domingo, outubro 26, 2008

Prefeitos de Araguari

Caros Leitores,

A título de curiosidade e informação, trazemos para o blog informações colhidas junto ao arquivo público municipal, que traz a galeria dos prefeitos que dirigiram Araguari desde sua emancipação em 1884 até 2008.
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A partir de janeiro de 2009 o prefeito eleito Marcos Coelho (dir), que podemos ver ao lado do jornalista Aloísio Nunes de Faria (esq), passará a integrar essa lista.


clique na foto para ampliar
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Fazendo menção sobre a história e cultura de nossa terra, parabenizamos o arquiteto e urbanista Alessandre H. de Campos, por ter sido eleito Presidente do Conselho Deliberativo Municipal do Patrimônio Cultural de Araguari. Temos a certeza da realização de um bom trabalho. Destacamos com satisfação e gratidão o fato de o mesmo ter se colocado a disposição para contribuir com o Blog Ponto de Vista.


Era o que tínhamos.

Um abraço.

Que Deus nos abençoe.


Fotos: Arquivo Público Municipal


terça-feira, outubro 21, 2008

Rede de Água - Ontem & Hoje

Caros Leitores,e

Dando forma a idéia da leitora Teresa Cristina, que sugeriu a colocação de fotos atuais junto às antigas postadas na matéria sobre a instalação da rede de água em Araguari, trazemos então uma seqüência dos locais citados.e

Lembramos que quem participou do descobrimento do manancial de águas artesianas em Araguari, foi um Professor da Escola de Engenharia de Ouro Preto - MG, em 1945.

Foi o Engenheiro, José de Carvalho Lopes.

Ele perfurou o primeiro poço no Colégio das Freiras em 1945.

Em 1946, perfurou um no Colégio Regina Pácis.

No governo de Dr. Oswaldo Pieruccetti, foi chamado para perfurar mais 12 poços no Bairro de Fátima, onde hoje é a sede da SAE.

Usou como instrumento de perfuração, a velha perfuratriz da então Estrada de Ferro Goiás, que a emprestou para o bem de Araguari.


Foto meramente ilustrativa



Ele na época afirmou que Araguari está sobre um manancial renovável de águas artesianas naturais.







Na foto vemos o pessoal trabalhando na Rua Rio Branco defronte ao Hospital Santa Marta.





Agora a rede mestra de água sendo instalada na Rua Rio Branco.



Estamos na esquina da Rua Rio Branco com Quinca Mariano.





Junho de 1948. Estamos na Rua Quinca Mariano, quase esquina com a hoje Av. Cel. Teodolino Pereira de Araújo.



Já na esquina com a Rua Rio Branco, vemos a instalação da rede mestra, onde vemos Geraldo Costa, Elmiro Barbosa, Waldomiro Barbosa, os operários Juventino, Jeová e outros que não identificamos.







Rua Marciano Santos, esquina com a Rua Padre Lafaiete. Podemos ver na foto as escavações que já iam até a Rua Ruy Barbosa. Presentes ao ato, de terno escuro e chapéu, o Dr. Elmiro Barbosa. De terno branco, chapéu branco e de óculos, o senhor Waldomiro Barbosa, irmão de Elmiro.





Esquina com a Av. Tiradentes, onde funcionou a Agência Ford, de J. França & Cia






Magnífica Caixa D’Água distribuidora do precioso líquido, em funcionamento até os dias atuais, junto a SAE no Bairro de Fátima.



Aproveitamos também para agradecer o contato que recebemos de Brasília, pessoas que gostam de Araguari, José de Souza Sobrinho e Delourdes Rolo Souza.


"Carissimo Fernando Erbetta,

Estamos encantados e porque não dizer saudosos em ter o privilégio de acessarmos seu blog e podermos relembrar nossa querida e amada Araguari.

Agora que encontrei o "caminho" queremos visitar sempre este cantinho que nos traz tantas e gratas recordações.

Amigo, receba nosso abraço e nossa admiração pela maneira clara, limpa e brilhante com a qual você consegue narrar aqueles momentos inesqueciveis da nossa terra.

Zé de Souza e Delourdes."

sábado, outubro 18, 2008

Participação dos Leitores

Caros Leitores,

Exercitando a função do Blog Ponto de Vista ser também um ponto de encontro dos amigos araguarinos, colocaremos outros comentários que recebemos relativos a matérias já postadas.

Isso nos traz muita satisfação e enriquece muito nosso trabalho, assim temos:

Sobre a matéria Araguari, Berço do Futebol Feminino de 07 de junho / 08 recebemos a gratificante informação da divulgação do seu conteúdo no Blog do jornalista Milton Neves, façanha conseguida pela perseverante Teresa Cristina.

É com alegria que vejo publicado no site de Milton Neves meu e-mail solicitando que nos ajude na divulgação dessa parte perdida da história... Confira abaixo.
http://desenvolvimento.miltonneves.com.br/Noticias/Conteudo.aspx?id=77345
Abraços. Teresa Cristina

Sobre as postagens Devaneios o amigo Rosalvo Lima sugere:

Meu caro Peron

Eu tenho lido os seus devaneios e vejo você meio estacionado aí na região entre a Matriz e a Igreja do Rosário. Parte da cidade da qual não sou íntimo, porque, enquanto aí morei, foi na Vila Goiás e no Bairro de Fátima, mais adequados à gente pobre como eu.

No entanto, você não menciona um dos produtores rurais mais importantes de Araguari, na época em que a cidade era movida a leite e a carne, e que morava exatamente naquele pedaço ali: o Sr. Diomar Fernandes.

Eu conheci bem o velho Diomar, Presidente da Cooperativa - a COPAL - onde trabalhei. Vi de perto o velho Diomar enterrar dinheiro - e este é o verbo correto - na COPAL, pois ele era digno, honesto, trabalhador e muito generoso. Enquanto muitos se utilizam desse tipo de cargo em benefício próprio, Diomar Fernandes dava o que tivesse para que a COPAL fosse em frente. E ainda foi muito prejudicado pela falência, naquela época, da charqueada.

Se eu tivesse alguma influência em Araguari, colocaria uma estátua do velho Diomar em cada esquina. Creio que alguém - talvez você - precisa resgatar a memória dele e mostrar quão importante ele foi para a cidade e o quanto fez como produtor rural e empresário em Araguari. E o fez com honestidade e muita generosidade.

Fica a sugestão.

Grande abraço.

Rosalvo Lima

Rosalvo, felizmente nossa terra é rica em lugares interessantes, estaremos preparando novos devaneios por outras regiões da querida Araguari.

Fazendo menção a matéria RECORDANDO - Agências & Carros de 27 de setembro / 08 o amigo Jose Eustáquio Valverde Morais nos contou o seguinte:


Caro Peron,

Veja a fotografia do Citroën que pertenceu ao meu pai. Ao lado, minha saudosa mãe Alice. O cenário provável é a chácara do meu avô Hugo, que hoje é a sede campestre do CRA.
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Na década de 50, meus pais fizeram uma excursão viajando nessa fantástica máquina com o casal de amigos, vizinhos e compadres Luiz Lins Monteiro da Franca e Dona Georgette Wolfgang (filha única da dona Natália, parteira que trouxe ao mundo centenas de araguarinos), o trajeto Araguari-Jundiaí-São Paulo-Santos-São Paulo-Rio de Janeiro-Araguari, varando as estradas da época, onde não havia perigo de assaltos e o tráfego era ainda pequeno. Não furou um pneu e nem apresentou o mínimo defeito em toda essa epopéia.

Esse modelo 1952, 15 CV, é aquele que o estepe fica dentro da mala traseira.O interessante desse carro é que ele podia rebaixar a suspensão, puxando uma alavanca. Daí, era impossível capotar um carros desses. O retrovisor interno fincado no painel e os limpadores de pára-brisa fixados no teto do carro e não no capô como os carros atuais, também são características desse modelo.

Isso dá saudade, não é mesmo Perón, a poderosa e rica cidade de Araguari, Capital de Goiás, como diziam os enciumados goianos, que não sossegaram enquanto não tiraram de Araguari a sede da EFG.

Grande abraço e bom final de semana,

Zé Eustáquio


Sobre a última postagem INSTALAÇÃO DA REDE DE ÁGUA EM ARAGUARI de 12 de outrubro / 08, agradecemos ao amigo Aloísio Nunes de Faria a colocação do link para mesma no Jornal de Araguari

Blog: Jornal de Araguari Postagem: Rede de água no centro de Araguari tem mais de 60 anos Link: http://portaldearaguari.blogspot.com/2008/10/rede-de-gua-no-centro-de-araguari-tem.html

Ainda sobre essa postagem, a amiga Teresa Cristina deixou um comentário com a seguinte sugestão:


Gostaria de sugerir que fossem colocadas fotos do local atual, se possível no mesmo ângulo. É uma viagem ao passado importante, porque foi um avanço para a qualidade de vida dos habitantes de nossa Araguari. Abraços. Teresa Cristina

Teresa Agradecemos a boa idéia, estaremos providenciando isso.
Era o que tinhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abaraço.

quinta-feira, outubro 16, 2008

Sobre a Rede de Água de Araguari

Caros Leitores,
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É com satisfação e gratidão que dividimos as mensagens que recebemos desde o iníco da semana dos amigos e colaboradores do Blog Ponto de Vista sobre a matéria que trata da implantação da rede de água em Araguari:
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Peron,
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Muito oportuna sua matéria, tendo em vista que muitas pessoas não dão valor as obras que ficam "escondidas", o caso das redes de distribuição de água e coletoras de esgoto.

Resgatar essa memória viva de quando Araguari começou a "engatinhar" em direção ao desenvolvimento (processo dinâmico de melhoria que implica em evolução - nesse caso urbana - e reconhecimento, por parte da sociedade, de seu patrimônio cultural) é de fundamental importância para as gerações presente e futura, além de relembrar às gerações passadas de tempos áureos que viveram.

Quando digo "engatinhar" ao desenvolvimento, é porque até hoje conseguimos mudar poucos passos nesse sentido, pois uma cidade desenvolvida é aquela que valoriza sua cultura (leia em www.olhar-urbano.blogspot.com), que reconhece aquilo que nossos antepassados produziram em nosso benefício, preserva seu patrimônio e, Araguari para ser considerada desenvolvida necessita trilhar o caminho do resgate e reconhecimento as nossas raízes, algo que você Peron, faz com maestria.

Agradeço-lhe e a Deus pela oportunidade de estar vivendo no planeta Terra na mesma época que você. O aprendizado é enorme.

Outro fato que temos que nos preocupar é em reabilitar a cidade de Araguari a fim de podermos preservar o nosso manancial de água doce subterrâneo: O Aqüífero Guarani.
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Um grande abraço e fique na paz de Deus!
Alessandre Campos



Caro Ir.'. Peron, bom dia.
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Sou responsável pela área de Informática na SAE, e muito me alegrou ver uma grande parte da história da mesma relatada em seu blog, estarei repassando a matéria para o departamento responsável, para apreciação e divulgação.
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Atenciosamente,
Luciano Henrique


Peron:

Vi o relato e as fotos da instalação da rede de água em sua cidade. Em 1947, eu tinha 7 anos, iniciava o primário no Grupo Escolar "Moraes Barros", em Piracicaba que, por esse tempo, construía infra-estruturas semelhantes.
Bons tempos. Aí e lá, por certo.
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Abs
Cavalli


Peron,

Realmente temos uma bomba hidráulica sobre a cabeça dos nossos conterrâneos, com essa idade da rede d'água, especialmente os cidadãos moradores do centro da cidade. Sobre o assunto, comentei longamente em artigo destinado ao Aloísio.

Passados os sessenta anos da instalação dessa rede distribuição de água, com canos cuja vida útil é de 20 anos, resta-nos agora verificar o seu estado, ou ao menos fazer uma auditoria dessa rede, já que parte já pode ter sido substituída nos últimos anos.

O custo é alto. As autarquias municipais, em geral, encontram-se impossibilitadas de continuar a prestar um bom serviço de saneamento, pelo fato de não possuírem condições de contratar financiamentos para o setor público.

Assim, mais cedo ou mais tarde para essas empresas, haverá uma escassez de recursos que não poderão ser supridos a curto prazo.

A alternativa para o problema já comentamos: a constituição de uma empresa municipal de economia mista que possibilite a tomada de recursos no mercado a baixo custo, em condições de oferecer bons serviços, sem que isso signifique a concessão dos serviços de saneamento.

Este modelo vem ao encontro das aspirações de todos, sendo os serviços a serem prestados inteiramente previstos e devidamente firmados em contrato, em lei e em edital, especialmente sobre as tarifas.

Mais uma vez você presta serviço à comunidade com sua matéria impondo novos debates. É tema despretensioso mas ao mesmo tempo um alerta para que passe a constar da agenda dos políticos, especialmente agora que as eleições se encerraram e os ânimos partidários estão direcionados para outros assuntos.

Já que você está reunindo informações sobre o sistema de distribuição de água de Araguari, a questão não é só a respeito da água, temos o tratamento do esgoto do município, que não fiz referência.

Existe um termo de ajuste de conduta com o ministério publico que se não for cumprido haverá multa diária ao município.

A previsão de gasto com este tratamento é de aproximadamente R$ 15.000.000,00 de reais a preços de hoje. Torna-se impossível sem captação de recursos federais, estaduais e ou financiamentos com órgãos de fomento.

O município terá que captar água de rio. O distrito industrial possui água de poço semi-artesiano, que não garante a necessidade de água para empresas que tem consumo alto.
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Abraço.
Natal

Prezado Peron,

Visitei o seu "Blog da Internet", que está excelente. Gostei muito da matéria sobre os "Citroens". Meu pai e meu padrinho Luiz Lins Monteiro da Franca também possuíram aquele belo carro. Vou te mandar uma foto histórica dessa "máquina", que, na década de 50, viajou de Araguari até São Paulo, Santos e Rio de Janeiro, e retornou sem furar um pneu sequer. O revendedor Citroen de Araguari era a Pereira & Cia, a "Casa Aníbal", de saudosa memória.

Parabéns pela matéria no seu "Ponto de Vista" sobre a "Instalação da Rede de Água de Araguari", que deve ter demandado grande pesquisa. Um maravilhoso trabalho de resgate da memória, creia.

Sabe Peron, desde que deixei de colaborar com a "Velha Gazeta do Afif", onde escrevi crônicas e outros artigos de agosto de 1996 a setembro de 2004, quando o Afif e a Gordinha adoeceram e acabei me afastando, de certa forma, fiquei alienado das coisas de Araguari.

Isso, apesar de inúmeros amigos araguarinos que tenho aqui em Brasília - e também aí, parentes, etc - e a gente sempre conversa sobre Araguari, entretanto, não tenho opinião formada sobre muitos dos problemas da nossa cidade natal. Isso não obstante, concordo integralmente com você em relação à SAE, que deve continuar a ser entidade de direito público, pertencente à comunidade de Araguari.

Grato pela atenção e muito sucesso em seus escritos,


Zé Eustáquio
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Peron,
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Ver as fotos, ler os comentários do idealizador e autor do blog é reviver momentos guardados no âmago de nossos corações, momentos estes coloridos com as tintas fortes da saudade.
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Araguari terra amada, que nos exemplos de homens que realmente a queriam bem,
possam os atuais dirigentes mirar, para que o orgulho de termos aí nascido, continue forte e brilhante em nossas mentes e almas.
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Obrigada Peron por seu entusiasmo e amor pela terra que adotou como sua.Abraços cordiais.
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Marly Teresa de Paiva Montes
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Agradecemos a todos e ficamos felizes com a participação em nosso blog.

domingo, outubro 12, 2008

INSTALAÇÃO DA REDE DE ÁGUA EM ARAGUARI

Caros Leitores.

Idos de 1947, Araguari carecia de abastecimento de água potável para sanar o problema existente. O então Prefeito, Dr. Elmiro Barbosa, arregaçou as mangas da camisa e deu início ao arrojado e necessário serviço de instalação da rede de água na cidade que se encontra em funcionamento até os dias atuais.

De vez em quando, vemos vazamentos de água no asfalto, defronte as casas residenciais e comerciais. Tudo se justifica pelo fato dos serviços de implantação das redes, terem sido iniciados em 26 de dezembro de 1947, ou seja, há 60 anos passados.

Os canos das penas de água, já estão enferrujados e corroídos. Assim sendo, repentinamente estoura uma pena de água. O precioso líquido passa a jorrar pela rua durante horas e às vezes até dias, aguardando o órgão encarregado vir substituir o encanamento de ferro que nem galvanizado era, por tubos de plásticos, próprios e de longa durabilidade.

Isto explicado passamos a demonstrar através de fotos de nosso arquivo particular, fotos estas tiradas pelo artista Antonio Gebhardt quando da implantação, e nos cedida gentilmente pelo seu neto Paulo, dirigente da A Fotográfica, ali na Rua Dr. Afrânio, onde sempre esteve.
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Foto n° 1 Sob a direção do Professor Carvalho Lopes, gestão de Elmiro Barbosa, em 26 de dezembro de 1947, os trabalhos de construção da Rede Tronco de Serviço de Abastecimento de Água de Araguari, foi iniciado na Rua Marciano Santos, esquina com a Rua Padre Lafaiete.
Podemos ver na foto as escavações que já iam até a Rua Ruy Barbosa. Presentes ao ato, de terno escuro e chapéu, o Dr. Elmiro Barbosa. De terno branco, chapéu branco e de óculos, o senhor Waldomiro Barbosa, irmão de Elmiro.

Os populares presentes, identificados como o Juca da Padaria e Jeová Açougueiro. Os demais são operários e como de sempre, os curiosos que aparecem para conferir.

O terreno vago a esquerda, vem a ser hoje o viveiro de plantas. A casa logo abaixo, a Eletro Japan, logo abaixo, a casa onde morou o Professor Antônio Marques, e outras construções já demolidas, estando em seu lugar prédios comerciais.

Vemos um longo muro pintado de branco. Era o fundo do Hospital Santo Antônio do Dr. Belizário Rodrigues da Cunha. O muro, impedia o trânsito pelo fato de ali se encontrar o córrego Brejo Alegre.

Pelo lado direito também cercado. Passava o mesmo sob a ponte. Ainda pela esquerda vemos o Hospital Santo Antônio, esquina com a Rua Rio Branco.

Acima, onde hoje é a clínica dentária e em seguida o prédio que existia onde hoje funciona uma loja denominada Etc e um restaurante.

Na parte superior, onde foi a residência do Sérgio Manorkian, uma clínica dentária. Podemos ver também a majestosa Casa Patrícia, hoje demolida (que pena) e em seu lugar as Casas Bahia.

Lembramos que no sobrado, em sua parte superior, residiram várias famílias, dentre elas, a da senhora Mariinha Acioly, irmã do Dr. Moisés de Carvalho Alves. E subindo, mais prédios já não mais existentes.


Exceção o da esquina com a Av. Tiradentes, onde funcionou a Agência Ford, de J. França & Cia. Pelo lado direito, vemos onde hoje encontra-se a Só Panelas. Ali iniciou as atividades as Indústrias Nasciutti. Casas ainda existente e lá no alto, a residência do Dr. Marciano Santos, hoje Banco Real. (outro fato lamentável sua demolição).


Foto n° 2 – Já na esquina com a Rua Rio Branco, vemos a instalação da rede mestra, onde vemos Geraldo Costa, Elmiro Barbosa, Waldomiro Barbosa, os operários Juventino, Jeová e outros que não identificamos.

As casas citadas na foto anterior, podem serem vistas com maior clareza, ou sejam, o Hospital Santo Antônio, a clínica dentária, a casa demolida para a construção do prédio onde funcionou A Soberana, do Sarkis Manourkian, a Casa Patrícia, tendo nela funcionado outros estabelecimentos como a Livraria São José.

Logo acima a casa do Dr. Jehovah Santos, depois do senhor Bernardino, outros moradores e finalmente O Relicário até sua demolição. Hoje sendo construído um prédio comercial.

Pela direita, lá no alto, a bela casa do Dr. Marciano Santos e descendo, os prédios hoje uns demolidos, outros modificados, modernizados onde funcionam estabelecimentos comerciais.


Foto n° 3 - Já estamos agora no governo de Dr. Oswaldo Pieruccetti. Início de 1948, mês de junho.

Como homem de visão, grande administrador, deu seqüência aos trabalhos de instalação da Rede Mestra de Água nas principais ruas de Araguari.

Na foto vemos o pessoal trabalhando na Rua Rio Branco defronte ao Hospital Santa Marta. O mesmo mestre de obras, professor Carvalho Lopes deu continuidade nos trabalhos.

Vemos os operários em sua companhia fazendo pose para a foto que iria ficar para a posteridade. Operários que nos proporcionaram o precioso líquido em nossas casas.

Pela esquerda, vemos a casa onde funciona o consultório do Dr. Antônio Ferreira, a casa demolida do Dr. Calil Porto, demolida, e em seu lugar o prédio que abriga os consultórios do Santa Marta. E lá na frente, o Hotel Central.


Foto n° 4 – Junho de 1948. Estamos na Rua Quinca Mariano, quase esquina com a hoje Av. Cel. Teodolino Pereira de Araújo.

Na época, nem ponte existia. A primeira ponte foi precária, feita pelo Dr. Oswaldo Pieruccetti. Podemos ver os operários em plena atividade escavando a vala pela qual passaria o cano da Rede Mestra de Água.

Pela esquerda vemos a casa do senhor João Silvestre de Araújo, hoje demolida e em seu local, o Posto Texaco. Na esquina da Rua Aurélio de Oliveira, uma velha casa, acima a casa onde residiu o senhor José Coutinho com a família, depois várias famílias ali moraram, sendo inclusive sede da Rádio Araguari. Hoje escritório e residência.

Acima, a hoje Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari, a residência do Dr. João Nascimento de Godoy. Hoje no local totalmente restaurado, um escritório de advocacia.

Na esquina com a Rio Branco, dá para vermos a casa onde residiu o senhor Justino de Carvalho, hoje funciona o Instituto que leva seu nome.

Vemos também uma casa antiga, nela residia o senhor Raul Campos da banca de jornais. Logo acima, o prédio de J. Porto com sua loja de tecidos.

Lá em cima, o final da Rua João Peixoto com uma casa baixa. No local hoje um prédio de apartamentos. Vemos também o prédio onde funcionou a loja do senhor Asad Saad.

Pela direita, ainda não existia a Aurélio de Oliveira entre a Quinca Mariano e a Lindolfo França. Vemos uma série de casas iguais que nela se encontram até hoje, com residências e escritórios. Neste muro, foi aberta a Rua Aurélio de Oliveira. A casa da esquina deu lugar àquele prédio de escritórios existentes.


Foto n° 5 – Estamos na esquina da Rua Rio Branco com Quinca Mariano.

Podemos ver que já era calçada, e o mesmo desfeito para as escavações da vala que abrigaria a rede de água. Podemos ver o Dr. Moisés de Carvalho Alves, Jeová e um funcionário da Prefeitura.

Pela direita, vemos a farmácia do senhor Moisés, pai do Dr. Moisés. Até a placa com a indicação podemos observar. Ela ali permaneceu por longos anos. Foi demolida para ampliações do Hospital Santa Marta.

Pela Esquerda, um estabelecimento comercial e a casa onde ficava a casa de calçados Santo Agostinho e hoje salão de karatê e um bar.

Do lado de cima, o J. Porto com sua bela e grande loja de tecidos. Lá em cima, como dissemos, a casa que deu lugar ao prédio residencial e a loja do senhor Asad Saad.


Foto n° 6 – Agora a rede mestra de água sendo instalada na Rua Rio Branco.

Podemos ver que os canos, tubos de grande espessura já estão colocados. Estavam nos serviços de tamparem a vala. Se observarem bem, verão que a Rua Rio Branco ainda não era calçada.

O calçamento da Quinca Mariano ia até ela. Na foto o Dr. Moisés de Carvalho Alves com o senhor Américo e operários. Na esquina pela esquerda, a residência do senhor Justino Carvalho seguida de duas casas ainda existentes, sendo a segunda, residência do fazendeiro João Monteiro.

As demais foram demolidas. A da esquina, foi a residência de dona Mariquinha de Godoy. Posteriormente funcionou uma pensão. Hoje é a casa do senhor Nazário Vilela.

Depois vemos o Hotel Central e o início da Rua Marechal Deodoro. Pela direita no fundo, o sobrado onde funcionava a Sapataria do Totó.

Neste grande muro que vemos, a residência do senhor Oswaldo Marcelino e do finado Augusto de Oliveira Santos. Vemos uma parte da casa que morou o senhor Raul Campos. Isto tudo em 1948, mês de junho.


Foto n° 7 – Para que a água chegasse em todos os locais, era necessário um bombeamento, pois a queda natural não daria para a pressão necessária.

Assim existia a casa de máquinas, no mesmo local onde hoje encontra-se a Superintendência de Água. Os compressores eram usados principalmente para jogarem ar no fundo de cada poço artesiano, aliás, semi artesiano pela sua profundidade, e o ar injetado, jogava para os reservatórios o precioso líquido para sua distribuição.

Hoje, o sistema usado é através de bombas instaladas no fundo do poço. Elas bombeiam a água para os reservatórios e muitas das vezes direto para a rede de distribuição, motivo pelo qual a água vem cheia de areia.


Foto n° 8 – Vemos nesta bela foto, o primeiro poço semi artesiano a jorrar água pura e cristalina.

A caixa d’ água que vemos ao fundo é o imenso reservatório que faz a distribuição pela cidade. Foi construída em 1934, na época da ditadura pelo Dr. José Jheovah Santos.

A casa existente era do zelador e técnico de manutenção, senhor João Pospichil. A barata conversível Ford 1940, vista na foto, era do senhor Clemente, chefe geral da construção do Serviço de Abastecimento de Água de Araguari.


Foto n° 9 – Finalmente chegamos ao final de nossa viagem ao passado. Viagem esta às instalações da Rede Mestra de Água em nossa cidade.


Para encerrar, mostramos a magnífica Caixa D’Água distribuidora do precioso líquido, em funcionamento até os dias atuais, com a ajuda de outros reservatórios haja vista o grande desenvolvimento existente nos governos passados, imprimido pelos dinâmicos Prefeitos de então.

É importante lembrarmos de dados alusivos a tão importante e relevante obra realizada há 61 anos atrás hoje sob a administração da Superintendência de Água e Esgoto - SAE.

Gostaríamos de dizer, que de 1949 para cá, vivenciamos tudo que foi narrado. Não existe em nossos textos, nenhuma transcrição de matérias.

Levamos até vocês, caros Leitores, nossas passagens por décadas vividas com alegria de viver. Vimos e somos testemunhas do desenrolar dos acontecimentos políticos e sociais de nossa terra. Nos orgulhamos disto. Herança de nosso pai, Julio Erbetta, a quem dedicamos estes retrospectos.

Para conhecer ou atualizar quanto ao atual sistema de água de Araguari recomendamos o site da SAE :

http://www.saearaguari.com.br/desenv/


Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.

Fotos: P&B - Antonio Gebhardt - cedidas gentilmente pelo seu neto Paulo - A Fotográfica

Coloridas: Arquivo pessoal

sábado, outubro 04, 2008

Devaneio V

Caros Leitores
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Hoje vamos discorrer sobre mais um devaneio pelas ruas da nossa Araguari, continuando nosso devaneio anterior.

Partiremos do assunto relacionado às “Santas Missões”, realizadas na década de 60, com encerramento apoteótico na Praça do Rosário, e a colocação de um imenso Cruzeiro de aroeira, que lá se encontra até hoje.

Por uma questão de curiosidade, mesmo passando lá pelo Rosário quase que diariamente, fomos até o local do Cruzeiro, e pudemos encontrá-lo, imponente, majestoso, significante, porém carcomido, corroído pelos cupins, já com cascas e lascas de lodo petrificado, rachado em vários locais, necessitando urgentemente de uma reforma geral.

Para que permaneça no local em que se encontra, marcando o grande acontecimento religioso havido em nossa Araguari, lá pela década de 60, e que tanto marcou nos corações dos fiéis as “Santas Missões”.

É importante uma reforma geral do mesmo, sem retirá-lo, por carpinteiros e marceneiros especializados, deixando-o como quando lá foi implantado, e mais, com uma cerimônia religiosa, missa campal, pregações, relembrando o acontecido e ao mesmo tempo, reavivando a fé nos corações dos fiéis, que aos poucos, desiludidos, vão se distanciando dos templos religiosos.

Vamos iniciar nosso passeio novamente pela Praça Padre Nilo, junto a igreja matriz, justamente onde está a bela residência, hoje consultórios médicos, da família do senhor Abrão Gebrim e sua esposa Firmina Gebrim, patriarcas dos Gebrims em Araguari.


O senhor Abrão Gebrim, empreitou a obra para a Construtora Araújo Ltda., do Dr. Gabriel Veloso de Araújo, e desfrutou com sua família de tão confortável e bela residência, nela criando seus filhos.

Deixou uma grande marca na história de nossa cidade. Defronte, onde hoje existe um sobrado na esquina, ao lado da Panificadora Fornalha, era a grande casa da família do senhor José e Amélia Canut.
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Da mesma forma patriarcas da família Canut e que também deixaram marco significativo na história de nossa terra. Ambas famílias libanesas, ambas cerealistas, ambas com grande prole que hoje são patrimônios de Araguari.

Forçando a memória, lembramo-nos que a família Gebrim possuia um Pontiac ano 48, e os Canut circulavam com um Chevrolet 51, dirigido pelo senhor Amim Canut, grande amigo.

Logo adiante da casa dos Canut, encontrávamos as grandes instalações das Indústrias Trineiro, do senhor José Marques de Jesus. Fábrica de macarrão de todas as qualidades e de biscoitos. Gerava inúmeros empregos. Infelizmente foi destruída pelo fogo. Hoje no local, farmácia e outros estabelecimentos comerciais.

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Ao lado como sempre da SSVP – Sociedade São Vicente de Paula, chegou a ser na época funerária, porém logo desativada.

Na esquina de cima, havia um casarão, de esteio, era uma pensão que foi demolida e infelizmente não nos lembramos dos proprietários. Na esquina de baixo, a casa do senhor Paulo Nogueira Cruvinel, e defronte a ela a família Nicomedes Mariano Nunes.

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Lembramo-nos do senhor Nicomedes, de longas barbas, bicicleta preta, óculos de aros grossos e pretos, chapéu na cabeça, com uma cestinha na garupeira da bicicleta, cheia de lingüiças que ele fazia e ia entregar nos locais pré determinados.

Era um personagem que deixou saudades. Encontramos então a Casa Paroquial, onde vemos a figura do Padre Nilo lá dentro, sempre preocupado em servir, atender aos necessitados e comandando a construção da nova Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus da Cana Verde.

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Conseguiu em vida fazer o mais difícil, teve a alegria de ver seu ideal realizado. Hoje lá está a magnífica e majestosa Igreja Matriz com seu campanário, marco histórico de nossa querida Araguari.

Abaixo da Casa Paroquial, a casa da família Vasconcelos (pai do Dr. Landulfo Vasconcelos, dentista), na esquina a casa dos Carilli, depois já vinha o imenso Hotel Central.

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Sua frente tomava a quadra inteira. Muito bem freqüentado, principalmente por viajantes e representantes comerciais. Boas instalações por um bom preço. Acessível a todos.

Então com esta rodada pela Praça, fica completado nosso Devaneio IV, uma vez que já falamos do Bar do Adelino e da Selaria do Benedito Coutinho na matéria que tratamos da rua Dr. Afrânio.



Agora mudaremos nossa localização, vamos para a esquina do Colégio das Freiras, esquina das ruas Virgílio de Melo Franco com a Rua Joaquim Aníbal.



Lembramos da “dona Deoclécia” no seu velho buteco de frutas, verduras, doces, e quitandas, naquela casa velha que existia onde hoje funciona uma padaria.

Qual das moças que passou pelo Colégio Sagrado Coração de Jesus e não se lembra da “dona Deoclécia”,

Ela era mãe do ferroviário José de Paulo, e da professora de Artes Industriais, Célia. Isto lá pelas décadas de 60 e 70.

Viramos a esquerda, rumo a estação ferroviária, e vimos o Colégio São Luiz, que era mantido pelas freiras dos Sagrados Corações.
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A grande loja de Joaquim Aníbal, defronte a velha casa das freiras, onde morou por longos anos a família do senhor Oto Tormim, ferroviário aposentado e grande afinador de piando.
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Família de nosso relacionamento, assim como as que citamos anteriormente. À direita, esquina com a Maricota Santos, a grande residência dos Rodrigues da Cunha, onde hoje funciona a Secretaria de Trabalho e Ação Social.

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Ao lado o senhor Antenor Alves, e defronte a Auto Mecânica São José. Com seus filhos Luiz Alves e Carlos, senhor Antenor revendia os veículos da linha Volks.

Em 1964, nosso pai adquiriu um fusquinha, e nele perdeu a vida em um acidente em 1966. Antes da Volks, tinha a telefônica, velho prédio desativado (hoje Sintespa), uma vez que já funcionava na rua Rio Branco no comando dos senhores Milton Lemos, Ernesto Golia, Waldemar Coelho, Cel. Teodolino Pereira de Araújo e outros.

Continuando, passamos pela casa do senhor Alberto Tomaz e chegamos na Goiás Atlética com seu imponente prédio. e

Local de lazer das famílias ferroviárias, famílias estas que construíram grande parte da história de Araguari. Sempre renderemo-lhes homenagens. Viramos a esquerda e nos dirigimos para o lado da então Estação Rodoviária.

Na esquina, onde é o Posto Araguaia II, era o Posto do senhor Paulo Jorge Zacharias, que junto do senhor Elias Daher, foram agentes aqui dos veículos da linha Kaiser, sendo que o senhor Elias Daher possuía um belo modelo 51, cor vinho, o senhor Paulo Jorge também tinha o seu (não lembramos da cor, porém lembramos que ele faleceu vítima de um desastre com o mesmo quando saia para São Paulo, lá na rua Joaquim Barbosa.

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O engenheiro Alex Simeck também possuía um Kaiser verde. Lá na esqsuina do Posto, lembramos do senhor César de Jesus, na porta de seu Hotel Globo.

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Ele era o pai do Paulo de Jesus, contador dos Irmãos Marques, da Dorinha de Jesus, professora do Santa Terezinha, da Maria Alice que já citamos aqui como cantora do programa do Carlos Roberto Felice, da Jovem Guarda, lá na Radio Planalto, idos de 60.

Hotel de grande movimento, uma vez estar ao lado de duas estações ferroviárias e de uma rodoviária. Sempre foi concorrido.

Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.
Fotos: Arquivo Pessoal / Google Earth