terça-feira, janeiro 29, 2008

Repercusões

Caros leitores,
Repercutindo a matéria "Será que está Certo?" segue transcrição de mensagem enviada para o Blog Ponto de Vista pelo colega e colaborador araguarino Natal Fernando, residente em Brasília - DF:
"Sobre turismo da cidade, antes da posse do Marcos Alvim eu levei daqui um especialista em turismo, antigo funcionário da Embratur, que fez palestra sobre o potencial econômico do turismo, comentando sobre os meios que podem ser explorados para promover a atração de turistas.
Isso deve ser um projeto completo, uma definição de política, enfim uma decisão da comunidade. Me lembro do Marcos Alvim que à época era pessoa aparentemente muito humilde, estava presente ao encontro, me apresentaram como filiado ao PSC, nada falou e depois de sua posse tenho certeza que a reunião deixou alguns subsídios para sua administração.
O prédio da ex Prada é um símbolo histórico que no país todo, imóveis de menor expressão arquitetônica são preservados pelo IPHAN (aliás causa muitos aborrecimentos aos proprietários - que alegam intromissão do estado na propriedade privada).
Na Europa a preservação de prédios desse tipo parece um fanatismo de religião. Conheci em Veneza um prédio de mais de mil anos, segurado por estacas à beira da água, e a população toda fica preocupada com a preservação.
Enfim, esse nosso prédido tá mais barato para ser restaurado e com certeza a Capim Branco deve ser chamada para colaborar nessa obra de restauração, até para depois fazer exposição da evolução histórica da produção de energia no município e região.
Essa empresa hoje deve muito à população pelos transtornos irreparáveis que as represas causam ao meio ambiente, especialmente ao clima. Parabéns, irmão Peron, compreendo que o seu papel deve ser um facínio para quem ama ao próximo como a si mesmo, inclusive os próximos do futuro da comunidade, demonstrando ainda que não é só político que manda na cidade.
Como falamos em turismo, bom lembrar também que a preservação de prédios na Europa é o motivo essencial da grande quantidade de turistas do mundo todo que se sentem obrigados a visitar para conhecer a história da humanidade, ter cultura, etc., gerando assim um fenômeno de arrecadação de recursos financeiros com taxas, hoteis, restaurantes, comércio, etc.
Dessa forma, graças à preservação de objetos, imóveis, etc., a Europa toda é praticamente mantida com recursos dos visitantes. Imagine milhares de pessoas visitando a capela sistina, em Roma, filas enormes durante todo ano, a mais ou menos 20 euros por pessoa(especialmente para ver quadros e objetos antigos), somente isso talvez pague as despesas de manutenção do Vaticano.
No nosso caso, imagine se houver a contribuição para entrar no Parque da Cidade, e outros lugares, como cachoeiras, clubes, colégio das irmãs, igrejas, etc.
Evidentemente não temos essa cultura e é bem provável que a administração pública teria muito problema cobrando das visitas a entrada no Parque, mas poderia se pensar numa caixinha de contribuição voluntária, se fosse do Ibama seria cobrado.
Irmão Peron, obrigado por valorizar o meu "ponto de vista"!
Natal Fernando da Silva "

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Araguarino residente em Brasília disse:

Citando a matéria "Será que está certo?"
Peron,
Esse debate que você está promovendo é exatamente o que os democratas apregoam e sonham, ao menos durante as campanhas: consultar sempre a opinião pública sobre os destinos da cidade.
Bem verdade é que a cidade seria outra se houvesse consulta pública mais frequente.
Espero que os administradores públicos ouçam suas ponderações corretíssimas.
Pela aparência de patrimônio histórico daquele prédio, que deve ser preservado, não combina nada com trânsito, além da sua localização.
Eu arrisco mais uma sugestão para destinação de uso daquele patrimônio. Como está no centro da cidade, perto de hotéis, lojas, etc., eu recomendo instalação do Departamento de Turismo para orientar turistas, promover o turismo da cidade, instalando agências de viagens, agências de companhias aéreas, etc.
Eu sempre imaginei que Araguari deveria ter nos hotéis roteiros de visitas ao parque da cidade, cachoeiras, clubes, etc., faltando até hoje os "transfer".
Ficaria bem lá também acervos fotográficos do Mário Nunes e jornais históricos produzidos pelo Afif Rade.
Quanto aos pontos de visita da cidade vários projetos poderiam ser preparados para os turistas pelo Departamento de Turismo com grandes chances dos empresários abraçarem a idéia, sem falar dos incentivos financeiros do Governo Federal.
Natal Fernando.

sábado, janeiro 26, 2008

“Será que está certo?”

Caros Leitores.

A respeito da matéria anterior, “Que tristeza”, temos a comentar sobre a destinação dada ao imóvel após tantas e tantas reivindicações nossas e da população araguarina.

Trata-se do seguinte: Quem passar pelo local, especificamente pela rua Rio Branco, durante o dia, horário comercial, poderá observar pelos portões abertos, que foi iniciada uma grande reforma no imóvel em pauta, o antigo prédio que abrigou a Empresa Força e Luz de Araguari, posteriormente a Cia. Prada de Eletricidade e finalmente a CEMIG.



Ficamos felizes em vermos que estamos sendo atendidos, juntamente com a população, em tantos e tantos pedidos feitos para a reativação do imóvel que tem uma história magnífica para Araguari.

Ao vermos a reforma em andamento, fomos de imediato procurar saber qual a destinação que seria dada ao imóvel.

Informaram-nos que lá seriam as instalações da Secretaria de Trânsito, JARI, veículos em geral, afinal, talvez um transtorno para a cidade.

De imediato, veio-nos na mente o resultado da instalação destes órgãos naquele espaço no centro da cidade. Lembramo-nos então que havíamos solicitado a reforma, para instalação de vários órgãos, que trariam de volta a reativação comercial da Dr. Afrânio.


Nossas sugestões foram: 1) Posto de Identificação do Cidadão – 2) Posto Policial – 3) Corpo de Bombeiros – 4) PROCON – 5) Arquivos Gerais dos Órgãos – 6) Secretaria da Saúde, com Farmácia, Posto Médico e Alojamento plantonista – 7) Garagem para os veículos dos órgãos.

Já pensaram caros Leitores, o quanto a população ficaria bem servida com tantos serviços a serem prestados naquele local? Já pensaram no movimento de pessoas de todas as idades, homens, mulheres, crianças, idosos, fariam uso deles e ainda fariam o movimento da esquecida rua, outrora a principal rua comercial de Araguari? Já pensaram na reativação do comércio ora fraco e esquecido pelos consumidores?


Ao contrário, a informação que tivemos foi aquela relatada anteriormente, ou seja, simplificando tudo: “Instalação dos órgãos competentes da Municipalização do Trânsito de Araguari”.


Começamos então a analisar e pensar no que seriam as ruas Dr. Afrânio e Rio Branco com a implantação dos serviços. Aliás, já começou, todas as vans que prestam serviços para a Prefeitura, já estão sendo vistoriadas lá. O trânsito está virando uma balbúrdia. As vans chegam, encostam no meio fio, aguardam a vistoria, seus motoristas ficam apenas vendo e o veículo tomando espaço público ser vistoriado e posteriormente liberados, aprovados ou não.

Se isto acontece só com as vans, imaginem quando os demais órgãos da área de trânsito estiverem em funcionamento. Afinal, agora o trânsito está municipalizado, o que vem a ser um ótimo acontecimento para nossa cidade, mas infelizmente no local errado para sua implantação.


Todos os veículos do município terão que passar por lá. Um motivo ou outro os levarão lá.
Perguntamos: O que isto vai trazer de benefício para os comerciantes, os moradores, os transeuntes? A resposta é simples: Transtorno, muito transtorno. Veículos parados por todos os lados e em todos os lugares que estiverem vagos. Apenas seus condutores irão ao local. Vai virar uma verdadeira confusão.


Quanto ao espaço do prédio, não resta a dúvida, é grande e bem repartido para tal finalidade. Porém, o local em que se encontra não é o apropriado para tal destinação.


Que saibamos, todas as cidades que tem o trânsito municipalizado, tem sua sede em local distante e que ofereça comodidade aos usuários que são inúmeros. Melhor, todos os proprietários de veículos auto-motores. Eles chegam,estacionam, tratam de seus problemas e seguem suas atividades.

Aqui, se realmente isto se concretizar, eles irão chegar, rodar o quarteirão várias e várias vezes, até encontrar o local para estacionar e resolver seu problema.
Vai ser um drama. Ah, isto vai. Se vai.

Então caros Leitores, mediante o exposto, fica aí nossa opinião a respeito. Cabe agora a vocês julgarem a melhor solução.

Se a Secretaria de Trânsito fosse instalada nos arredores da cidade, estaria levando o progresso para novo local.

Instalando-se na rua Dr. Afrânio, com acesso pela Rio Branco, estarão estrangulando o trânsito e trazendo sérias complicações para os que fazem uso da área.

Com vários órgãos instalados no ali, seria bem melhor para todos.
Não podemos ainda falarmos: “Que alegria”, “Que beleza”.
Aguardemos e vejamos como irá ficar.
Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.

sábado, janeiro 12, 2008

“Que tristeza”

Caros Leitores.

Se formos aqui enumerar a quantidade de matérias que fizemos a respeito do prédio situado à rua Dr. Afrânio, n° 178, prédio este onde funcionou a extinta Cia. Prada de Eletricidade até 1973, quando a mesma foi encampada pela Eletrobrás que a passou em ato contínuo para a CEMIG, funcionando a mesma no local até 1996, quando novo prédio na Felício dos Santos passou a abrigá-la, e hoje também desocupado, poderíamos passar o dia todo e não chegaríamos ao final das narrativas.

E o tempo foi passando. Dia após dia. Mês após mês. Ano após ano. E nada, mas nada mesmo foi feito ou tem sido feito a respeito de sugestões para o uso do mesmo para finalidades várias, pelo Município ou pelo Estado, sob empréstimo do Município.
No início do abandono do imóvel em 1997, já nos manifestávamos quanto ao seu uso, finalidades várias.

Infelizmente nada foi feito. O abandono foi total. Depredação, antro de malandros, vadiagem, estragos pela ação do tempo, e gradativamente a coisa foi e vai piorando.


Que tristeza adentrarmos pela rua Dr. Afrânio e deparar-nos com aquele mausoléu ao relento, sujeito a todas as ações de maus elementos, como pelo tempo implacável que a tudo destrói se não for usado e conservado de acordo com suas necessidades.

Um belo dia chega uma notícia auspiciosa.
Em uma negociação com o Estado, o Município adquiriu o grande e antigo patrimônio que tanto foi útil à comunidade, tantas famílias dele sobreviveram e tanta história deixou para Araguari.
O prédio agora é da Prefeitura Municipal de Araguari.

Planos e mais planos foram feitos para sua restauração e uso em benefício da população. Tomamos conhecimentos de vários, inclusive conversamos a respeito com as responsáveis do projeto.

Quando da assinatura da escritura, lá na sede da SAE, convidados, fizemos uso da palavra em nome da extinta Cia. Prada de Eletricidade. Relatamos a existência da empresa e suas atividades na cidade durante os anos que deteve a concessão da energia elétrica. Conclamamos até o engenheiro que restaurou o prédio da Goiás, a concorrer para a restauração do velho e querido prédio da Prada.
Em matérias escritas a respeito, relatamos o requerimento aprovado e não cumprido para a construção de um obelisco em homenagem à Cia. Prada de Eletricidade, na pessoa de seu fundador, Comendador Agostinho Prada. Foi de autoria do então vereador Gilmar Cabral. O Prefeito determinou a construção do mesmo, porém, motivos que desconhecemos, não deixaram executar a obra.

Sugerimos quando da aquisição do imóvel pela Prefeitura, que o mesmo fosse restaurado e nele fosse prestada a homenagem homologada; que recebesse o nome sugerido. Mais ainda, sugerimos também que em seu salão principal, fosse feita a galeria dos ex-gerentes devidamente ilustradas pelas suas fotografias. Sob esta galeria, fossem colocados os nomes de todos aqueles que passaram pela Prada, prestando serviços relevantes à coletividade e dela tirando a sobrevivência sua e de seus familiares. Isto no decorrer dos anos.
Mas nada, nada foi feito. Lá está o antigo, sólido, memorável prédio abandonado. Jogado para as traças, cupins, marginais e outras finalidades não elogiáveis.

Fizemos sugestões para uso do imóvel. Finalidades várias. Houve um plano de transformar o mesmo para uso de idosos. Artesanatos e finalidades outras que não trariam movimento para a rua Dr. Afrânio, outrora a rua dos grandes comerciantes.

Fazemos novas sugestões agora. Fazemos e repetimos as já feitas, para que o movimento que a Prada trazia para a rua, volte, mas volte avolumado, tornando a mesma uma verdadeira rua comercial.

Como conhecemos a fundo o imenso prédio, sugerimos que o mesmo seja usado simultaneamente, sendo em seu salão principal, um “Posto de Identificação do Cidadão”. Grande espaço, acomodações confortáveis tanto pelo cidadão como para os funcionários. Observem, todos necessitam sua Carteira de Identidade. O acesso de pessoas interessadas em tirar o documento, substituí-lo, tirar 2ª via do mesmo irá até lá. Daí, basta o comércio saber usar de criatividade que os atraiam.

Na parte do salão, existe um escritório onde foi a gerência. Por que não instalar ali um “Posto Policial”? Nele as ocorrências poderiam ser registradas, e na grande garagem existente no pátio estacionamento dos veículos para os atendimentos.

Vamos para a parte interna. Nela encontramos um imenso galpão onde funcionava o almoxarifado. Ele pode abrigar também o “Corpo de Bombeiros”, com escritório e dependências para os equipamentos usados pelos soldados do fogo. Garagem para os veículos? O grande galpão citado acima abriga vários veículos.

Logo após, encontramos outro cômodo de grandes proporções. Era onde funcionava a seção de medidores. Instala-se nele tranquilamente o “PROCON”. Como o povo necessita demais dele, o movimento será imenso com o vai e vem de pessoas em busca de seus direitos.

Mais instalações em seqüência dão continuidade ao imóvel. Era onde funcionavam a sala de descanso dos funcionários e os arquivos gerais de toda documentação da Prada.
Abrindo aqui um parêntese, quando da encampação da Prada com seu repasse para a CEMIG, veio para implantar o novo sistema, uma equipe de Araxá, chefiada por um tal de Jacinto de tal.

Este elemento, dotado de alto grau de cultura, determinou que todo o arquivo com o registro de tudo, mas tudo mesmo, da Empresa Força e Luz e posteriormente Cia. Prada de Eletricidade, fossem incinerados, alegando serem desnecessários para as novas atividades. Claro, para os novos serviços não serviriam, mas para o Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari, seriam uma de suas principais peças da história de nossa cidade. Foram queimados três cargas do caminhão, carregados pelos funcionários cumpridores de ordens, de documentos históricos de Araguari. Lamentável.

Voltando ao assunto, estes cômodos, poderiam servir de arquivos devidamente separados para cada órgão instalado no prédio restaurado.

Pelo lado esquerdo, ladeando o grande pátio de manobras, encontramos instalações que serviam para as oficinas de consertos em transformadores e máquinas da usina quando necessitavam de reparos. Existia também um confortável apartamento onde residiu um dos ex-gerentes, o Paulo Meyer Muller. Posteriormente, funcionários nele residiram como zeladores. Sugerimos que todo este espaço, seja aproveitado pela Secretaria de Saúde, instalando nele um “Posto Médico”, a “Farmácia” e no apartamento, as instalações para os plantonistas.

Lembrem-se caros Leitores, este imenso imóvel, tem acesso pelas ruas Dr. Afrânio e Rio Branco. Isto vem torná-lo ainda mais útil e versátil para as finalidades sugeridas por nós.

Órgãos públicos, estaduais e municipais, farão uso das dependências. Isto não vem ao caso. A reciprocidade de prestação de serviços de ambos, faz-se necessária e é feita de longos anos. Agora, poderão serem úteis à sociedade em conjunto.

E quanto a rua Dr. Afrânio, já pensaram os caros Leitores o movimento que irá ter? As finalidades várias de uso do prédio devidamente restaurado, fará com que o progresso e desenvolvimento retorne naquele logradouro público, trazendo benefício para todos.
O título desta matéria, “Que Tristeza”, será substituído por outro que faça jus às modificações e implantações efetuadas. Faremos um Ponto de Vista com o título de “Que Alegria”, “Que Beleza”!

Creiam todos, se isto for feito, aplaudiremos de pé quem tiver a ousadia, a coragem, a determinação e a vontade de realizar tal sonho dos moradores e comerciantes da rua, assim como de toda a população.

Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.
Fotos: Acervo pessoal e

domingo, janeiro 06, 2008

Força do Sentimento

Era o dia 04/01/1968 ...
... É o dia 04/1/2008 ...

" ... o amor é paciente, verdadeiro e eterno, capaz de crer, superar e vencer ... "

Bodas de Rubi



terça-feira, janeiro 01, 2008

BODAS DE RUBI

Caros Leitores.

Era o dia 04 de janeiro de 1968.

Naquela data, nós, caminhávamos para a Igreja de São José Operário, para recebermos as bênçãos dos Sagrados Laços Matrimoniais, com nossa eterna namorada, Terezinha Rezende.

São passados 40 anos de Vida Conjugal.

Estamos completando as “Bodas de Rubi”.

Tudo começou no dia 04 de dezembro de 1960, 47 anos atrás.

Após trocas de olhares, flertes, idas e vindas das aulas do Colégio das Freiras, pelo prazer de nos vermos, acabamos por iniciarmos um namoro, nós e Terezinha, em uma festinha, à tarde na casa do saudoso senhor Duarte Alves de Souza e sua esposa Fádua Farah. Era aniversário da Marilene, filha do casal, e a juventude amiga e vizinha estava toda presente no alegre e cordial encontro festivo.


Foi o início de uma longa e feliz jornada para culminar com nosso casamento, que ora completa seus 40 anos.

Temos então 47 anos de convivência entre namoro e noivado, com momentos alegres, tristes, difíceis, amargos, doces, sublimes, compreensões, incompreensões, enfim, de felicidade com a família constituída no decorrer dos anos.

O cine Rex registrou vários e vários encontros felizes nossos. A sede da U.E.A., com seus bailinhos aos sábados e domingos, após as sessões cinematográficas, era o local de dançarmos para encerrar o final de semana e nossos encontros. Assim eram os namoros e noivados da época. Anos Dourados. Sempre lembrados com suas belas músicas e nomes famosos.

Trabalhávamos na extinta Cia. Prada de Eletricidade, e nela encontramos a segurança necessária para assumirmos o compromisso mais sério de nossa vida. Constituirmos uma nova família.

Terezinha, jovem professora do então Grupo Escolar Visconde de Ouro Preto, que funcionava nas instalações da Escola Técnica de Comércio Machado de Assis e Ginásio Dom Vital, na Praça Getúlio Vargas. Belos e saudosos tempos.

Era uma quinta feira, data escolhida pelo fato de alongarmos espaço de Lua de Mel, uma vez não estarmos de férias em tão significativo momento de nossa vida.

Primeiro, Casamento Civil. Realizado na casa da noiva às duas horas da tarde, com o Juiz de Paz, Odilon Vicente Pereira e dona Beladina de Melo. Ambas as famílias reunidas, padrinhos, amigos prestigiaram o ato. Logo após, um coquetel para os presentes. Abraços, beijos, fotos marcaram o ato.



Logo após, as 18 horas, Casamento Religioso, como dissemos na Igreja de São José Operário, a Capela do Regina Pácis.


Foi um corre corre daqueles, pois o espaço entre uma e outra cerimônia foi pequeno para os arranjos dos convidados, em enfeitarem-se de acordo para a cerimônia religiosa. Mas deu tempo. Só se esqueceram de mim. Foram todos para a igreja e não lembraram de pegar-nos para o casório. Resolvemos o problema. Pegamos o carro e fomos dirigindo para a Igreja. Foi motivo de risos pela nossa figura chegando à igreja sozinho e guiando o carro.

Uma bela e emocionante cerimônia se realizou. Padre Alberto Arts, que foi professor de ambos, mantinha estreitos laços de amizade com as famílias, realizou um ato religioso que deixou a todos presentes emocionados, principalmente quando em suas palavras lembrou coisas e fatos acontecidos conosco. Os votos de felicidades por ele desejados se concretizaram, assim como de todos os presentes.

Amador Resende, o sogro que agora tínhamos, juntamente com dona Zica, (Andreína Alvim Resende), ambos de saudosas memórias, juntamente com seus filhos, noras e netos, ofereceram aos convidados uma recepção com variados e deliciosos pratos além de um suculento churrasco, regado a bebidas diversas.

Lembrada a pessoa de nosso pai, Julio Erbetta, falecido dois anos antes, representado nas pessoas de nossa mãe, Nina (Eufrozina Peron Erbetta), nossas irmãs, Cida, Yone, Luiza. Nossos cunhados Camilo e Marcelo. Tios e amigos que de longe vieram.

Nossa vizinhança toda presente. Famílias Souto, Rodrigues da Cunha, Souza, colegas da Cia. Prada, professoras do Visconde, enfim, todo circulo de amizade das duas famílias.

Naquela época, o chique era passar a Lua de Mel em Poços de Caldas. Lá fomos nós, de mala e cuia, viajando a noite para lá chegarmos na sexta feira. Foram dias agradáveis, alegres e inesquecíveis. Encontramos casais de Araguari que também comemoravam o casamento. Bela cidade do sul de Minas que proporciona um turismo de primeira qualidade.

Mas como os dias passam, os nossos também passaram. Retornamos a Araguari e ao batente.

Montamos nossa residência lá na rua dos Expedicionários.
Nela nasceram nossos dois filhos, Julio e Fernando.

Foram anos que deixaram gratas recordações.

Em 1973, mudamos para a rua Afonso Pena, onde nos encontramos até hoje.

Criamos os filhos nela. Os vimos crescer. Os vimos irem para a escola. Ambos no Santa Terezinha, fazendo o prezinho. Os primeiros passos escolares.

O antigo curso primário, ambos fizeram na E. E. Katy Belém que era anexa ao Estadual. Da 5ª a 8ª série do 1° grau, e do 1° ao 3° colegial, cursaram no Antônio Marques e no Colégio Objetivo.

Chegou a hora de partirem. Os vestibulares os levaram a estudar fora. Engenharia, ambos, Universidade de Uberlândia.

Com a ida para fora, o carinho com o lar aumentou mais ainda. Sempre que podiam estavam aqui em casa, nos dando a alegria de suas presenças, assim como desfrutando a terra natal que tanto amam.

As formaturas vieram. Primeiro o Julio. Posteriormente Fernando. Cumprimos nossa missão de pais. Nós e Terezinha havíamos conseguido realizar não só o sonho dos filhos, mas principalmente o nosso, a formação profissional dos mesmos.

No decorrer deste tempo, há 15 anos passados, comemorávamos nossas “Bodas de Prata”.

Revivemos o passado. A renovação dos votos matrimoniais, foram realizadas na Igreja de São José Operário, Regina Pácis, só que em suas novas instalações, lá no Jardim Regina. Padre Alberto Arts, o mesmo que realizou o casamento, oficializou a cerimônia. As transformações havidas no Colégio Regina Pácis, transformou a antiga Igreja em palco auditório. As instalações continuam com suas belas pinturas e estruturas, mantendo a tradição e o grande patrimônio, e os Padres erigiram uma nova e confortável igreja dentro do terreno da imensa propriedade.

As mesmas pessoas foram convidadas para a cerimônia religiosa, prestigiando o ato e desfrutando de tanta alegria conosco. Após, saboreamos com todos um jantar em nossa residência.

Chegou a hora dos casamentos dos filhos.

Primeiro o Julio casou-se com Cynthia, filha de Luiz Carlos de Carvalho e de Maria Amélia, residentes em Uberlândia, aumentando nossa família com a netinha Gabriela. Moram fora. O trabalho que ambos desempenham exigiu a mudança de Araguari. Sempre que podem aqui estão. Assim como nós, quando possível lá vamos para desfrutarmos juntos a união de todos.

Depois Fernando nos dá a alegria de casar-se com Kelly, filha do saudoso Juraci José de Souza, lá do Brasileirão, e da Elizabeth. Casaram-se aqui, porém, também, pela força do trabalho, residem fora. Sempre que podem estão aqui, assim como nós estamos lá.
No decorrer deste período, passamos por várias atividades profissionais, assim como Terezinha, ambos ampliando nossos conhecimentos, com estudos superiores para crescimento nas atividades a que nos propusemos.

Agora, na comemoração em família que faremos em 04 de janeiro de 2008, completando nossas “Bodas de Rubi”, estaremos todos reunidos, agradecendo as bênçãos de Deus, do Supremo Criador dos Mundos, do Grande Arquiteto do Universo, deste que nos dá forças para as vicissitudes da vida. Por termos passado todo este longo tempo, enfrentando os espinhos para colhermos as rosas do grande jardim que plantamos no decorrer de uma convivência cheia de amor, compreensão, ternura e gratidão recíproca que construímos na vida.

Os votos sagrados do matrimonio, foram e estão sendo cumpridos. Estamos juntos nas alegrias e nas tristezas, na saúde e nas doenças, na fartura e nas escassezes. Razões da longa união matrimonial.


Foram lutas e lutas com trabalho e doenças, porém com a superação abençoada por Deus.

Procuramos transmitir a vocês, caros Leitores, um pouco daquilo que tanto enfrentamos, esperando que como nós, sintam-se felizes pela comemoração de tão significativa data.

Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.