipais nas próximas eleições, e, se na hipótese de ganharem, vierem a continuar o mando político nos bastidores, usufruindo do dinheiro público, das taxas, emolumentos, impostos pagos pelo povo para suas subsistências, usam de pessoas que eleitas por votos comprados em eleições anteriores, comprados e comprovados através de ações judiciais, ficam na berlinda política administrativa de uma cidade. Chega o dia das eleições, a decepção é concretizada. Todas as prévias pré fabricadas e registradas para publicação são desmentidas com os resultados das apurações. Lá vai o candidato usado, que ocupa cargo público, que se julga um cidadão útil e prestativo, mas na verdade não passa de um empresário próspero, porém com seus dias contados com os resultados adversos que surgirem nas apurações. Quantas pessoas irão entrar em desespero. Quantos cargos ficarão a disposição dos honestos que surgirão para renovar o cenário político municipal que por tentativas vãs, frustadas, ridículas de mandatário para destruir carreiras em benefício da própria, terá por fim sua vida política marcada com um ponto final. Com um chega. Por uma estratégia mal elaborada. Porém, se vier a obter êxito, creiam caros Leitores, lá vamos nós arcar com conseqüências pesadíssimas nos anos vindouros.
Candidato teimoso. Vem a ser aquele que muitas das vezes deixa de apoiar um candidato ao Congresso Nacional por ser submisso a parentes, a correntes políticas, fiel a outro candidato, almejando também talvez até a Prefeitura Municipal. É um verdadeiro absurdo candidatos do mesmo partido não estarem juntos em um palanque. Não estarem juntos batendo de porta em porta pedindo votos, explicando a necessidade da cidade de possuir Deputados Estaduais e Federais. É uma tristeza a submissão de candidato a ordens familiares, políticos que já passaram da hora de deixarem de influenciar as pessoas achando que ainda exercem influência sobre uma população. O prejuízo causado por ele ao candidato é enorme. Talvez a sua não eleição. Talvez não consiga seu objetivo pela imposição de caciques superados, que já voltaram a serem índios novamente. Passado é passado. Não se formam líderes continuando impondo o que já é obsoleto. O povo é inteligente e está revoltado. Agora não é a hora de estratégias que não irão atingir seus objetivos. Cuidado homens do passado. Cuidado chefes e líderes políticos, poderão ficar na berlinda com o fracasso, como também, como já dissemos, com um aborto, vierem a obter êxito.
Candidato submisso. É aquele que aceita de tudo. Está na campanha até por imposição e pelo fato de “jogadas” anteriores terem fracassado. Ele está aí, batendo de porta em porta, chorando que não foi eleito por falta de pouquíssimos votos na eleição passada. Pode desta feita não ser eleito por falta de muito mais. Pode até ser eleito. Se o for, sairá desta denominação de submisso. Será então independente. Até torcemos para isto. Vejamos o resultado.
Candidato aproveitador. É aquele que devagar, de mansinho vai chegando. Aproveita um comício aqui, outro ali, outro acolá, deixando seus veículos estacionados nas redondezas. Não importa o partido a que pertença. Importa sim estar presente. Um votinho aqui, outro ali, e lá vai ele, arrancando votos e sujeito a eleger-se como representante de sua cidade. Temos um em pauta aqui em Araguari.
Candidato de fora. Ah, ah caros Leitores, estes existem demais. Existem candidatos de fora eleitos. De carteirinha. Empresários bem sucedidos, e alguns frustados que buscam aqui seu refúgio final. Cuidado com eles. Os que fazem por Araguari, o fazem cobrando caro. Daqui levam fortunas em troca do que trouxeram. Já estão pagos e muito bem pagos. Arranjaram empregos, construíram, investiram, valorizaram a cidade e se tornaram mais ricos. Um detalhe, já chegam aqui eleitos. Os votos daqui arrancados, vão para as legendas, e, nas legendas, elegem deputados que nem conhecem Araguari. Nunca nossa cidade será lembrada por eles. Querem isto? Claro que não. Se aqui investiram foi porque viram o retorno imediato daquilo que fizeram. Ótimo, Araguari agradece. Todos foram beneficiados, mas o eleito foi mais. Existem outros também, porém, são menos imponentes. Retribuem com algum benefício por obrigação. Esperemos que se lembrem daqui. Mas vocês, caros Leitores, não votem em legenda, votem em candidatos.
E assim caros Leitores, chegamos ao final de nossas opiniões sobre candidatos. Esperamos que tenhamos ajudado na definição, na escolha do seu. Esperamos que tenham concluído que existem candidatos com propostas concretas e honestas. Existem candidatos que mostram a origem do dinheiro de suas campanhas. Existe aquele que merece o seu voto, a arma que possuímos para ser usada de dois em dois anos, detonando a corrupção, vandalismo, baixaria, bandidagem.
Escolham dentre tantos, o candidato que não se enquadrar no que narramos acima, mas sim naquele que apresentar propostas concretas e possíveis de serem cumpridas. Escolham o que realmente possa ser seu representante no Cenário Político Nacional e que possa fazer alguma coisa por nossa cidade que há 10 anos não possui representante no Congresso Nacional. Ajudem também a termos nosso candidato na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Saibam votar para Senador. Para Presidente da República, pensem também duas vezes antes de detonar sua arma fatal, o Voto. Lembrem-se, o Brasil está em suas mãos.
Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.

quinta-feira, setembro 21, 2006

O VOTO!

Caros Leitores.
Há uns dias atrás, nos encontramos com uma professora de nível superior, ensina línguas, muita amiga nossa, casada, mãe de um belo garoto e a espera de mais um para breve.
É contemporânea de nossos filhos e filha de amigos de nossa juventude.
Ela, muito comunicativa, ao descer de seu carro, com aquela barriga imensa, no aguardo do bebe que aí vem, puxando pela mão o garotinho de dois anos, ainda carregando seus brinquedos, tudo para levar aos cuidados de sua mãe para que ela pudesse ir cumprir com suas obrigações profissionais, nos disse em um ímpeto de desabafo: “seu Peron, os políticos estão uma tristeza, vou anular meu voto "!
Surpresos com o que ela disse afirmativamente, sem pestanejar, com convicção, no movimento que a rua estava, e ela tendo que atravessá-la, nós indignados com o que acabávamos de ouvir, respondemos ao mesmo tempo perguntando: “Mas cara amiga, você não pensa no futuro desta criança que está em suas mãos e nem na que carrega na barriga, prestes a nascer para este mundo em que vivemos ?
Você vai jogar seu voto no lixo ?
O que você quer para elas ?
Que tipo de mundo as esperarão se você anular seu precioso voto, esta arma que possuímos para defender nosso imenso Brasil ?
Quer deixá-los a mercê de bandidos, crápulas, ladrões, vândalos, corruptos que compõem a Assembléia Legislativa, o Congresso Nacional, as nomeações de maus elementos por um Presidente da República por nós eleito ?
Não em sua totalidade, mas na grande maioria ?
Por acaso não quer usar seu precioso e inalienável voto para ajudar a eleger homens dignos, honestos, novos, com um passado brilhante e um futuro promissor ?
Quer perder esta chance ?
Pense bem cara amiga, você é jovem, o mundo é de vocês. Para muitos que já cumpriram suas jornadas trabalhistas na vida, desfrutam de uma magra e mísera aposentadoria, o voto ainda é a principal arma, que dirá para vocês ?
Analise dentre tantos candidatos que irá encontrar um que mereça sua confiança, sua credibilidade, que lutará por um Brasil melhor e que possa proporcionar às novas gerações, assim como àqueles que já cumpriram com seus deveres dias melhores. Por favor, ajude o Brasil.
Você é uma intelectual. Você é uma professora de nível superior. O nosso futuro está em suas mãos e daqueles que você ajudar a orientar quanto ao voto. Faça isto que estou fazendo com você. Sensibilize as pessoas. Seja uma cidadã consciente, atuante, e não uma pessoa desinteressada com o futuro destes que colocamos no mundo.
Repetimos, não jogue seu voto no lixo, não o anule e nem vote em branco. Saiba fazer valer seus direitos. Vote em alguém que mereça respeito e consideração para que venha a nos ajudar.

No meio do trânsito, ela atravessando a rua, sobrecarregada, respondeu-nos: o senhor tem razão. Não precisa falar mais nada. Eu não havia pensado nisto. Vou usar minha arma. Vou ajudar a eleger pessoas dignas e honestas para o futuro daqueles que somos responsáveis e pelo nosso Brasil. Que ele seja melhor do que é.

E assim ela seguiu em frente, entrou na residência da mãe dela, acenou para nós, deixou o filho com seus brinquedos, voltou com o que carrega no ventre, entrou em seu carro e partiu para seu trabalho, ensinar os semelhantes. Sorrindo nos acenou novamente de seu carro.
Cremos que cumprimos com nosso dever de cidadão, alertando uma pessoa quanto ao valor do voto, tema de nosso Ponto de Vista desta semana.

Mas, vejamos o que o “Aurélio” nos diz sobre o Voto.

Do Latim, Votu, “promessa”. Substantivo masculino:
01 – Ação de votar, votação. (o voto é obrigatório).
02 – Promessa solene com que nos obrigamos para com Deus. (voto de castidade).
03 – Promessa solene, juramento.
04 – Promessa feita pelos religiosos membros de ordens e congregações religiosas.
05 – Oferenda em paga de promessa.
06 – Súplica à divindade.
07 – Desejo íntimo, ardente.
08 – Maneira de expressar a vontade ou opinião num ato eleitoral ou numa assembléia.
09 – Sufrágio, votação.
10 – Lista que se vota numa eleição, cédula.

Voto de Confiança:
01 – Decisão das câmaras legislativas pela qual o governo fica autorizado a proceder livremente acerca de qualquer negócio.
02 – Decisão de qualquer assembléia no sentido de autorizar as decisões tomadas pelo presidente.
Voto deliberativo:
01 – Direito de sufrágio, numa assembléia.

Voto de Minerva.
01 – Voto de desempate, concedido aos presidentes dos corpos administrativos, judiciários, etc.:
Voto de qualidade:
01 – Voto de Minerva.
02 – Sistema eleitoral em que o número de votos de cada eleitor varia de acordo com os títulos que ele tem: chefe de família, proprietário, diploma universitário, etc.; pluralismo.

Voto nominal:
01 – Voto dado por indivíduo que se nomeia ou é nomeado.
02 – Sufrágio em que o nome do votante não é mantido em segredo, mas sim, indicado no ato de votar, geralmente por chamada.
Voto plural:
01 – Sistema eleitoral que atribui, em determinadas condições, varias vozes a uma mesma pessoa.
Votos do batismo:
01 - As promessas e renúncias feitas pelo catecúmeno, ou padrinhos, em seu nome, antes da administração do batismo.

Voto simples:
01 – O emitido pelo religioso de congregações, e que não invalida os atos que lhe forem contrários.
Voto solene:
01 – O voto emitido pelo religioso de ordem aprovada pela Igreja, e que invalida os atos que lhe forem contrários.
Voto vencido:
01 – O que é dado em separado, num tribunal judiciário, pelo membro divergente da maioria, fundamentado ele ou não a divergência.
Viram quantas finalidades e o que vem a ser voto ?
Ele é uma arma que temos e podemos usar.
Assim sendo, caros Leitores, podemos observar a grandiosidade do “Voto”.
Tudo o que ele nos proporciona. A arma que podemos portar e usar sem sermos punidos. Punidos seremos se deixarmos de usá-la ou a usarmos indevidamente, deixando-nos levar pela revolta, pela mágoa, pela tristeza, pela decepção de vermos estes políticos vagabundos, bandidos, ladrões, corruptos, do mensalão, do mensalinho, das ambulâncias e outros mais, impunes, livres e desimpedidos para voltarem a ser votados por pessoas que lutam por eles, que desfrutam da desonestidade deles, que se aproveitam dos atos ilícitos por eles praticados e que muitas vezes são peças fundamentais para tal.
Necessitamos com urgência de uma renovação em nossa Assembléia Legislativa, colocando nela homens de bem, dignos de serem votados e nos representarem através do voto, que vem a ser uma procuração assinada em branco para seus atos. Que ele seja honesto.
A mesma necessidade temos para com os membros do Congresso Nacional.
A oportunidade se nos apresenta aí, dia 1º de outubro. Nossa arma é o “Voto”. Saibamos votar, escolhamos nossos representantes, na Câmara Federal, no Senado, ajudando a eleger representantes que não envergonhem o dístico constante em nosso Pavilhão Nacional, “Ordem e Progresso”.
Que eles, os novos eleitos, os reeleitos, sejam realmente a expressão de quem quer trabalhar para que os filhos da cara amiga, citada no princípio de nossa matéria, possam ter dias melhores, possam desfrutar de nosso Brasil, desta Nação que causa inveja no resto do mundo, por ser ela uma reserva natural de tudo que necessitam.
Caros Leitores, vamos conscientemente, escolher pessoas que realmente possam realizar não promessas, mas sim e principalmente, as necessidades que se apresentam perante nossos olhos.
Vamos pensar em nossa cidade. Vamos pensar naquilo em que vivemos, trabalhamos, desfrutamos. Vamos pensar alto, em nossa cidade, em nosso estado, em nosso Brasil.
Somos uma grande cidade. Somos um Estado maravilhoso. Somos um País de riquezas ainda inexploradas.
Possuímos uma arma legalizada. Uma arma que muitos países não possuem. Uma arma que pode ser usada de quatro em quatro anos. Saibamos usá-la quando temos esta oportunidade.
Vamos detoná-la oportunamente para que aqueles em que confiamos possam nos representar colaborando para a grandeza de nossas vidas.
Não anule seu voto. Não vote em branco. Seja um cidadão consciente, mostre que existem pessoas de respeito e que merecem seu voto.
Voto, direito sagrado do cidadão.
Todos no gozo de seus direitos podem votar e serem votado.
Ah, a criança que nossa amiga esperava, já veio ao mundo sadia e perfeita. Mais um homem para trabalhar por este Brasil.
Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.

sábado, setembro 16, 2006

DESFILE CÍVICO MILITAR

Caros Leitores.
Quinta feira passada, dia 7 de Setembro, assistimos mais um desfile Cívico Militar em comemoração à Independência do Brasil, promulgada por Dom Pedro I em 7 de Setembro de 1822. São 184 anos de Independência deste nosso imenso território brasileiro, de nosso Brasil.
Mas, lá na esquina da José Carrijo com a Praça Getúlio Vargas, tivemos a oportunidade de vermos o início, meio e final do monumental desfile, maravilhosamente organizado para a comemoração de tão significativa data para nós brasileiros, assim como, os povos que para cá vieram na construção de nossa Pátria, como também, desfrutar de suas sobrevivências, dadas as nossas riquezas naturais.
O monumental desfile foi aberto pela Polícia Militar, seguida pelo glorioso Corpo de Bombeiros, em demonstração do poderio de segurança, tanto na área policial como no socorro à população. Estão devidamente equipados para quaisquer tipos de ocorrências.
Aí, aí caros Leitores, tivemos a mais grata e feliz surpresa. Abrindo a parte Cívica das comemorações, surgiu o “Trovão Azul”, a espetacular fanfarra da Escola Estadual Professor Antônio Marques, garbosamente iniciando suas apresentações e postando-se no local onde ficava a já de gratas recordações, Banda de Música Maestro Luiz Bastos. Ali, naquele espaço defronte o Posto Policial, local estratégico para as corporações musicais executarem as marchas para as escolas que não possuem bandas, assim como entidades da comunidade, desfilarem perante o palanque com nossas autoridades representativas.
Sinceramente, não esperávamos mesmo pela Banda de Música Maestro Luiz Bastos, em razão de termos levantado todo o problema para seu funcionamento junto a Prefeitura Municipal de Araguari, e, com a Fundação Araguarina de Educação e Cultura, muito bem dirigida pela Presidente, Cinthia Maria Costa, divulgando todo o processo em nossa matéria sobre a mesma na edição do Botija de nº 1727.
Nossa maior felicidade, foi vermos o “Trovão Azul”, incumbido de tão relevante missão, ou seja, cadenciar o desfile de 7 de Setembro de 2006, realizado sob o comando do 11º Batalhão de Infantaria e Construção, nosso Batalhão Mauá.
Explicamos a razão de tanta alegria.
Voltemos no tempo e no espaço.
O Ginásio Estadual de Araguari, foi criado em setembro de 1954. Sua autorização de funcionamento, deu-se em 04 de maio de 1957, pela Portaria nº 735.
O tão famoso e concorrido estabelecimento estadual de ensino, teve sua denominação alterada para Escola Estadual Professor Antônio Marques, em homenagem ao seu antigo professor e posteriormente Diretor, com o Decreto nº 16.549, de 10 de setembro de 1974, ou seja, vinte anos após sua criação.
Muito bem, nós, juntamente com uma plêiade de jovens, formamos a primeira turma de alunos do Ginásio Estadual de Araguari, após passarmos por uma prova denominada na época, Admissão ao Ginásio. Era uma espécie de “vestibular”, considerando-se o número de vagas existentes e o de candidatos a elas. Uma verdadeira disputa do saber.
Assim sendo, ano que vem, será comemorado o Jubileu de Ouro da referida escola, e, nós, logicamente, iremos estar presentes em todos os eventos.
Vamos agora ao principal. A escola estava em pleno funcionamento. Nós, os alunos, queríamos desfilar nas datas comemorativas. Mas como se não tínhamos uma banda de música, uma fanfarra. Aí então, juntamente com o nosso colega, hoje eminente advogado, Dr. Marco Antônio Neves, fizemos a rifa de uma caneta “Parker 21” para angariar fundos para a aquisição dos instrumentos, assim como também rifamos uma bicicleta que conseguimos junto ao comércio local.
Pronto, lá estávamos nós com a reserva financeira nos bolsos, e com a ajuda do Jonalvo Alamy, filho do saudoso Dr. João Alamy Filho, que na época era nosso Inspetor de Alunos, fomos a São Paulo adquirir os instrumentos para formar esta que é hoje o “Trovão Azul”, orgulho do Colégio Estadual e de Araguari, considerando suas apresentações em outras cidades atendendo a convites.
Entenderam caros Leitores a razão de nossa euforia ? A banda que nós iniciamos a formação há 50 anos atrás, estava incumbida de realizar a apresentação do 7 de Setembro de 2006. Muita emoção e saudades sentimos.
E o desfile foi se desenrolando. Escolas da cidade passavam garbosamente e orgulhosamente perante a multidão que se aglomerava nos quarteirões próximos à Praça.
Todas as escolas municipais desfilaram. Todas as escolas estaduais também se fizeram presentes. Organizações de nossa sociedade prestigiaram o evento. O Rotary Club fez uma brilhante apresentação. As escolas particulares demonstraram seu civismo com a imponente presença. Enfim, bandas dos diversos estabelecimentos se fizeram presentes, cada uma se esmerando mais para despontar e receber os aplausos do público. A cada uma que desfilava, com suas evoluções, demonstravam à população a paixão pela música, pelos instrumentos musicais, pelo desempenho voluntário e artístico de cada componente.
De repente, surpresa geral, uma completa, maravilhosa, imponente corporação musical, uniformizada, instrumentos vários, de sopro, de percussão, executando músicas próprias para a ocasião, surgiu aos olhos de todos, em uma demonstração incontestável de que Araguari possui uma verdadeira Banda de Música pronta a se apresentar em qualquer evento comemorativo que se fizer necessário.
Estamos nos referindo a “E.B.D.”, Escola Bíblica Dominical, que deixou todos extasiados com sua inigualável apresentação perante a entusiasmada multidão que não se cansou de aplaudir a memorável apresentação.
Tal corporação musical é formada por jovens trabalhadores nos diversos setores de nossa cidade. É formada por moças e senhoras que em seus momentos de folga, se dedicam a arte da música, realizando seus ideais e deliciando o povo com os sons harmoniosos por elas produzidos. Homens do trabalho também se dedicam carinhosamente para que tão elegante corporação musical, realize a satisfação tanto de seus membros, quanto do povo araguarino, assim aqueles que nos visitam.
Ela passou. Garbosamente, elegantemente, cadencialmente e musicalmente falando. Passou e marcou presença. Mostrou a todos o que é uma Banda de Música. Nenhum de seus membros são remunerados. São todos voluntários. Músicos por vocação. Por amor a arte.
E o desfile continuou. Tivemos a presença de corpos docentes desfilando juntamente com os discentes, em uma demonstração de civismo, de patriotismo, tudo em comemoração à data festiva.
Terminada a passagem dos que proporcionaram tamanho ato de civismo e patriotismo, o “Trovão Azul”, sempre dirigido pelo dedicado e voluntário mestre Itamar, deslocou-se do local em que esteve durante toda apresentação, e, encerrou a parte cívica escolar, com evoluções brilhantes de seus membros, muitos deles, não alunos, mas verdadeiros voluntários músicos que se apresentam por amor a arte.
Aí veio o que todos esperam no decorrer do ano. Aí veio o 11º Batalhão de Engenharia e Construção, o nosso Batalhão Mauá, o inesquecível Batalhão Ferroviário, em nosso convívio desde 1965, ou sejam, há 41 anos fazendo o progresso do Brasil sediado em nossa cidade.
Foi mais uma bela apresentação realizada.
Encerrando o desfile, a Prefeitura Municipal de Araguari, apresentou seu equipamento que trabalha em prol de nossa cidade.
Uma bela manhã. Um belo desfile. Uma data devidamente comemorada. Demonstração de Civismo e Patriotismo de nossos cidadãos.
Caros Leitores, cremos nós que ficou explícito o assunto de Banda de Música. Cremos nós que todos entenderam o que nas entrelinhas endereçamos para a Banda de Música Maestro Luiz Bastos. Cremos nós que deu para entender que o problema existente e já narrado em matéria específica, não foi sanado. Cremos nós que ela é movida a dinheiro. Pagou toca. Não pagou não toca. Falando nisso, o que fizeram com R$ 2.375,00 por cada apresentação realizada ? O que fizeram com os R$ 57.000,00 recebidos no decorrer de 2005 ? Afinal, tocam ou não tocam na banda por prazer, por vocação, por amor a arte, por dedicação a cultura e ao lazer de um povo ?
Não iremos aqui dizer “é lastimável” o fato dela não ter comparecido às festividades do “Dia da Pátria”. Pelo contrário, não fizeram falta nenhuma. Ficaram isto sim no ridículo, pois seus componentes estavam lá no desfile dentre a multidão. Puderam ver e sentir o que vem a ser voluntariedade, civismo, cultura, dedicação, espontaneidade. Devem ter ficado constrangidos em ver tanta beleza sendo que eles poderiam estar no meio delas. Mas pelo visto acabou. Repetimos, não fizeram nenhuma falta, simplesmente foram ridículos com sua ausência.
E o casal Dr. Onofre e Maria José, não tiveram a satisfação de marchar garbosamente na frente da corporação. Não se apavorem não, outras bandas existem e vocês poderão demonstrar todo carinho que têm pelas corporações musicais.
Senhora Presidente da Fundação Araguarina de Educação e Cultura, Cinthia Maria Costa, Senhor Procurador Geral do Município, Dr. Ubaldo Rodrigues do Nascimento, Senhor Prefeito Municipal, Psicólogo, Dr. Marcos Antônio Alvim, aceitem uma sugestão, coloquem os instrumentos da banda de propriedade da Prefeitura, à disposição de quem queira por vocação, por amor a arte, exercer a nobre missão de brindar o povo araguarino com agradáveis músicas.
Talvez o defeito esteja no dirigente da banda. Por que não trocá-lo.
Existem cidadãos que gostam de exercer o direito de cidadania.
Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.

sexta-feira, setembro 08, 2006

TRIBUTO A UM GRANDE BENFEITOR


O empresário e ex-prefeito de Araguari (1973/76), em foto oficial para a galeria dos administradores do município >

Comentário ao artigo “Homens que fizeram e fazem nossa História” (
leia aqui), publicado neste blog e no jornal Botija Parda, edição comemorativa aos 118 anos de Araguari:

“Caro Peron: Foi muito agradável ler seu artigo sobre a Dona Isa, viúva do senhor Milton Lemos da Silva, grande empresário e ex-Prefeito de Araguari.

Além da justa homenagem a esse grande personagem da história de Araguari, subliminarmente no artigo emergiu também você Peron; ficou estampada a sua sensibilidade, digna e própria dos melhores maçons e cristãos.

Atitudes de reverência como essa, além de valorizar o ser humano, é um exemplo de que devemos respeitar a memória e a família dos nossos heróis.

A respeito do Dr. Milton, eu tenho viva lembrança de tê-lo visto um dia caminhar pelas Ruas do Centro e achei impressionante.

Eu era muito criança e ver um homem tão importante, caminhar pela rua, como se fosse uma pessoa qualquer, era uma coisa totalmente anormal.. Afinal, ainda hoje é.

Já naquela época eu ficava pensando, que homem iluminado e grandioso, ser escolhido por todos os segmentos da sociedade para ser um prefeito é algo impressionante. Talvez isso explicaria o sucesso da CTA – Cia. Telefônica Araguarina.

Que reconhecimento importante a atitude dos partidos políticos ao abrirem mão da sua luta pelo poder, indicando um homem de bem, de reputação ilibada e capacidade gerencial.

Da nossa leitura dos clássicos antigos, vê-se que Sócrates indicava esse perfil como lider grego ou funcionário público ideal. E eu pensava, ainda criança naqueles dias, que fenômeno ocorreu naquele tempo para os políticos de Araguari tomarem tal decisão, unindo-se em torno de um nome.

Quantas oportunidades ainda viriam na vida da cidade e do País, quando desejamos encontrar na sociedade um Dr. Milton. Abraço triplo.”

Enviado por e-mail por
Natal Fernando da Silva
Araguarino residente em Brasília-DF

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Nossa resposta ao prezado leitor e amigo:

“Caro Natal: Simplesmente sensível, e, porque não dizer emocionante, a mensagem enviada à nossa pessoa a respeito da senhora Isa e do seu falecido e inesquecível esposo, Milton Lemos da Silva. Tivemos a oportunidade de conviver momentos importantíssimos da vida de Araguari. Pudemos conviver com este senhor que só deixou exemplos dignos de sua pessoa. Estas palavras proferidas pelo caro irmão de Ordem Maçônica, para nós é muito gratificante, onde imaginamos que para a família do ilustre Milton Lemos o quão significará o reconhecimento por pessoas que podem narrar fatos como o que você narrou. Aí de Brasília, acompanhando a vida de sua terra mãe através de nossos Pontos de Vista, levam-nos a emocionarmos, e, ao mesmo tempo, incentivar-nos a continuar narrando nossa vivência às gerações atuais, assim como, avivando-as nas memórias dos mais antigos. Sinceramente agradecidos, inclusive em nome da família do senhor Milton Lemos da Silva, despedimo-nos, retribuindo o fraternal abraço. Peron Erbetta.

quinta-feira, setembro 07, 2006

O DESABAFO !


Caros Leitores.

Lemos na imprensa, um desabafo da Dra. Soraya Brasileiro Teixeira, Juíza de Direito da Vara Criminal de Araguari, que inclusive, já conta trechos em sites da Internet.

O desabafo feito por ela referindo-se à Vara da qual é titular, não nos causou nenhum espanto, muito menos surpresa. Nada mais, nada menos foi, que um desabafo do acúmulo de serviços a serem executados por ela, assim como, um alerta às Instâncias Superiores, do grave problema que vem enfrentando nossa Comarca, no que diz respeito, além de outros, no Poder Judiciário.

Vamos lá caros Leitores, vamos ver de perto as declarações dadas por ela ao repórter que a entrevistou e teceu suas considerações a respeito. Iremos transcrever na íntegra o que a Dra. Soraya disse sobre o assunto, sendo que ela assumiu o cargo em 02 de agosto de 2005.

“A área criminal é extremamente importante para a sociedade. Não que as outras não sejam, mas acho que todo mundo questiona a segurança pública, que está muito afetada em razão dessa ausência de resposta do Juciário. Pior do que ter uma resposta que não é do seu gosto, é ter a ausência de resposta. Com isso, os processos vão crescendo e a impunidade aumentando”.

A senhora está coberta de razão Dra., porém, como bem disse, não é só a área criminal que é importante e necessita ter seus processos em andamento. Todas as outras são de iguais importâncias e de relevantes necessidades, pois nossa cidade, apesar de estar com as Varas com seus titulares, encontra-se com um atraso considerável no andamento dos processos que nelas tramitam. O povo é o maior prejudicado. Os advogados, são verdadeiros mártires perante seus clientes que não entendem o fato de sua causa não estar em andamento normal. Para eles, bem sabe a senhora, o advogado é que não corresponde com a causa impetrada. Ele é fraco. Não tem argumentos, e assim por diante. Na realidade, é a morosidade da Justiça a culpada de tudo. E como ela é morosa. Caminha lentamente a passos de tartaruga.

Mais adiante a Dra. Soraya continua seu desabafo: “Não como Juíza, mas como cidadã, morro de raiva ao ver pessoas que mereciam estar respondendo um processo criminal mais célere se valendo da morosidade da Justiça para estar alcançando o que é chamado de impunidade. As personalidades vão sendo moldadas de uma forma doentia e quem paga por isso é a própria sociedade”.

Esta afirmativa Dra. nos leva a crer que lá no fundo de seu coração, a senhora também sofre como Juíza, sofre de ver os processos truncados e necessitando de soluções que venham fazer justiça aos réus, e, claro, lógico, evidente, à sociedade.

Mas isto acontece em todas as Varas, Dra., pois os problemas, apesar de serem outros, os processos tramitando, aguardam soluções urgentes, ou melhor urgentíssimas, pois a sociedade delas dependem com os cidadãos que movem ou são envolvidos pelas conseqüências das sentenças que são dadas, para continuarem suas atividades, e, os Juizes titulares, dentro das sapiências peculiares, apresentarem as soluções tão esperadas e necessárias.

Continuando, disse a Dra. Soraya: “Sei das minhas responsabilidades e que tenho que atender a todas as minhas demandas. Mas conheço meus limites no sentido de que humanamente não sou capaz de atender todas elas. Isso me gera uma angústia muito grande. Em determinado momento, penso em ir embora para outro lugar, pois estou longe de casa e da família. Estou trabalhando muito e não vejo retorno, interesse ou preocupação em resolver o problema. Gostaria de ficar mais tempo aqui pelo que senti no início, mas toda essa situação, e eu não posso mentir, me leva a pensar em ficar menos tempo, até porque vou ficando doente. Não sou Juíza 24 horas por dia por mais que as pessoas queiram isso de mim ou que, às vezes, eu queira fazer isso. Não há como negar que me atrai a idéia de ir para um lugar mais perto de casa para que eu possa trabalhar num ambiente onde eu encontre retorno”.

Pelo amor de Deus Dra. Soraya, não nos deixe. Pelo amor que já sente por Araguari, continue a nos ajudar em suas lides forenses. Não deixe nossa cidade mergulhar mais ainda na morosidade em que se encontra atualmente. Continue seu sacrifício que é reconhecido pela população e aja para o bem desta cidade que a recebeu de braços abertos e conta com sua atuação brilhante e que já lhe sugou a saúde, pois conforme relata, está prestes a um esgotamento total que a levará a repouso e longos tratamentos em clínicas especializadas. Este seu desabafo, com certeza, irá gerar um andamento melhor na Vara Criminal, e, automaticamente, irá fazer com que as demais, agilizem também os processos em tramitações. A cidade, os advogados, os executantes, os executados, pedem sua permanência entre nós.

Ainda disse Dra. Soraya: “Apesar das promessas que todos escutamos, não vejo nenhuma preocupação de se mandar imediatamente um Juiz a Araguari para cooperar ou de uma reedivisão de tarefas entre os Juizes que estão aqui, ou qualquer outra solução que contorne ou ao menos amenize esses sintomas para que a sociedade possa ficar um pouco mais tranqüila. Em conseqüência disso, também vivo essa intranqüilidade”.

Está aí Dra., a senhora mesmo com esta manifestação, deixou uma saída para o problema que aflige o Poder Judiciário de Araguari. Como a vinda de novos Juizes, criação de novas Varas se tornam difíceis, se tornam inviáveis pelo fato de não termos quem interfira por nossa cidade.

Por que os Juizes da Comarca não fazem um grande, um imenso, um fabuloso mutirão, juntamente com todos os componentes do judiciário em Araguari, entrando e saindo semana, meses, ano, para que os processos em andamento em todas as Varas sejam solucionados? Basta um sacrifício de todos para que se sane um problema tão grave e que cresce a cada dia que passa.

Está aí nossa sugestão.

Quando Dra. Soraya aqui chegou, herdou 171 processos para sentenciar. Processos de 1998, 2001, 2002 e mais antigos ainda. Disse ela: “O acúmulo existe e é preocupante porque são processos que vão dar prescrição, ou seja, o estado vai perder o direito de se punir a pessoa que cometeu um crime, sem importar se seja grave ou não. A pena pode não ser tão alta, mas nem por isso a vítima não tem direito de ter uma apreciação. Se a conduta da pessoa é criminosa, ela tem que ser tratada pela tal”. Aí ela cita processos em andamento e parados, de grande gravidade, como erro médico, onde os especialistas respondem pelo resultado morte de forma culposa. O processo do bungee jump, que vitimou a estudante Letícia Santarém, em 2005.

Disse ainda: “São casos de repercussão que vão sendo deixados porque uma pessoa não consegue fazer tudo. Tenho que primeiramente lidar com réu preso do que está respondendo agora e do que já cumpre pena. Todos os dias tenho que analisar a situação deles. Depois disso têm a infância e a juventude, depois acidentes de trabalho e, por último, o réu solto, independente do crime”.

Para os Juizes a situação é esta. Para os advogados das causas em andamento, em qualquer Vara, a mesma coisa acontece. Espera, espera, burocracia, prazos, atrasos, prescrições, dívidas não pagas, separações suspensas, indenizações paradas, arquivadas etc., etc., etc..

No que diz respeito ao depósito onde ficam guardadas provas materiais de crime, como armas de fogo, aparelhos celulares, bicicletas, roupas sujas de sangue, pedaços de pau e outros, a Dra. Comentou: “Tudo é vinculado a um processo. Enquanto o mesmo não é encerrado, alguns destes objetos têm que ficar depositados em juízo, aguardando o fjnal do processo, que, por exemplo, pode ser mostrado em uma sessão do Tribunal do Júri. Outros podem ser restituídos e fazemos isso para evitar acúmulo, que ainda assim é muito grande. Além disso, há uma preocupação com a segurança, já que por várias vezes esse depósito foi invadido, sendo furtados objetos que antes de serem periciados eram importantes, até para a solução do processo. E sabe-se lá porque estes objetos foram escolhidos dentre tantos outros que lá estão”.

É issso aí, caros Leitores. Transcrevemos a entrevista com a Meritíssima Juíza, Dra. Soraya Brasileiro Teixeira e tecemos nossos comentários a respeito. Esperamos que tenham se esclarecido mais.

Agora vamos mais além, vamos comentar nossa profissão.

Nos formamos em Direito em 1971. Faculdade de Direito da Universidade de Uberlândia. Pelo fato de estarmos em emprego fixo, resolvemos nele permanecer até 1975, quando nos demitimos e tiramos nossa licença junto a Ordem dos Advogados do Brasil, Estado de Minas Gerais, 47ª Subseção de Araguari. Nossa inscrição 28.432.

Na gestão da empresa que fundamos em sociedade com o Dr. Ivan Cavalcanti Canut e Joaquim Marques Povoa, exercemos a nobre arte dentro das necessidades que nos apresentavam. Sempre sofremos com a morosidade dos processos que ajuizávamos. Todos se referiam a causas imobiliárias. Logicamente o “dinheiro” era o motivo de todos. Enfrentamos muitas adversidades com o Judiciário.

Fizemos bom proveito do Direito quando lecionávamos nos colégios da cidade, e, disciplinas hoje desprezadas, na época em que vivíamos o regime ditatorial, eram obrigatórias nas escolas. OSPB – Organização Social e Política Brasileira; EPB – Estudos dos Problemas Brasileiros; EMC – Estudo de Moral e Cívica, são as matérias. Todas exigia conhecimentos de Direito. Os alunos de então, hoje são especialistas em defender e levar conhecimento daquilo que mais necessitamos, conhecimento da política, do social, da economia.

Nos cargos que exercemos na Administração Pública, governos Neiton de Paiva Neves e Milton de Lima Filho¸ o Direito foi peça fundamental para nosso desempenho.

Em nossas atividades atuais, ele é de grande valia. Mantemos nossa inscrição na Ordem, porém, procuramos não advogar judicialmente. Quando se faz necessário, um colega ajuíza por nós.

Pelo problema abordado pela Dra. Soraya, a morosidade forense, procuramos não sofrer diretamente com ele. Aguardamos através do nosso advogado constituído.

Esta morosidade forense, traz, para a classe advocatícia araguarina, um mal incurável. Incurável pelo fato da credibilidade. Todo e qualquer advogado, dentre os mais de 400 existentes em Araguari, não tem como explicar ao seu cliente, o motivo pelo qual o processo não anda. Ele não tem como explicar que não tem culpa. Que seus serviços são bons. Que ele está devidamente qualificado para exercer a profissão.

Torna-se então difícil porém necessária, atribuir a culpa de tudo ao Poder Judiciário, eximindo-se assim de responsabilidades que não lhe cabem.

Esta entrevista da Exma. Sra. Dra. Soraya Brasileiro Teixeira, veio esclarecer fatos e mais fatos. Tranqüilizar advogados e clientes no que diz respeito às suas causas tramitando no Fórum local. Ela veio reatar desentendimentos entre as partes. No que diz respeito específico à sua área, a Criminal, ficou definitivamente esclarecido o problema vivido por ela. Seu sacrifício é reconhecido por todos.

Araguari agradece seus esforços, nobre Juíza.

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.

sexta-feira, setembro 01, 2006

E A BANDA !


Caros Leitores.

Há uns dias atrás, um pedido de ajuda junto a Administração Pública, foi feito por uma pessoa conhecida, no que diz respeito a Banda Municipal “Maestro Luiz Bastos”.

O acontecido foi o seguinte: foi solicitada a presença da Banda de Música para abrilhantar um evento comemorativo em uma das organizações de nossa cidade, e, o mesmo, foi negado pelo seu dirigente.

Foi alegado pelo dirigente da Banda, que a Prefeitura Municipal não estava dando suporte para que a tão famosa e alegre corporação musical, continuasse fazendo suas apresentações, alegrando o povo em geral com suas retretas saudáveis de se ouvir.

Ora, aquilo nos deixou simplesmente pasmados. O Prefeito Municipal se negando a proporcionar alegria ao povo ? O Prefeito Municipal se negando a dar continuidade nas atividades da Banda de Música, coisa tradicional em todas cidades pela dedicação e colaboração de cada músico ? Pela voluntariedade de seus integrantes.

Não querendo acreditar no que ouvíamos, fizemos um retrocesso ao passado. Fomos parar lá na década de 50, século passado, quando ainda crianças éramos e acompanhávamos a Banda de Música lá da Matriz, ou melhor, que tocava em todos os acontecimentos da Matriz.

Era a Banda de Música Santa Cecília, que ficava sob a responsabilidade do Juiz de Paz, Odilon Vicente Pereira, que morava na Travessa 7 de Setembro e em sua casa era o ponto de encontro para os ensaios e guarda dos instrumentos.

Como era divertido acompanhar a Banda pelas ruas da cidade, tocando marchas militares, civis, músicas de sucessos na época. Em todo lugar lá estava ela, com seus músicos voluntários, amantes da arte, que após um longo dia de trabalho, se arrumavam com seus uniformes, formavam a Banda na rua e alinhados iniciavam suas apresentações alegrando não só a meninada mas principalmente os idosos que se deliciavam com as belas músicas executadas.

Toda e qualquer festa religiosa, na Matriz, no Regina Pacis, em Fátima, no Rosário, lá estava ela. No início, tocando nos palanques armados para os leilões de prendas. Nos intervalos do mesmo, entrava a Banda com uma música para alegrar o pessoal que ia nas novenas, nos congados, nas procissões, nos coretos da Praça Getúlio Vargas (Jardim dos Lemos para os mais antigos). Uma bela e emocionante apresentação era por ocasião da Semana Santa, quando ela tocava na procissão do Encontro, do Senhor Morto. Eram músicas fúnebres que demonstravam o quanto os músicos eram realmente músicos, dado a dificuldade de interpretação de cada melodia.

Foi-se a década de 50, veio a de 60. Ela continuou firme. Sempre participando de tudo. Na década de 70, temos lembrança dela, vagamente, iniciando sua decadência. Mudanças dos músicos para outras cidades, morte de outros, cansados pela idade, e, a falta de músicos para substituí-los.

Vem a morte do senhor Odilon. Homem que tantos casamentos realizou e que tanta alegria deu aos araguarinos com sua dedicação à Banda de Música Santa Cecília.

Lembramo-nos do senhor Jesus Teixeira, aposentado da Rede Federal, grande entusiasta da banda, tocava baixo, muito se orgulhando disto. Tinha o exímio tocador de tarol, José Dias. Ele repicava com as baquetas qualquer ritmo que se fizesse necessário. As baquetas dançavam em suas mãos artisticamente dando cadência e beleza nas apresentações. E assim outros músicos por ela passaram, dentre eles, o Antônio Carlos Bonolo, tocava trompete. Quanta saudade.

Jesus Teixeira, em conversa conosco, nos disse tristemente que o baixo que ele tocava, foi encontrado nos fundos de uma casa, no galinheiro, servindo de puleiro para as galinhas. Teve ele um choque quando viu aquilo.

Mas os tempos passaram. Surgiram outros homem com dinamismo e vontade de dotar nossa cidade de outra banda. Construir uma banda de música com a ajuda da Prefeitura e voltar a fazer o povo feliz com suas apresentações.

Dentre os homens que lutaram para a formação de uma nova banda, destacamos o Ten. Expedito Ferreira dos Santos, o Dr. Sebastião Campos, os Prefeitos, Dr. Miguel Domingos de Oliveira, Milton de Lima Filho (inclusive nós mesmos, juntamente com Leda Pinho, então Secretária de Cultura, empenhamos por ela), e, o Dr. Marcos Antônio Alvim.

Sempre foi difícil conduzir a Banda de Música. Todos que a dirigiram, tanto musicalmente, como administrativamente, sofreram com as dificuldades enfrentadas. Porém estas dificuldades eram contornadas e a alegria do povo era feita com as apresentações dos abnegados músicos que davam de si para, voluntariamente, a realização de eventos alegres e saudáveis.

Afinal, toda cidade que se preze, possui uma Banda de Música.

Em Tiradentes, Congonhas do Campo e outras cidades antigas, cultiva-se a arte das bandas, com apresentações em concursos disputados e concorridos. Todos músicos voluntários fazendo da nobre arte o motivo maior de suas vidas. Os momentos alegres das apresentações.

Mas voltemos à nossa Araguari, e, logicamente a nossa Banda de Música Maestro Luiz Bastos.

Quantas e quantas apresentações dela nós assistimos e aplaudimos. E agora, de repente, ela desaparece, não tem mais condições de sobrevivência por falta de ajuda da Prefeitura Municipal.

Como os caros Leitores se lembram, lá no início do Ponto de Vistas, o Maestro gritou por ajuda, e, nós, emocionados, pasmados, aborrecidos com a notícia, corremos até a Prefeitura para nos inteirarmos dos fatos e reivindicarmos ajuda para que a nossa banda voltasse a se apresentar para o povo carente de alegria.

Procuramos pelo Senhor Prefeito, e, o mesmo nos encaminhou para a Presidente da Fundação Araguarina de Educação e Cultura, Cinthia Maria Costa, que juntamente com o Procurador Geral do Município, Dr. Ubaldo Rodrigues do Nascimento, nos atenderam com cordialidade.

Isto aconteceu no dia 11 de julho de 2006. Não rodeamos. Fomos diretos ao assunto, dado a mágoa em que nos encontrávamos.

Após ouvir-nos nos detalhes quanto a necessidade da Banda de Música em Araguari, suas finalidades, a alegria do povo araguarino em suas apresentações, e, finalmente, a necessidade dela para o evento proposto, conforme dito anteriormente, a Presidente da FAEC, Cinthia Maria Costa, nos deu as seguintes explicações a respeito:

1 – Que a Fundação de Educação e Cultura, arca com despesas com várias organizações araguarinas, dentro da verba especial destinada para as mesmas.

2 – Que a Banda de Música Maestro Luiz Bastos, recebe da Prefeitura, todo o apoio necessário para as suas apresentações, sendo o espaço para ensaios às terças e quintas feiras de cada semana, na Casa da Cultura, além dos instrumentos musicais. De acordo com o Contrato firmado e vencido em 2005, a Banda tem que possuir no mínimo 20 músicos, sendo o máximo a critério do maestro. Todo o uniforme dos músicos, foi doado pela Superintendência de Água e Esgoto – SAE, em um gesto de solidariedade e incentivo. O valor de 24 apresentações por ano, é de R$ 57.000,00 (Cinqüenta e sete mil reais), o que vem a corresponder a R$ 2.375,00 (Dois mil, trezentos e setenta e cinco reais) por cada apresentação. Seriam duas apresentações mês.

3 – Assim sendo, com duas apresentações mês, a Prefeitura arca com R$ 4.750,00 (Quatro mil setecentos e cinqüenta reais). Porém, existem meses, em que não temos qualquer evento comemorativo. Assim, fica em haver as apresentações que não forem feitas.

4 – Se em um mês a banda deixar de se apresentar, estas apresentações passarão para o mês que se fizer necessário. Entretanto, se ultrapassar a quota de 24 apresentações ano, a Prefeitura tem que arcar com todas as despesas extras, usando da verba destinada às demais entidades de fins culturais da cidade, o que não é justo e correto.

5 – Deixou bem claro a senhora Cinthia, Presidente da FAEC, que não vem a ser a Prefeitura Municipal que não quer o funcionamento da Banda de Música, mas sim a mesma, pelo alto custo financeiro que passou a gerar a cada apresentação para os cofres públicos, tornando assim inviável de se manter. A renovação do contrato torna-se difícil em virtude da falta de diálogo e acessibilidade por parte da Banda.

6 – Conforme dito, tudo foi confirmado pelo senhor Procurador do Município, Dr. Ubaldo Rodrigues do Nascimento, que em ato contínuo, atendendo nosso pedido, colocou os instrumentos da Banda de Música que pertencem à Prefeitura, a inteira disposição do Maestro da Banda, em Cessão de Direitos, sem ônus para com a mesma, por prazo indeterminado, para que ela não interrompa suas atividades, podendo até encontrar formas de subsistência com patrocínios de empresas araguarinas, que com doações, poderão deduzir em suas declarações de Imposto de Renda, por serem gastos em prol da cultura.

7 – Mediante o exposto, tanto pela Presidente da Fundação, como pelo Procurador do Município, somente tivemos a agradecer pela atenção que nos foi dispensada, alegando que iríamos fazer chegar ao conhecimento da organização que solicitou a apresentação da banda, o motivo pelo qual a Prefeitura não poderia abrir uma exceção, arcando com mais uma despesa para que a mesma se apresentasse, o que geraria, lógico, outros pedidos de segmentos vários de Araguari.

E assim sendo caros Leitores, fica aí o resultado de nossa afirmação do Ponto de Vista de hoje: “E a banda !”.

Só não podemos afirmar que os músicos não são mais voluntários, ou que estejam em busca da arte. Não sabemos se recebem remunerações por serem seus componentes. Não tivemos contato com a direção da Banda quanto a destinação da verba recebida.

Toda e qualquer explicação quanto a valores pagos e recebidos que surgirem, não correspondem à realidade, uma vez nossas informações terem vindas dos órgãos responsáveis da Prefeitura Municipal de Araguari, quando fomos em busca de soluções para o problema.

Como devem estar tristes o Dr. Onofre e sua esposa, Maria José, aquele casal que marcha garbosamente na frente da Banda, abrilhantando suas apresentações. São verdadeiros fãs, adeptos e incentivadores dela. Devem estar arrasados.

Fica a critério de cada Leitor, a analogia do que tratamos, tirando suas conclusões.

Uma coisa é certa: o Senhor Prefeito realmente não pode ficar pagando altos preços para a Banda de Música Maestro Luiz Bastos se apresentar ao povo. Ela não é uma instituição municipal. É este mesmo povo que paga por tudo através das taxas, impostos, emolumentos.

Será que não existe mais ninguém que faz as coisas por prazer ?

Ah, e a Banda de Música, ao saber do assunto, tocou no evento que inclusive contou com o hasteamento do Pavilhão Nacional, sem ônus para a Prefeitura Municipal.

Será que o problema foi resolvido ?

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.