sexta-feira, dezembro 26, 2008

De Volta ao Piçarrão

Caros Leitores.

De um encontro casual entre o saudoso Dr. Wagner Henriques Guimarães, Dr. Neiton de Paiva Neves, e nossa pessoa, no decorrer da conversa, surgiu o assunto da Usina Piçarrão. A velha usina da Cia. Prada, onde fomos criados, desde nossa infância, passeando com nossos pais, nossa juventude, quando já passamos a trabalhar na Prada, e posteriormente, já casados e ainda trabalhando lá na velha Prada e posteriormente CEMIG. Isto de 1950 a 1975 mais precisamente.

Conversa vai, conversa vem, lembranças vindo à tona, quando dissemos: pode parecer até piada, mas desde que saímos da Prada-CEMIG, (apesar de ter trabalhado três anos na CEMIG, não sabemos fazer discriminação de ambas) quando de nossa demissão, em 1976, nunca mais voltamos lá no Piçarrão.

Consideramos este fato incrível, mas é verdade.

Dr. Neiton, manifestou sua grande vontade de conhecer o local, pois em tempos idos, não teve a oportunidade de conhecê-la, pelo fato da rigidez imposta por ambas as empresas.

Local perigoso, difícil acesso, e outras dificuldades da época. Trabalho, estudos, transporte, e motivos vários. Dr. Wagner, que era pescador nas horas vagas, também grande amigo de Araguari, conhecedor de locais turísticos e freqüentador de vários outros pelo seu lazer, comentou: meu filho, é o Secretário de Turismo e Meio Ambiente, está procedendo um levantamento para fins ecológicos junto à CEMIG, talvez ele possa conseguir marcar um passeio nosso até lá para ampliar os conhecimentos e matar um pouco as saudades.

Ora, sem pestanejar, todos concordamos com a agradável idéia do Wagner (vamos assim chamar a turma pelos laços de amizade que nos unem), e passamos então a aguardar a resposta que para nós seria de fato a volta ao passado. Para Neiton, seria a primeira ida.
Um local a ser explorado detalhadamente.

Passou-se mais de um mês, e eis que de repente, em certo momento, recebemos uma ligação telefônica do Wagner, dizendo: Peron, o Antônio, meu filho, arrumou tudo para nosso passeio lá no Piçarrão, junto à CEMIG, para amanhã, sábado, dia 15, a partir das 9 horas. Dá para ir ou tem algum compromisso ? Mais que depressa, dentro da emoção que nos pegou, respondemos sem vacilar: que maravilha, tudo certo, vamos lá. Então ele disse: vou avisar ao Neiton e amanhã às 9 horas nós nos encontramos.

Meus caros Leitores, como é característica nossa, temos que contar tudo minuciosamente, para embelezar mais ainda fatos como este, enriquecê-lo ao máximo, pois temos certeza que transmitimos para vocês, o que possa haver de melhor naquilo que vivemos.

Mas vamos em frente, passamos uma noite até agitada, pensando que após 26 anos, iríamos voltar lá naquele local onde crescemos, divertimos e trabalhamos, juntamente com uma plêiade de homens que compunham a Prada, como; Manoel de Melo, Chefe da Usina; José Quirino Filho, Sub-chefe, Brasil de Artiaga Romeiro Lopes, maquinista, Waldemar e Jesus, maquinistas e comporteiros.

Íamos lá sempre com Carlos Vanez Menino Bedrosian (hoje Ten. Coronel da Força Aérea Americana e médico famoso), Joaquim dos Reis Sobrinho, de saudosa memória, (partiu cedo vítima de acidente no trânsito em Araguari), era o marido da professora Terezinha Rodrigues dos Reis, uma baluarte do ensino em nossa cidade; com Déo Garcia, com o Bartolomeu Teixeira, sem contar que o pai dele era o Técnico em Alta e Baixa Tensão que a Prada possuía, companheiro inseparável de meu Pai em toda sua jornada pela carreira Prada, senhor Pedro Teixeira.

Vejam só, já estamos divagando no tempo e no espaço com a beleza daquilo que nos aconteceu em um 15 de setembro, e que ficou registrado através de maravilhosas fotografias tiradas por todos.

Continuemos, na manhã de sábado, exatamente às 9 horas, estava na porta de casa, o Wagner, seu filho, Antônio José Maia Guimarães, então Secretário de Turismo e Meio Ambiente do município, sua esposa, Andréia Maciel Ramos Guimarães, psicóloga e então Diretora de Recursos Humanos da Prefeitura Municipal, até o nenezinho, uma linda garotinha de quatro meses, uma belezinha.

De casa, saímos para buscar o Neiton, eu e meu filho Fernando, engenheiro em Goiânia, e que também não chegou a conhecer a Usina Piçarrão em tempos idos. Também como meu filho Julio, engenheiro mecânico em Belo Horizonte, que também e por falha nossa, nunca foi ao local tão admirado e fonte de nossa sobrevivência por vários anos de nossa vida profissional. Cometemos erros infantis, porém, no caso, estamos sanando levando-os até lá.

Passamos no Neiton, que também com sua pontualidade britânica, estava na porta nos aguardando. Cumprimentos rápidos e partimos em nossa “aventura” para a Usina Piçarrão.

Antigamente era longe, íamos pela antiga estrada para Uberlândia, passávamos pela primeira chácara que o senhor França da Ford tinha lá na primeira curva da estrada. Rodávamos mais alguns quilômetros e atingíamos a entrada do Preventório Eunice Wever, passávamos por ela, mais alguns quilômetros e deixávamos a estrada para Uberlândia, pegando a estrada do Piçarrão, que seguia para Santa Luzia, Cascalho Rico, Gameleira, Estrela do Sul, Bagagem, Monte Carmelo, Patrocínio, Serra Negra e por aí a fora. Mas então descíamos por ela até a porta das fazendas dos senhores Zéca Ferreira e Abadio Ribeiro, e naquela estradinha estreita, chegávamos pela frente na entrada da Usina Piçarrão.


Desta feita não, saímos pela estrada de Indianópolis, rodamos alguns quilômetros e viramos à esquerda e já fomos descendo passando em alguns trechos da antiga estrada. Sinceramente, nossas emoções balançaram as estruturas. Respiramos fundo, chegamos à ponte do rio Piçarrão, atravessamos e tivemos acesso ali naquele bonito local que já chegou a ser início de um clube de campo idealizado pelo saudoso Felício de Lúcia, que lutou bastante, mas pelo difícil acesso da época não logrou êxito. Passamos pela igreja do Piçarrão, local de muitas festas religiosas, onde a comunidade rural comemora as datas festivas com novenas, quermesses, festas em geral, e tivemos acesso pelo lado de cima da usina, saindo da estrada que segue até hoje para os locais citados, e está perfeitamente transitável, sendo muitíssima usada pelos fazendeiros da região.

Enfim chegamos. Lá na porteira de acesso, estavam a nossa espera, José Emanuel da Costa Serafim, Encarregado de Segurança da CEMIG, e o agente de segurança Alexandre Beyrstedt.

Uma elegante recepção. Cumprimentos, apresentações e lá fomos nós, direto, para a Casa de Máquinas. Agradável surpresa, onde só tínhamos acesso pelo canal ou pela escadaria, 315 degraus, descemos confortavelmente de carro, através do contorno do morro que só descia jeep com tração nas quatro rodas, ou carros puxados por bois para quando era necessário a remoção de peças danificadas da usina, assim como para suas reposições. Todo o acesso em via cimentada. Uma descida forte, íngreme, porém segura. Foi um sonho, em minutos estávamos lá, na casa de máquinas, que teve o início de sua construção em 1923.



Estava tudo trancado, e o segurança, então abriu as portas da casa de máquinas, levando-nos há 26 anos atrás. Fomos para um canto, lá no pé da escadaria, e deixamos a emoção extravasar. Lágrimas fluíram de nossos olhos, não de tristezas, mas sim de alegrias por estarmos ali novamente, e em minutos, passaram diante de nossos olhos, toda uma existência. Esta emoção foi exclusivamente nossa. Parecíamos uma criança que acabara de ganhar um brinquedo e queria desfrutá-lo ao máximo em poucos minutos, pois sabíamos que não iríamos passar o dia ali. Então queríamos aproveitar ao máximo, e como aproveitamos.





Na visita ao interior da usina, esclarecimentos sobre a reforma do maquinário e seu funcionamento, foram dados pelo senhor Serafim, como dados técnicos, sendo o comando da mesma feito direto de Belo Horizonte, enfim esclarecimentos minuciosos e precisos foram-nos passados por ele, colocando a todos presentes a par do funcionamento geral da mesma.


Passamos então para a parte externa, e lá foram todos, através das pedras à beira do rio, até debaixo da bela cachoeira do Piçarrão, com seus 70 metros de queda de água, em um verdadeiro véu de noiva, dada a beleza com que se apresenta aos nossos olhos.


Olhamos então para o Neiton, para o Wagner, para o Antônio, sua esposa, para meu filho, e pudemos sentir que estavam todos extasiados com tanta beleza proporcionada pela natureza, feitas pelas mãos do Criador. Só mesmo Ele para fazer coisa tão bela. A mãe natureza é perfeita em todos os aspectos. Sentimo-nos pequeninos diante de tanta grandiosidade.

Daí então, resolvemos subir. Neiton, Wagner, Antônio, resolveram subir pela escadaria, passando sobre o canal a céu aberto e pelos tubos instalados dependurados por cabos de aço. Fomos de carro. Infelizmente não temos mais condições físicas para locais perigosos. Subimos de carro rapidamente por onde descemos e que antigamente como dissemos, só com carros de boi, e viemos esperar o pessoal aqui em cima da represa. De lá os acompanhamos em suas jornadas na longa subida. Passando pelo canal e chegando até nós.




Tiveram ângulos maravilhosos para registrar a bela e inesquecível manhã através de suas lentes fotográficas.

Lá em cima da represa, tivemos a oportunidade de mostrar-lhes o nosso tempo. Mostramos onde eram as casas dos funcionários, (interessante, demoliram as casas mas deixaram a rede de iluminação nos locais onde estavam e funcionando), mostramos onde nadávamos com a turma quando terminavam o trabalho de manutenção do canal ou de máquinas e depois iam se refrescar para um churrasco que sempre era feito. O churrasqueiro oficial da Prada era o Victor Rodrigues ajudado por Sebastião de Souza, Joaquim Reis, e o pessoal todo desfrutava da lauta refeição.

Chamou-nos a atenção, os cuidados do Secretário de Meio Ambiente. Ecologista que é, passou a ver garrafas de plástico, latas de cerveja e refrigerantes, plásticos e outros objetos mais, trazidos pelas águas e encostados nas pedras e barrancos do rio. Passou ele, juntamente com seu pai, o Wagner, a recolherem aquele lixo e colocarem em local a ser removido posteriormente. Gesto de quem gosta da natureza. Ficou marcado.


Assim meus caros Leitores, demos por encerrada nossa jornada pelas terras do Piçarrão. Fomos para debaixo da grande figueira, talvez centenária dado seu porte, desfrutar de sua sombra e folhearmos o “Dossiê de Tombamento Histórico da Usina Piçarrão”, considerado pelo I.E.P.H.A. , Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico, como modelo para Minas Gerais.


Relação dos Bens Tombados em Araguari


Abrimos um espaço aqui, para registrar que este Dossiê, assim como o do Conjunto da Rede Ferroviária, do Conjunto do Colégio Regina Pácis, da Casa da Cultura, da Câmara Municipal, da casa do Dr. João Nascimento de Godoy, da Goiás Atlética, do Complexo do Colégio Sagrado Coração de Jesus e Maria, do Bosque Jhon Kennedy, da Escola Estadual Raul Soares, do prédio da antiga Cia. Prada de Eletricidade, da Mata do Desamparo, foram todos feitos sob a coordenação direta da senhora Marlene Maia Guimarães, que era Diretora de Patrimônio Histórico, na gestão de Milton Lima, de 1997/2000.

Rendemos homenagem e agradecimento por tão significativo e relevante trabalho em prol da cultura e história araguarina.



Mas voltando lá para debaixo da figueira, pudemos observar o levantamento geral do Dossiê, e nele encontrarmos dados significativos, inclusive a escritura da área quando da aquisição pela Cia. Prada de Eletricidade. Nela lê-se Piçarrão com dois “s” mas nas demais documentações constatou-se ser o correto com “c” cedilha mesmo. O Wagner até brincou, “há controvérsias”, e nós respondemos, olha aí o “Pedro Pedreira”.

A riqueza do Dossiê é imensurável. Além do passeio, tivemos a oportunidade de aprofundarmos no Piçarrão, tanto através da vivência passada, quanto através do levantamento elaborado tão cuidadosa e minuciosamente pela senhora Diretora da época, tanto é que a Usina Piçarrão é Patrimônio Histórico Cultural de Araguari, devidamente tombado e registrado no órgão citado.

Gostaríamos aqui de dizer, que conforme nos foi informado, foram gastos R$ 1.200.000,00 (Hum milhão e duzentos mil reais), pela CEMIG, para restaurar a parte técnica da Usina e colocá-la novamente em funcionamento, integrando o seu quadro de 62 usinas .



Principais Usinas da CEMIG

Quando de sua construção, a mesma abastecia Araguari e ainda enviava a produção excedente para Uberlândia. Desativada por vários anos, hoje em funcionamento, contribui em muito no racionamento que vivemos, ajudando a amenizá-lo.

Na hipótese de transformação em ponto turístico, é lógico e evidente que será feita uma infra estrutura de acordo com os padrões exigidos, e ainda sugerimos, para que seja a verdadeira Usina Piçarrão, que as casas demolidas, sejam reconstruidas, ajardinadas como eram, com as passarelas e jardins que a faziam um verdadeiro presépio. A construção de restaurantes, lanchonetes tanto em cima da cachoeira, como lá em baixo da mesma, irá proporcionar lazer para muitos araguarinos e pessoas de fora que aqui virão desfrutar nosso tesouro.

Com tudo isto exposto, meus caros Leitores, demos por encerrada a belíssima visita à Usina do Piçarrão, e quando das despedidas, tivemos a oportunidade de dizer ao então Secretário de Ecologia e Meio Ambiente, Dr. Antônio José Maia Guimarães, que se ele, consegui-se junto à CEMIG, transformar aquela jóia preciosa incrustada no vale denominado Piçarrão, em ponto turístico, Araguari iria possuir um dos recantos ecológicos mais belos de nosso imenso Brasil. Como resposta ele nos disse: Peron, as negociações estão em andamento, e cremos que dentro em breve conseguiremos nosso intento. Na presença de todos dissemos a ele: realizando tal feito, pode-se considerar realizado, pois terá dotado nossa cidade de um Ponto Turístico de raras belezas e que trará para cá verdadeiras caravanas de turistas. Será o início de uma nova fase.

E assim, nos despedimos, e retornamos aos nossos lares, emocionados, realizados, felizes, e de público, deixamos nossos sinceros e profundos agradecimentos ao Dr. Wagner Henriques Guimarães, seu filho Dr. Antônio José Maia Guimarães, sua esposa Dra. Andréia Maciel Maia Guimarães por nos proporcionarem tantas alegrias com nosso retorno ao ninho que estava tão perto e ao mesmo tempo distante considerando-se as vicissitudes da vida.

Obrigado, obrigado de coração. Ao meu amigo, Dr. Neiton de Paiva Neves, agradecemos a companhia agradável e a oportunidade que tivemos juntos de desfrutar de um passado glorioso. Ao nosso Irmão de Ordem Maçônica, José Emanuel da Costa Serafim, Chefe de Segurança da CEMIG, agradecemos as atenções dispensadas, assim como a alegria demonstrada em estar nos proporcionando tantas emoções. Gratos Serafim. Obrigado também pela assistência prestada pelo segurança Alexandre Beyrstedt.

Meus caros Leitores chegamos assim ao término de mais um Ponto de Vista e passamos a vocês, um pensamento que achamos muito filosófico e tranqüilizante, ou seja: “Se não houver frutos, valeu a beleza das flores. Se não houver flores, valeu a sombra das folhas. Se não houver folhas, valeu a intenção da semente”. “Henfil”.

Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.
Fotos:
Usina: Prefeitura Municipal / FAEC / Divisão Patrimônio Histórico de Araguari
Visitantes (casa de máquinas): Arquivo pessoal
Vista aérea: Google Earth

domingo, dezembro 21, 2008

BOAS FESTAS


Caros Leitores.

E mais um ano se passou. Foi-se para os anais da história.

Em seu término, o que podemos dizer a vocês que nos prestigiaram no decorrer de todo ele ?

Pensamos, analisamos mensagens bonitas, cheias de enfeites comemorativos às datas. Natal e Ano Novo.

Sinceramente, achamos que vocês mereciam mais, muito mais.

O que e como fazer então ?

Encontramos uma resposta. Resposta simples e objetiva.

Cremos que irão gostar.

Natal, data do nascimento do Menino Deus.


Em uma simples e singela manjedoura, Nossa Senhora, trouxe ao mundo seu salvador.

Era o Menino Jesus.

São José, após grandes buscas, conseguiu localizar este humilde lugar para ser o Berço de Jesus, após procurar incessantemente. O encontrou já às vésperas da vinda Dele ao mundo.

Rodeado pelo amor de José, Maria, deu a Luz àquele que no decorrer de sua existência só pregou o bem.



Resignado foi perseguido, aprisionado e condenado.

Morreu na Cruz, entre dois ladrões para nos Salvar.

Seu sacrifício foi imenso, porém surtiu efeito. Seus seguidores surgiram através das palavras que ele deixou entre seus apóstolos que, posteriormente, alastraram por crenças várias.

Seus ensinamentos correm a terra.

Abençoado seja o Senhor, Grande Arquiteto do Universo, Deus, Criador e Salvador do universo através de seu filho Jesus.

Que sejam louvados, e que suas bênçãos se derramem sobre os nossos lares, lavando-nos do pecado e nos preparando para a vida eterna.

Que Ele nos proteja a todos.

Caros Leitores.

Encerra-se também mais um ano de lutas. Lutas, vitórias, derrotas, doenças, saúde, dores, mágoas, alegrias, tristezas, enfim, uma jornada de vicissitudes e alegrias vencidas.

Só podemos, com as bênçãos Dele, do Supremo Criador dos Mundos, desejar-lhes felicidades mil no decorrer de 2009.

Que saibam enfrentar as pedras que este caminho nos reserva.

Que saibam desfrutar dos benefícios que nos esperam.

Que lutam e vencem, com todos seus familiares, na Santa Paz que Deus, através de seu filho Jesus, irá nos dar.

São nossos mais sinceros e profundos votos.

Muito obrigado a todos.


Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.

sábado, dezembro 13, 2008

Amigos da Cultura

Caros Leitores,

As atividades desenvolvidas pela FAEC / Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari, na pessoa de seus dirigentes e conselheiros, vem proporcionando a todos que tem vínculos com nossa cidade, a oportunidade de lembrar resgatar, difundir fatos, pessoas e lugares que ficaram na memória de muitos, mas que são lembrados por poucos.


A existência de órgãos públicos e pessoas que tenham esse interesse alentam as preocupações quanto a possibilidade do esquecimento, do apagar de memórias.


O Prêmio de Preservação Cultural teve sua apresentação no último dia 10 deste mês no Palácio dos Ferroviários, e mostrou que estas pessoas existem, os órgãos públicos estão trabalhando e felizmente nosso patrimônio está sendo preservado.

e


O Blog Ponto de Vista toma a liberdade de reproduzir a apresentação feita pelo presidente do conselho do Patrimônio Histórico de Araguari, Alessadre Humberto de Campos, onde estão destacadas e ilustradas as homenagens prestadas em diversas categorias, dentre as quais fazemos parte da Multimidias.


Quanto a honraria recebida por nós, temos a dizer que:

Existem momentos em nossas vidas que palavras não nos faltam para expressar aquilo que sentimos.
Existem também momentos em nossas vidas, que nos faltam palavras para expressar o que sentimos. Mas nesses momentos nos sobram lágrimas. Lágrimas de alegrias. Lágrimas de emoção. Lágrimas de gratidão. Lágrimas de carinho por aqueles que nos proporcionaram a alegria de vermos nossas atividades reconhecidas e aplaudidas. Se realizarem.
Nos enquadramos nas LÁGRIMAS, e nela continuaremos por tudo aquilo que nos proporcionaram.
Lindas e emocionantes palavras proferidas pelo nobre amigo.
Agradecemos a todos, indistintamnte. Do mais humilde ao mais categorizado membro da equipe que participou deste evento.
Agradecemos à Professora Cinthia, Presidente da FAEC, ao Senhor Prefeito Municipal, Dr. Marcos Alvim, ao ilustre Dr. Alessandre Campos, Presidente do Conselho, à minha esposa Teresa, ao caro e amigo, Aloísio Nunes de Faria, que fizeram nossas vezes em tão memorável acontecimento que passará para nossa história.
Agradecemos de coração nos terem colocado definitivamente na história de Araguari.
Dedicamos aqui este prêmio recebido, à minha família, Teresa, esposa, Julio Erbetta Neto, Fernando Rezende Erbetta, filhos, Cynthia e Kelly, noras, e à querida neta Gabriela.
São o esteio que possuímos para enfrentarmos as vicissitudes da vida, sob as bênçãos do Supremo Criador dos Mundos.
Assim estamos emocionados, envaidecidos e orgulhosos.

e

Agradecemos também ao demais homenageados, Amigos da Cultura, por poder fazer parte deste ilustre grupo e a todas as manifestações enviadas por nossos amigos.

e

Assim segue o texto da apresentação:
e

" Apresentação do 1º Prêmio Preservação Cultural, feita por Alessandre Humberto de Campos durante a reunião ordinária do Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari, no dia 10 de dezembro de 2008, tendo inicio as 15:20 h e término as 17:10 h.

O CONSELHO

O Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari autorizado
pela Lei Municipal n.° 2.449 de 10 de abril de 1997, atendendo ao disposto no Art.216 da
Constituição Federal e em harmonia com disposto na Legislação Municipal, foi criado pelo
Decreto Municipal n°016/97 e tem seu funcionamento junto à sede da Fundação Araguarina
de Educação e Cultura – FAEC.

É composto de 7 (sete) membros titulares e 7 (sete) membros suplentes de diferentes
segmentos da sociedade, com finalidade de assessorar o Prefeito no que diz respeito á
preservação dos bens de valor cultural localizados no município de Araguari.
São membros titulares do Conselho e convoco para tomarem seus lugares a mesa:

1-Alessandre Humberto de Campos (presidente)
2-Luciano Caetano Santiago (secretário)
3-Nádia Cristina dos Santos Sudário (vice-presidente)
4-Gláucio Henrique Chaves
5-Alexandre Silva de Oliveira
6-Amariles Alves do Nascimento
7-Gabriela Gomes Rosa

E os membros suplentes do Conselho:

1-Cinthia Maria Costa
2-Rogério Borges Marques
3-Georgina Ferreira Pedrosa
4-Eurípedes Antônio Ezequiel de Oliveira
5-Leonardo Henrique de Oliveira
6-Honor Machado
7-Vânia Maria Mouro
e
O PRÊMIO

Em 12 de Novembro de 2008 o Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari, em reunião ordinária, com intuito de reconhecer os AMIGOS DA CULTURA de Araguari que valorizam a nossa identidade, CRIA em conjunto com a Fundação Araguarina de Educação e Cultura -FAEC, o I PRÊMIO “PRESERVAÇÃO CULTURAL” do município de Araguari. O PRÊMIO tem por finalidade reconhecer os relevantes serviços, prestados à sociedade de Araguari, pelos diversos ícones vivos que de forma espontânea divulgam, preservam, resgatam, incentivam e produzem cultura em nossa cidade. O 1° Prêmio Preservação Cultural é composto da logomarca, do selo, das menções e do troféu.
A logomarca


A logomarca do 1° Prêmio Preservação Cultural representa os vários momentos da cultura, onde a sociedade produz, vivencia, preserva e permite que esse legado seja transmitido as futuras gerações, perpetuando-se pelo tempo e pelo espaço a que se pertence. A cor preta representa o produtor e o produto da cultura em todas as suas formas. O branco representa como a cultura faz parte da nossa vida de forma sublime e natural mesmo quando alguém a renega. A cor creme representa a inter-relação entre as pessoas e seu passado, presente e futuro demonstrando que não existe nem velho nem novo, mas que existe o agora e que este agora precisa ser valorizado e registrado como sendo a nossa herança cultural. A logomarca foi criada pelo arquiteto e urbanista Alessandre Humberto de Campos.

O Selo


O Selo Amiga da Cultura será oferecido a empresas ou instituições que utilizam um espaço de expressivo valor cultural de forma sustentável. Destacam-se os traços da fachada da Casa da Cultura como fonte do resgate, valorização e preservação da Memória Cultural de Araguari e os trilhos como principal elemento de desenvolvimento urbano de nossa cidade e ao reconhecimento àqueles que construíram a nossa cidade e escreveram a sua história. A cor ouro do fundo do selo simboliza o valor da nossa cultura. O selo foi criado por Luciano Caetano Santiago.
A Menção


A Menção é o registro de reconhecimento e valorização de pessoas que praticam, em seu próprio nome ou em nome de alguma empresa ou instituição, gestos espontâneos que divulgam, preservam, resgatam, incentivam e produzem cultura em nossa cidade.

O Troféu



A concepção das peças a serem entregues como troféus, surgiu a partir da aprofundada pesquisa realizada constantemente pela Divisão de Patrimônio Histórico de Araguari sobre a identidade cultural da cidade, com o objetivo de se presentear os agentes preservadores de nossa cultura, com um elemento que a representasse. Optamos pelo uso de pregos que prendiam os trilhos nos dormentes, pois a experiência ferroviária vivida por nossa sociedade no final do século XIX e decorrer do século XX foi fundamental na construção deste ser araguarino. A ferrovia pode ser percebida na paisagem urbana, na disposição das ruas, nos grandes nomes ferroviários e dos imigrantes que chegaram à cidade pelos trilhos, compondo a miscigenação de nossa população. Uma grande parcela dos araguarinos tem parentesco com ferroviários, evidenciando essa raiz cultural de nossa identidade.

Uma prova de tal fato é o reconhecimento do Palácio dos Ferroviários, antiga Estação da Goiás, como representante da Cultura do Triângulo Mineiro, em concurso recentemente promovido pela TV Integração. Cada troféu consiste em uma peça feita artesanalmente, em que cada elemento remete às características da ferrovia. A madeira maciça representa a força dos trabalhadores, o branco remete à simplicidade da família ferroviária. No centro de tudo um prego de ferro maciço, original, ligeiramente corroído pelo tempo, representando a solidez desta história ferroviária, que resiste bravamente ao tempo. Arrematando a arte, temos uma placa de aço inox, representando o novo, o que durará para sempre, aludindo à nova consciência do araguarino perante a sua formação cultural, garantindo um brilho e um reflexo do rosto de quem faz parte de nossa cultura. Cada peça é mais que um troféu, é um “Pedaço Inteiro” de nossa história, sendo repassado às pessoas representantes de tantas outras capazes de cuidar e perpetuar no tempo, a nossa cultura.
O troféu foi criado e produzido por Alexandre de Souza e Luiz Carlos Machado (Luizão).


Palácio dos Ferroviários – O Melhor de Minas

Pesquisa Histórica e Texto: Alessandre Humberto de Campos
O final do século XIX e início do século XX trouxeram a Araguari novas possibilidades de expansão com a chegada do transporte férreo. Araguari aos poucos foi despontando graças ao crescimento populacional em virtude da instalação na cidade da Estação de Passageiros da Cia. Mogiana de Estrada de Ferro em 15 de novembro de 1896. Em 1996, cem anos depois, o Jornal Diário de Araguari transcreveu o seguinte trecho sobre a Epopéia da Cia Mogiana:
“Inaugurou-se a Estrada de Ferro (...) em Araguary. Imaginem que barulhada. Veio da roça não sei quanta gente para ver o ‘bicho que lança fogo e tem parte com o diabo’... Houve mesa com doces, brindes, muita cerveja. As senhoras em grande toalete, na Estação, esperando a máquina que vinha toda enfeitada com bandeirolas. Quando, porém, ela apitou, foi uma corrida por ali a fora. Mulheres tiveram ataques, homens velhos juraram que nunca se serviriam de semelhante cousa, que urra feito bicho e tem fogo no corpo. Os moleques corriam de pavor, derrubando os taboleiros de biscoitos. E enquanto isto, a máquina entrava triunfal na pequena estação de Araguary. Durante muitos dias só se falou na tal invenção do capeta.”


A ferrovia interferia positivamente na evolução urbana das cidades, prova disso que Achiles Widulick, elaborou a primeira planta projetando a delimitação urbana. Ele era o engenheiro responsável pela construção do trecho da estrada de ferro Araguari – Uberlândia da Cia. Mogiana. Em 1898, a Lei n°50 determinou o alinhamento, nivelando e a demarcação de praças, ruas e avenidas da cidade. Um traçado urbano muito arrojado para a época, com ruas largas e praças bem localizadas. Algo que se perdeu no tempo e pode ser conferido em vários bairros da cidade onde as ruas são estreitas e não possuem sequer uma única praça.

“(...) a praça integra organicamente o conjunto formado pela cidade, mas ao mesmo tempo “está” nele como um espaço -quase uma clareira – surgindo pelo distanciamento entre determinadas porções construídas. A praça “nega” a
continuidade das edificações, mas ao mesmo tempo ela é, em certo sentido a essência da cidade (...)”.
[Nelson Saldanha, 1993]


O trecho entre Uberlândia e Araguari possuía 06 (seis) postos de abastecimento: Posto do Jiló, Estação de Sobradinho, Margem do Rio Araguari, Posto do Preá, Estação da Stevenson, Posto do Angá e o ponto final era a Estação Mogiana em Araguari.
Construída na zona rural na região do Fundão, e inaugurada em 1927, a Estação da Stevenson, compreende o prédio da Estação, a Casa de Turma e a Casa do Funcionário, formando um conjunto ferroviário importante por onde passava todo o movimento de passageiros e cargas e servia de ponto de encontro da população que residia na redondeza.


Com a construção, na década de 60, da variante Omega – Araguari e a desativação da linha, a Estação foi substituída por uma nova versão com o nome de “Stevenson Nova”, ficando a antiga Estação fora dos trilhos da ferrovia.
Sua preservação é de fundamental importância para a memória da ferrovia no município e no país.


O funcionamento da Cia. Mogiana inspirou a abertura de caminhos pelos trilhos ao Estado de Goiás. A linha férrea da Cia Mogiana tinha ponto terminal em Araguari e inicial em Campinas – SP. Para fazer a ligação de São Paulo a Goiás criou-se, então, a Estrada de Ferro Alto Tocantins, que seria a continuidade da estrada da Mogiana até Goiás, tendo Araguari como ponto inicial e Goiânia terminal. Em 28 de março de 1906 a estrada passou a se denominar Companhia Estrada de Ferro Goiás. Os trabalhos para sua construção iniciaram-se em 1909 no marco zero, na cidade de Araguari, que se torna um entroncamento ferroviário.


A partir de 1920, em função de problemas de caráter financeiro e administrativo, a Companhia Estrada de Ferro Goiás, por meio do decreto nº 13.936 obteve concessão para explorar os serviços ferroviários no Triângulo Mineiro e em Goiás. Com isso, sua administração foi transferida à União, que deu continuidade as obras de construção da estrada de ferro até a cidade de Goiânia, numa extensão de 480 quilômetros, passando por 30 estações, destacando-se as de: Araguari, Amanhece, Ararapira, Anhanguera, Goiandira (ponto de ligação com a Rede Mineira), Ipameri, Roncador, Pires do Rio, Engenheiro Balduíno, Vianópolis, Leopoldo de Bulhões, Anápolis e Goiânia.


Em 1926 inicia-se a construção do prédio da Estação da Goiás em Araguari e em 2 de dezembro de 1928 ele é inaugurado, há exatos 80 anos e 8 dias.
Os três grandes engenheiros da Estrada de Ferro Goiás foram Gaioso Neves, Luiz Schinoor e Bethout que construíram a sede, a estrada e as pontes.
No passado esse prédio foi a ligação entre São Paulo, Minas e Goiás. Trouxe pelos trilhos a pujança econômica ao Município e hoje se tornou o marco histórico de desenvolvimento cultural, preservação e respeito as nossas raízes.


Infelizmente, este período de pujança se vê ameaçado, pois em 1954, a sede da Estrada de Ferro Goiás foi transferida para Goiânia, ficando Araguari com a 2º divisão. Neste processo centenas de funcionários da empresa foram transferidos gerando transtorno na economia do município. Inicia-se uma fase de decadência econômica e urbana da cidade.


A Estrada de Ferro Goiás passa a ser controlada pela Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima – RFFSA que foi criada mediante autorização da Lei nº 3.115, de 16 de março de 1957 com o objetivo de consolidar 18 ferrovias regionais e gerir os interesses da União no setor de transportes ferroviários.


Na década de 60, devido à intensificação do transporte rodoviário, o movimento das linhas férreas entrou em decadência. Em 27 de março de 1973, foi inaugurado o novo terminal ferroviário no final da Av. Cel. Belchior de Godoy, destinado ao transporte de passageiros e cargas. Todo tráfego da antiga “estação da Goiás” foi transferido e inicia-se assim o processo de deterioração do prédio com o seu total abandono, após 45 anos de atividades. Nesta mesma época, após 8 décadas, a Cia. Mogiana se desliga de Araguari. Posteriormente, seu patrimônio imóvel foi demolido para dar passagem a Av. Batalhão Mauá.


Em 1992, a RFFSA foi incluída no Programa Nacional de Desestatização, ensejando estudos, promovidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES, que recomendaram a transferência para o setor privado dos serviços de transporte ferroviário de carga. Essa transferência foi efetivada no período 1996 a 1998.
Em setembro de 1996 a então criada Ferrovia Centro Atlântica – FCA tem a concessão para atuar no trecho compreendido pela antiga Estrada de Ferro Goiás, que ora era administrado pela RFFSA, gerenciando os campos operacional, gerencial e de recursos humanos, delineando os primeiros moldes da nova ferrovia. A Rede Ferroviária Federal foi extinta em 2007 e todo seu patrimônio está em fase de inventariança, inclusive o conjunto da Estrada de Ferro Goiás em Araguari.

“O inventário dos bens móveis e imóveis é a única esperança para evitar que parte do patrimônio da antiga Rede Ferroviária vá, literalmente, ao chão. Em Araguari, no Triângulo Mineiro, a prefeitura está confiante de que consiga, por intermédio do Iphan, administrar prédios onde o almoxarifado e oficinas de locomotivas e vagões funcionaram no passado. Na cidade, os trilhos chegaram em 1896, por meio da Companhia Mogiana, e cinco vagões de trem de luxo, em metal, foram fabricados lá a pedido do então presidente Juscelino Kubitscheck.”


Trecho extraído do Jornal Hoje em Dia publicado em 21/1/2008.




Foto 1 -Estação da Goiaz . Foto de 1928 Foto 2 -Palácio dos Ferroviários. Foto de 2007

O conjunto da Estrada de Ferro Goiás é um complexo ferroviário de grande porte formado por vários prédios de épocas distintas, entre 1926 até 1970 e foi tombado pelo Decreto Municipal nº. 010, de 10 de fevereiro de 1989 e reiterado pelo Decreto nº. 013, de 03 de abril de 1998.
A Estação se consolidou como sendo o principal prédio do conjunto por possuir grande importância histórica e beleza arquitetônica, destacando-se pela imponência e rica arquitetura eclética.

A edificação sofreu ampliação que foi incorporada a leitura do edifício, como mostra à foto 1 -prédio original e foto 2 – prédio ampliado. Possui partido arquitetônico dominado pela simetria e composição volumétrica, com mirante e torreão na cobertura, terraço no segundo
pavimento, sustentado por arcadas. Os vãos, com vigas em arco pleno e abatidas, distribuem-se harmoniosamente nos diversos painéis que organizam a fachada. Balaustradas vazadas e platibandas ornamentadas completam a decoração deste magnífico exemplar da arquitetura ferroviária.

Entra-se no século XXI, o ano é 2001. A Estação encontra-se abandonada e invadida por andarilhos que usam o prédio para abrigo e o depreda com a retirada e incineração de portas e janelas.
Diante do quadro lamentável, inicia-se "O Mutirão Pró-Restauração” que tinha como objetivo central resguardar a Estação da Goiás, mobilizando a sociedade araguarina, engajando-a no processo de preservação e ocupação, despertando-a para a importância histórica e cultural do complexo que culminaria na restauração do prédio, transformando-o no Centro Administrativo e Cultural de Araguari.

E foi o que de fato aconteceu. O prédio passou por ampla reforma, estando hoje totalmente revitalizado, que agrada os olhos e enche a população araguarina de orgulho. Hoje é um dos principais pontos turísticos de Araguari. Em suas dependências encontra-se o Museu Ferroviário, onde são expostos quadros e objetos históricos da Estação e da Memória Ferroviária. O Palácio dos Ferroviários abriga a sede da Prefeitura Municipal.
Se em 1954, com a transferência da sede da Estrada de Ferro Goiás para Goiânia, Araguari entra num processo de decadência econômica e de identidade, em 2006 com a inauguração do Palácio dos Ferroviários, a nossa cidade volta a sorrir a partir do engajamento da sociedade em realizar o resgate de sua identidade cultural. Inicia-se, então, o processo de retomada de auto-estima e do desenvolvimento econômico, social e cultural. Araguari volta a ser a cidade sorriso. Mas a sociedade araguarina não pode cruzar os braços, pois os outros prédios que compõe o Conjunto Paisagístico e Arquitetônico da Antiga Estação da Estrada de Ferro Goiás-Araguari que são: Almoxarifado, Armazém de Cargas, Hospital, Escola Profissionalizante, Oficinas, Tipografia, Locomoção, Telégrafo e Vila Operária além dos trilhos, dos vagões e da sirene, hoje estão em ruínas e ameaçados de desaparecerem pela letargia da justiça em definir seus guardiões, pois seus verdadeiros donos somos todos nós. Precisamos nos unir e resgatar, mais uma vez a nossa identidade cultural, por meio da revitalização de todo esse conjunto.

O Palácio dos Ferroviários recebeu no dia 30 de junho de 2008 o tombamento definitivo como patrimônio histórico de Minas Gerais. A decisão, tomada durante a 2ª Reunião Extraordinária do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep), unanimidade após apresentação de parecer positivo da conselheira Maria Inês Trajano de Faria, relatora do processo. Com isso, Araguari passará a receber maior repasse de ICMS Cultural, em virtude de pontuação dada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais -IEPHA/MG. Ele se tornou o nosso cartão de visita. Sua imagem já foi cenário do Programa do Jô e do Fantástico, da Rede Globo. É cenário de muitos álbuns de fotografias de visitantes. Foi palco para inúmeras apresentações artísticas e culturais, entre elas a apresentação do pianista Artur Moreira Lima, do Coralito da Sonata, da Peça Teatral “Um Molière Imaginário” do Grupo Galpão, da Feira de Gastronomia e Artesanato, de Shows Musicais, de Mostra de Teatro, entre outros. Foi cenário para o Programa Bem Viver da Rede Integração no dia 22 de novembro de 2008.

No dia 01 de dezembro foi vencedor do concurso “O Melhor de Minas”. Representando o Triângulo Mineiro ficou o Palácio dos Ferroviários, em Araguari, com 3.219 votos ou 90% da preferência dos internautas que votaram por meio do site Megaminas. Com isso, o Palácio dos Ferroviários será cenário para uma reportagem especial, realizada pela Rede Integração de Televisão.

A importância dessa conquista é obviamente de valor imensurável para cidade, porque a história da Estrada de Ferro Goiás e, conseqüentemente, a história do Palácio dos Ferroviários, faz parte da história de Araguari. Este reconhecimento significa, além da preservação da memória ferroviária, a valorização de tudo que ela representa para os ferroviários, para os araguarinos, para o próprio povo mineiro e para o povo brasileiro.

Parabéns povo de Araguari, pela conquista. Parabéns Rede Integração pela iniciativa. Parabéns Palácio dos Ferroviários por ser o digno representante do nosso Patrimônio Cultural.
Para representar todos aqueles que fizeram da Estação da Goiás o Palácio dos Ferroviários – orgulho de todos nós e patrimônio cultural de Minas Gerais, convido o Prefeito Municipal de Araguari, Dr. Marcos Antônio Alvim, para receber o 1° Prêmio Preservação Cultural.
Realizaremos agora a entrega do 1° Prêmio Preservação Cultural em suas diversas categorias, bem como, às empresas ou instituições “Amigas da Cultura”.

CATEGORIA: ARQUITETURA

Oferecido aquele que valoriza seu bem imóvel tombado ou não e o utiliza de forma sustentável. Nesta categoria serão premiados os proprietários e/ou moradores de dois imóveis.
O prêmio entregue será ao atual proprietário e ao morador do Palacete do Sr “Jovino de Araujo” que é uma residência edificada na década de 30, sendo o projeto original tirado de uma casa em Goiânia (GO), e foi construída pelo Sr. José Falcomer, um renomado profissional da época. A construção em dois pavimentos, cercada por jardins e com detalhes luxuosos demonstrava posse e poder do proprietário, o fazendeiro Sr. Jovino de Araujo, e a escolha do estilo estava ligada a idéia de progresso e modernidade. O imóvel tem grande importância devido ao seu valor arquitetônico apalaceteado e pela sua importância na arquitetura. A residência está inserida no Conjunto da Praça Padre Nilo Tabuquini, onde se deu o início da cidade de Araguari, onde começou o núcleo urbano.
Vamos receber a Sra Luciane Rangel Barbosa, proprietária atual do Palacete e o Sr. Sérgio Vieira da Silva e família moradores do Palacete que por sinal usufruem do imóvel garantindo a sua preservação.
Parabéns aos agraciados.


CATEGORIA: ARQUITETURA

Araguari, realmente, não é uma cidade histórica. Mas, nossos exemplares de patrimônio cultural são de causar inveja em muita gente...
Temos o nosso ícone principal, o Palácio dos Ferroviários -um dos mais belos prédios históricos do Triângulo Mineiro, tombado pelo município e pelo estado de Minas Gerais, que acabara de vencer o concurso o “Melhor de Minas”, promovido pela Rede Integração.
Outro exemplar que merece a nossa admiração e valorização é a Casa Colonial da Pç do Rosário, um prédio que não é tombado, mas seus proprietários resgataram sua memória e identidade. Esta casa é do final do século XIX sendo um dos primeiros imóveis a serem construídos no largo do Rosário. Uma casa que foi do espólio de Etelvino Rodrigues de Souza e hoje pertence à família de Sinésio Peixoto de Mello, que realiza uma obra de revitalização e restauração mantendo viva a memória e as características de um tempo, impressas em cada um de seus ambientes.
O valor imaterial desta casa é imensurável, pois estão agregadas a ele as tradições, as vivências, as lembranças, os sentimentos e, sobretudo, os sonhos.
Este é o resultado de que preservar a nossa cultura é estar investindo no desenvolvimento de nossa cidade e compartilhando os mais belos sonhos que não fazem mais parte de um único indivíduo, mas sim de toda a sociedade e, por este motivo, a Casa Colonial se transforma, também, em Patrimônio Cultural de Araguari.
O prêmio será entregue ao Sr. Sinésio Peixoto de Mello, extensivo a sua família, pela iniciativa de preservar este exemplar da arquitetura barroca e colonial de Minas Gerais e, sobretudo, um exemplar da cultura de Araguari.


CATEGORIA: ARTES

Oferecido àquele que divulga e/ou produz música, teatro, dança, artesanato, pintura, escultura e fotografia que enaltece nossos costumes e modo de vida.
O prêmio será entregue a um grupo que resgata as cantorias de folia de reis, congado, rodas de violeiro e canto de lavadeiras. Realiza um trabalho de resgate e preservação da cultura popular. Para uma música tão regional, composta em família, com parcerias regionais, é preciso também sons originais. E para consegui-los, o Trem das Gerais não mede sacrifícios. Experimentando timbres, o grupo chegou a vários instrumentos confeccionados pelos próprios integrantes. É o caso das paias de chaves, de bambu e cascas de jatobá, que são instrumentos pendurados como um sino de vento e que, se tocados, emitem sons muito próximos aos da própria natureza. Também é o caso dos tambores de couro, muito utilizados pelos grupos de Folia de Reis. E da viola caipira feita com madeiras do cerrado e da rabeca, que dá um timbre árabe às composições. É o grupo produzindo cultura musical em todas as suas formas. Brincadeira despretensiosa que começou a ficar séria quando a família foi convidada a se apresentar ao público em vários cantos do País, sempre levando a cantoria mineira aos quatro cantos. Cantoria que tem espaço no coração daqueles que reconhecem a importância da cultura popular brasileira e nós, reconhecemos e valorizamos o Grupo Trem das Gerais, por Adolfo, Vânia, João Paulo e Pedro.
Parabéns, Grupo Trem das Gerais.


CATEGORIA: ARTES

Julio Monteiro
O prêmio a ser entregue será a um artista que se considera naturalista e utilizam às técnicas óleo e desenho, carvão e aquarela para retratar a paisagem da nossa região: o Cerrado e nos faz refletir sobre a preservação do segundo maior Bioma do Brasil que tende a desaparecer. Ele nasceu em 1951, na cidade de Araguari, MG. Mais tarde mudou-se para Anápolis, em Goiás, onde teve suas primeiras aulas de desenho com o consagrado mestre Oswaldo Venerano. É graduado em Educação Artística pela UFU. Em 1990 foi eleito membro da Academia de Letras e Artes de Araguari. Atualmente é professor no Conservatório Estadual de Música e Centro Interescolar de Artes Raul Belém de Araguari desenvolvendo um trabalho junto às crianças com o resgate das manifestações populares que marcaram a história da nossa região, ou seja, o nosso Patrimônio Cultural Imaterial. Foi idealizador, entre outros projetos, da Colméia de Pintores, projeto que reunia semanalmente dezenas de crianças, jovens e adultos no intuito de promover a arte e a cultura através da pintura. O artista já realizou várias exposições individuais e coletivas. Recebeu diversos prêmios por seu trabalho e registra em seu currículo participações em Salões na Itália e França. Em 2010 completará 40 anos de profissão e já está preparando a sua exposição comemorativa. O nosso reconhecimento ao trabalho de Júlio Monteiro em prol do resgate, em forma de pintura, do nosso Patrimônio Cultural Natural – o Cerrado.
Parabéns Júlio Monteiro.
Convido o Sr. Sérgio Aparecido Morais, representando Júlio Monteiro, para receber o 1º Prêmio Preservação Cultural.


CATEGORIA: ARTES

Menção Honrosa
Conservatório Estadual de Música e Centro Interescolar de Artes “Raul Belém”
Em reconhecimento ao grandioso trabalho desenvolvido em Araguari desde 18 de abril de 1985, data que se iniciou uma nova fase na história do ensino de nossa cidade, quando a comunidade araguarina passou a contar com uma nova opção para exercitar sua vocação e perspectiva para o campo profissional pela educação musical básica e técnica por meio de aulas com instrumentos musicais, aulas de canto, dança, teatro, desenho, pintura, bordados e artesanato e o desenvolvimento de projetos como “Musicalizando o Pequenino”, “Seresta”, “Violão Orquestral”, entre outros, que temos a satisfação de convidar a profa. Gláucia Ozório Ribeiro Machado, diretora do Conservatório Estadual de Musica e Centro Interescolar de Artes “Raul Belém”, representando toda a sua equipe, para receber a Menção Honrosa de reconhecimento a todo o trabalho desenvolvido para preservação e continuidade de nossa cultura.


CATEGORIA: JUVENTUDE HISTÓRICA

Oferecido aquele que estuda, pesquisa, divulga ou resgata nossa história e a eterniza em forma de PROJETOS que inserem nossos jovens na busca pela nossa identidade. Teremos apenas um agraciado nesta categoria.
O Prêmio será entregue a uma instituição sem fins lucrativos que atua nas áreas de Cultura, Educação e Meio Ambiente, desde 1996, desenvolvendo projetos de formação continuada em Educação pela Arte e Educação Socioambiental, envolvendo educadores e alunos de escolas públicas, além de crianças, jovens e adultos da comunidade. Os projetos desenvolvidos atualmente em Araguari são: Bichos do Mato, desenvolvido desde 2001, com cerca de 40 pessoas da comunidade de todas as faixas etárias e classes sociais, e conta com o apoio do Instituto Alair Martins por meio da Lei Rouanet; Curupira, desenvolvido desde 2007, numa parceria com a ARACOOP e a CDL Araguari, envolvendo 40 crianças do Educandário Lar da Criança em atividades que privilegiam o desenvolvimento da criatividade e da capacidade de expressão das crianças participantes e estimulam a imaginação e a espontaneidade que são desenvolvidas por meio da brincadeira e da integração de várias linguagens artísticas – música, artes cênicas e literatura. Reconhecendo o trabalho de inserção de crianças, jovens e adultos em prol do resgate e desenvolvimento de nossa cultura, que oferecemos o Prêmio “Preservação Cultural” categoria Juventude Histórica, a ONG EmCantar na pessoa da representante do Grupo Bichos do Mato, Viviane Alves Rogrigues, prêmio esse que se estende a toda equipe, parceiros e apoiadores destes projetos.
Parabéns EmCantar, Parabéns Bichos do Mato, Parabéns Grupo Curupira.


CATEGORIA: MANIFESTAÇÕES POPULARES

Oferecido aquele que incentiva o resgate e a valorização das manifestações culturais populares vinculadas a religiosidade, folclore, costumes, etc.

Congada

O Congado originou-se na África no país do Congo, inspirando-se no Cortejo aos Reis Congos que era uma expressão de agradecimento do povo aos seus governantes. Ao receber a colonização portuguesa, vários africanos foram trazidos para o Brasil para serem escravos e acabaram trazendo esta tradição e mesclando com a cultura local. É uma dança que representa a coroação do rei do Congo, acompanhado de um cortejo compassado, cavalgadas, levantamento de mastros e música. Os instrumentos musicais utilizados são a cuíca, a caixa, o pandeiro, o reco-reco. Ocorre em várias festividades ao longo do ano, mas especialmente no mês de outubro, na festa de Nossa Senhora do Rosário. O registro mais antigo da ocorrência de congos em nosso Estado é de 1705 a 1706. A Congada tem uma grande conotação religiosa, com denominação particular, estandarte etc. Em Araguari, a história da Congada inicia-se na década de 30, com os dois primeiros ternos:
o Moçambique e o Congo Verde. A festa do Rosário possui algumas reminiscências, comperegrinação pelas ruas da cidade cantando e dançando, ora carregando a imagem de N.Sra. Do Rosário, ora o seu estandarte. Cada comando faz sua dança à parte. Araguaripossui os seguintes ternos: Congo Verde, Congo Ouro, Congo Azul, Congo Princesa Isabel,Catupé Cacundê, Moçambique, Congo 13 de maio.Convido a Sra. Ana Batista dos Santos, para receber o 1° Prêmio Preservação Culturalna categoria Manifestações Populares em reconhecimento a todo o trabalho que está sendofeito pela preservação da Congada – nosso Patrimônio Cultural Imaterial.Parabéns a todos os ternos da Congada.

Folia de Reis

É um festejo de origem portuguesa ligado às comemorações do culto católico do Natal, trazido para o Brasil ainda nos primórdios da formação da identidade cultural brasileira, e que ainda hoje mantém-se vivo nas manifestações folclóricas de muitas regiões do país. Na cultura tradicional brasileira, a partir do século XIX, os festejos de Natal eram comemorados por grupos que visitavam as casas tocando músicas alegres em louvor aos "Santos Reis" e ao nascimento de Cristo; essas manifestações festivas estendiam-se até a data consagrada aos Reis Magos, dia 06 de janeiro. A visitação das casas, que dura do final de dezembro até o dia de Reis, é feita por grupos organizados, muitos dos quais motivados por propósitos sociais e filantrópicos. Cada grupo, chamado em alguns lugares de Folia de Reis, em outros Terno de Reis, é composto por músicos tocando instrumentos, em sua maioria de confecção caseira e artesanal, como tambores, reco-reco, flauta e rabeca (espécie de violino rústico), além da tradicional viola caipira e da acordeon. Festa baseada no relatório bíblico recorda a primeira manifestação de Jesus aos pagãos, representados pelos Magos do Oriente (Belchior, Gaspar e Baltazar). Em Araguari, a Folia dura de 03 a 09 dias, período utilizado para fazer visitas. Não apresentam número fixo de participantes, conta com alguns figurantes: capitão ou mestre (carrega a Bandeira); contramestre (faz segunda voz e as outras chegam até a 5ª voz). Algumas Folias têm palhaços. As Folias de Santos Reis de Araguari são: Estrela Dalva, Estrela do Oriente, Magos do Oriente, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Penha, Santa Helena, Seguidores dos magos, Reis do Oriente.
Convido o Sr. Dinemar Borges eo Sr. Antônio Ferreira Mota para receberem o 1°Prêmio Preservação Cultural na categoria Manifestações Populares em reconhecimento a todo o trabalho que está sendo feito pela preservação da Folia de Reis – nosso Patrimônio Cultural Imaterial.
Parabéns a todos os grupos de Folia de Reis.

CATEGORIA: MEMÓRIA CULTURAL

Oferecido aquele que se dedica à preservação e resgate da nossa memória cultural contribuindo para a manutenção de nossa história viva, podendo ser servidor público ou não.
A primeira agraciada nasceu em Araguari, no dia 16 de janeiro de 1941, iniciando aqui sua vida estudantil. No Centro Espírita Caridade, onde seu pai foi presidente e atualmente, ela ocupa este cargo, fez até o 3º ano. Do 4º ano até o curso completo de Contabilidade, ela estudou na Escola Técnica de Comércio Machado de Assis e Ginásio DomVital. Aos 13 anos, fez o curso de acordeon e teoria musical na Academia de Artes Mário Mascarenhas, no Rio de Janeiro, onde se formou aos 17 anos. Desde os 15 anos já era professora particular de acordeon. As artes sempre a fascinaram, bem como as letras. Desenvolveu importantes trabalhos, sendo premiada em concursos em diversos estados brasileiros. Possui em seu currículo inúmeros sonetos, crônicas, participação em várias antologias e literaturas, além de um histórico auto-biográfico com dados de sua família e impressões sobre o mundo atual. Possui muitos livros publicados. Foi condecorada em Paris, França, em 1998, pela obra Aruba, a ilha Azul do Caribe. Ocupa a cadeira n° 28 da Academia de Letras e Artes do Triângulo, em Uberaba. Foi presidente da FAEC, e atualmente é presidente da Academia de Letras e Artes de Araguari.
Convido a Sra. Gessy Carísio de Paula para receber o 1° Prêmio Preservação Cultural – categoria Memória Cultural em reconhecimento a sua produção literária e divulgação da nossa cultura pelo mundo.
Parabéns Dona Gessy.

PRÊMIO MEMÓRIA CULTURAL

Nascido em Araguari sempre realizou trabalhos assistenciais. Grande líder espírita em nossa cidade. Integra a Academia de Letras e Artes de Araguari, a Loja Maçônica Fênix, participando de sua fundação, em 1975. Foi aluno da Escola Raul Soares, cursou a Faculdade de Odontologia da Universidade Livre do Distrito Federal, hoje extinta, e exerceu a profissão por mais de 30 anos. Em 1953 ingressou na Loja Maçônica União Araguarina, exercendo todos os graus, chegando a venerável, de 1967 a1975. Da Loja Fênix, em 1975, chegou a venerável durante 6 anos. É também artista plástico, gosta da pesquisa histórica e tem publicado diversos capítulos sobre fatos e outros assuntos. Foi assessor da Associação Comercial e Industrial de Araguari durante aproximadamente 15 anos.
Convido a Sr. Honor Machado para receber o 1° Prêmio Preservação Cultural – categoria Memória Cultural em reconhecimento a sua forma simples de transmitir os fatos históricos que fazem parte da nossa cultura.
Parabéns Sr. Honor.

PRÊMIO MEMÓRIA CULTURAL

11º Batalhão de Engenharia de Construções – Batalhão Mauá
O antigo 2º Batalhão Mauá, hoje 11º Batalhão de Engenharia de Construções é um importante preservacionista de nossa memória, cuidando de seu acervo que compõe o museu do BTL, além de cuidar e proteger três locomotivas e um vagão de passageiros, importantes elementos de nosso passado. Sempre disposto a cooperar em ações de preservação do patrimônio cultural do município, tal como a Locomotiva n. 1, na Praça dos Ferroviários, tombada pelo município. Contribui com doações para o acervo do Museu dos Ferroviários e arquivo da Divisão de Patrimônio Histórico. A ferrovia em Araguari tem parte de sua história construída por esta corporação.
Convido o Maj. Tarso para receber o 1° Prêmio Preservação Cultural – categoria Memória Cultural em reconhecimento a contribuição dada por esta instituição para a preservação da memória ferroviária e da cultura de Araguari.
Parabéns e obrigado ao Batalhão Mauá.

PRÊMIO MEMÓRIA CULTURAL

Sr. Luiz Carlos
O “Luizão”, o “Ti Luiz”, da Secretaria de Obras, é pessoa dedicada, responsável e competente no trabalho que desenvolve. Desde os trabalhos mais simples como o conserto de um móvel, até outros mais complexos, como a restauração da estrutura de um banco de trem, ele se esmera ao fazê-lo, seguindo as “chatas” recomendações que a equipe da Divisão de Patrimônio Histórico solicita. Conhecedor de técnicas antigas, ele e sua equipe, lidam com a madeira de forma excepcional, possibilitando não só a preservação dos bens culturais solicitados, mas também a perpetuação das técnicas e modos de fazer de cada época. Foi nas mãos deles que a base em madeira para a construção artesanal do troféu se iniciou. E hoje, convido o Sr. Luiz Carlos Machado -Luizão para receber o troféu Preservação Cultural, em nome de todos os funcionários da Prefeitura Municipal de Araguari que auxiliaram na preservação cultural de nossa cidade.
Parabéns Ti Luiz e a toda sua equipe de profissionais.

PRÊMIO MEMÓRIA CULTURAL

Menção honrosa
Esta menção honrosa contempla uma das maiores famílias de nossa cidade, aquela ferroviária, que ajudou a construir a história de nossa cidade, colocando-a no eixo de desenvolvimento do Triangulo Mineiro. O ser ferroviário está presente na formação cultural de grande parte de nossa população. Muitos de nós são parentes, amigos ou conhecidos desta Família, a outra parte tem contato com a própria cidade que preserva elementos contundentes da experiência ferroviária de mais de um século. A paisagem urbana, os traçados das ruas, fachadas de casas antigas, os trilhos originais da EFG que nascem no pátio do Palácio dos Ferroviários, Antiga Estação da Goiás, nomes de praças e ruas, tudo isso envolve o araguarino na história da ferrovia, que se confunde com a própria história da cidade e de sua população. Parabéns à Família Ferroviária, que deixou essa herança histórica impar, podendo ser destacada como um dos maiores potenciais culturais e turísticos do Triângulo Mineiro e sul de Goiás. O Palácio dos Ferroviários e sua divulgação nacional é apenas um pequeno exemplo desta riqueza. Que esta Família Ferroviária continue participando da história viva de nossa cidade, sendo atuante e participativa no presente, ajudando a construir uma cidade cada vez melhor, de um povo com orgulho de ser Araguarino.
Convidamos o Sr. Eurípedes Antônio Ezequiel de Oliveira para em nome da Família Ferroviária receber esta homenagem em reconhecimento a participação de cada ferroviário na construção de nosso Patrimônio Cultural.

CATEGORIA: MULTIMIDIAS

Oferecido aquele que divulga a nossa cultura em veículos de comunicação, seja na televisão, rádio, jornal e internet. Serão dois agraciados com o troféu e dois agraciados com a Menção Honrosa. O Prêmio desta categoria vai para o Advogado – Pedagogo – Jornalista. Desde fevereiro de 2006 edita o blog Ponto de Vista que retrata nossa história contada de maneira peculiar trazendo a alguns a lembrança de tempos áureos, para outros, informação e formação histórica. Seus “Devaneios”, como ele mesmo intitula seus artigos do blog, não são meros sonhos ou fantasias, mas o resgate vivo de uma memória que eterniza nosso legado cultural. Obrigado Dr. Antônio Fernando Peron Erbetta por compartilhar e permitir que bebamos na fonte de sua memória histórica por meio do seu blog Ponto de Vista – arquivo multimídia de nossa cultura.


Mensagem de Perón Erbetta via e-mail :

Caro amigo.
Ontem (08/12) aconteceu um imprevisto comigo.Iniciei com um remédio analgésico, contra a dor exclusivamente, daqueles que necessitamreceita com registro do médico, em 3 vias. Dulcenet.Tomei um comprimido às duas horas e o efeito foi imediato.
Ele é a base de morfina.Minha alegria foi total, ou seja, passei a reunir condições físicas para estar presente noevento.Fui para a fisioterapia às 3 horas, sem dores.Porém, em meu retorno às 5 horas da tarde, já cheguei passando mal.
Como tinha lido a bula, comecei a sentir os efeitos colaterais que a mesma indicava.Passei a vomitar bilis pura, só parando à meia noite. Aí comecei a ter calafrios e suador,previstos na bula.Fui até 4 da madrugada delirando de febre e mal estar.
Enfraqueci tremendamente.Tomei soro caseiro, o tempo todo. Quase tive que ir ao hospital.
Amanheci fraco, tomei um café leve e uma sopa suave pelo almoço.
Agora estou de repouso, inclusive não indo à fisioterapia hoje.
Com isto exposto, caro amigo, infelizmente não estarei presente ao evento, lastimandoimensamente tal fato.
Caso a Teresa, minha esposa não possa ir pelo fato da escola à tarde, estará presente merepresentando, caso você permita, o amigo que inclusive abriu o blog para mim e incentivoua escrever novamente após o mal que me afligiu.
ALOÍSIO NUNES DE FARIA, jornalista do Gazeta do Triângulo e Irmão Maçom.Espero Alessandre, que com a minha ausência, seja explicada ao Senhor Prefeito, à Presidente da FAEC, e os demais presentes, a minha tristeza em não estar presente, porémesperando a compreensão de todos.
Agradecendo tanta gentileza, despeço-me,

Atenciosamente, Peron Erbetta.


Convido a Sra. Tereza, esposa do Dr. Perón e Aloísio Nunes de Faria, seu grande amigo, para receberem o 1° Prêmio Preservação Cultural, categoria Multimídia em nome do Dr. Antônio Fernando Perón Erbetta.
e

e
e
e
CATEGORIA: MULTIMIDIAS

O próximo prêmio será para uma rede de televisão regional que surgiu em 1964. Na época foi batizada com o nome da nossa região e transmitia a programação da Tv Tupi. Em 1971 o grupo se afiliou à recém nascida Rede Globo, sendo a primeira empresa a trabalhar como afiliada ao grupo carioca. Hoje atinge todo o Triângulo Mineiro e Alto Paranaiba levando notícias e entretenimento por meio de seus programas locais, além de contribuir com os programas estaduais e nacionais da Rede Globo. Em algumas destas contribuições, a Rede Integração veiculou o quadro Agenda Cultural do programa jornalístico MG TV, tendo como cenário bens de expressivo valor histórico para Araguari. Co-produziu a reportagem: “Galo, sirenes e sinos despertam os sem-relógio” que retrata uma das tradições mais antigas de Araguari: A sirene da Estrada de Ferro Goiás. A reportagem foi veiculada no Programa Fantástico do dia 19 de outubro de 2008. Outro importante evento que divulgou a nossa cultura foi a transmissão ao vivo do dia 22 de novembro do Programa Bem Viver, apresentado por Mônica Cunha, tendo como estúdio o Museu dos Ferroviários e como cenário o Palácio dos Ferroviários. Um programa cujo perfil é incentivar a qualidade de vida buscou um cenário que retrata o Patrimônio Cultural de Araguari e do Triângulo Mineiro, provando que divulgar e reconhecer o nosso Patrimônio Cultural também é buscar qualidade de vida. Mente culturalmente sã, corpo e espírito equilibrados, portanto, a fórmula do Bem Viver... Durante o mês de novembro, por meio de uma promoção do site Megaminas/Rede Integração, foi realizado o concurso o “Melhor de Minas” para a escolha de algo que é marcante para as várias regiões do Estado de Minas. Para a região do Triangulo Mineiro, foi escolhido o Palácio dos Ferroviários com 90% dos votos dos internautas.


Convido a Sra. Mônica Cunha, editora chefe do Programa Bem Viver, que receberá em nome da Rede Integração por divulgar o Patrimônio Cultural de Araguari, o 1° Prêmio Preservação Cultural na categoria Multimidia.

Menção honrosa

As menções honrosas vão para duas pessoas que representam a imprensa escrita, falada e televisada de nossa Araguari.

Ele tem 63 anos de profissão, dedicados praticamente ao jornalismo. Mesmo depois de tanto tempo de trabalho e de ter percorrido várias partes do Brasil divulgando o nome de Araguari com sua marcante voz, ele continua apresentando diariamente o programa “Alvorada Sertaneja”, das 6h às 8h da manhã, perpetuando a cultura “caipira” nas ondas do rádio. Começou sua carreira como locutor, ainda muito jovem, em um parque de diversões instalado em Araguari, em agosto de 1946. Foi também locutor esportivo, repórter e animador de programas de auditório. Narrou os jogos da Copa do Mundo de 1950 pela Rádio Continental do Rio de Janeiro. Em toda a sua trajetória, fez inúmeras locuções em vários estados brasileiros, com destaque no interior de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás. Foram muitas e importantes reportagens que fez por este Brasil afora. Em Araguari, por diversas vezes, foi o narrador oficial dos desfiles escolares e militares. Na sua profissão pôde levar o nome de Araguari por todos esses recantos. Como historiador e divulgador de nossa gente, resgatou a memória biográfica de grandes personalidades por meio de homenagens que fazia em seu programa de rádio. É o jornalista responsável pelas publicações da Araguari Comunicações Ltda. A você Odilon Neves o nosso reconhecimento pela sua dedicação nestas várias décadas levando pelas ondas do rádio a nossa cultura.
Parabéns a você Odilon Neves por sua brilhante carreira.
Menção honrosa

Ela começou a trabalhar na imprensa com informativo em 1971. Foi colunista do Jornal Gazeta do Triângulo e concomitantemente educadora por 29 anos. Atualmente, é apresentadora de um programa com muito estilo, no canal 15 o Canal da Gente, onde entrevista dá dicas de comportamento, modo de vida e informa seus telespectadores, também, a cerca de nosso patrimônio cultural. O nosso reconhecimento a você Marise Borela por levar à nossa sociedade, por meio da televisão, dados e fatos importantes que marcam a nossa cultura. Parabéns.

EMPRESA AMIGA DA CULTURA

Algumas empresas ou instituições, de qualquer segmento e que utilizam de forma sustentável edificações tombadas ou que possuem valor cultural, receberão o selo de AMIGA DA CULTURA.
1 – Laura Cosméticos

Imóvel na Av. Minas Gerais, 1746. Construído no ano de 1929 por imigrantes turcos. Posteriormente mudou-se de Araguari. No decorrer dos anos abrigou várias lojas comerciais, como a “Casa Yasmim”, cujo nome está gravado na fachada do prédio. Na década de 90 funcionou o “Mercadinho Jóia” e o “magazine Jóia”. Atualmente funciona no imóvel o estabelecimento comercial “Laura Cosméticos”.
Convidamos a Sra. Beatriz de Fátima Vieira Neto para receber o prêmio Empresa Amiga da Cultura.

2– Sorvetes BonBini

Av. Minas Gerais, 1712, esquina com Travessa Fernão Dias. Imóvel construído na década de 1930 para fins comerciais. Na década de 1960, o Sr. Aimoré Faleiros estabeleceu no local uma loja de tecidos, denominada “A Barateira”. Essa loja funcionou até a década de 1980, tendo outros proprietários. Atualmente funciona no imóvel o “Sorvetes Bon Bini”.
Convidamos o Sr. Jamides Naves Resende para receber o prêmio Empresa Amiga da Cultura.

3 – Floricultura Florata

R. Marciano Santos, 918. Imóvel construído em 1929 com fins comerciais pelo intenso movimento da Cia. Mogiana que ficava defronte. Na década de 1940 à 1960, funcionou um armazém que vendia atacado e varejo. O imóvel também já abrigou alguns bares. Atualmente é ocupado pela Floricultura Florata Convidamos a Sra. Lucimar Vieira da Silva proprietária da Floricultura Florata para receber o prêmio Empresa Amiga da Cultura

4 – 1ª Igreja Evangélica Batista em Araguari

Pça da Constituição, 120. O trabalho Batista em Araguari foi organizado em 26 de abril de 1925 pelo missionário Dr. Salomão Luiz Ginsburg. O primeiro templo foi na Pç David Campista n° 4, depois se mudaram para a Rua da Glória n° 70 sendo estes locais locados para as reuniões. A partir de 1947 inicia-se a construção da sede do templo e, em setembro de 1953 é inaugurado pelo pastor Florentino Ferreira no seu atual endereço, Pc da Constituição n° 120. Um prédio de expressivo valor histórico e arquitetônico que representa a missão Batista: levar as pessoas o conhecimento do amor de Deus. E, por esta instituição estar por mais de cinqüenta e cinco anos utilizando este prédio, mantendo suas características arquitetônicas e culturais originais
Convidamos o Pastor Sidney Rosa para receber o prêmio Instituição “Amiga da Cultura”.

5 – Hospital São Sebastião e Maternidade Santa Maria

Av. Tiradentes, 259. Imóvel construído em 1925, por iniciativa dos doutores José Jehovah Santos e Roberto Freire. Inaugurado em vinte de outubro de 1926, sob a denominação de “Casa de Saúde São Sebastião”. Posteriormente, foi vendida aos irmãos doutores Arcino e Amilcar Santos Laureano. Em 1942 foi adquirido pelos doutores Manoel e Durval Fernandes de Melo. Em 1957 foi construída em moderna ala em anexo, passando a denominar-se “Hospital São Sebastião e Maternidade Santa Maria”. Até os dias de hoje mantém suas atividades.
Convidamos o Sr. Jonalvo Alves para receber o prêmio Empresa Amiga da Cultura

6-São José Automóveis

Construído na década de 1930 pelo Sr. Joaquim Aníbal, para instalação de uma máquina de arroz. Após seu falecimento em 1943, a família assumiu o negócio. Na década de 1960, a família vendeu o imóvel para a Cooperativa Rural de produtos veterinários. Na década de 1970 a cooperativa foi desativada, ficando o imóvel desocupado. Atualmente funciona uma revenda de automóveis usados e uma oficina, sob a direção de Noldon Perfeito.
Convidamos o Sr. Noldon Perfeito para receber o prêmio Empresa Amiga da Cultura
7 – Napolitano Self Service

O prédio do antigo Cine Rex é um remanescente importante da arquitetura brasileira da década de 1930. Com traços modernos e refinados, sua estrutura simbolizou e permitiu à cidade de Araguari a participação em um contexto de desenvolvimento e progresso, que já era difundido nos grandes centros urbanos nacionais.
"O Rex cumpriu a sina da maioria das salas do Brasil, acabou. No entanto, no lugar de se tornar supermercado, estacionamento ou igreja, ficou fechado, porque seu criador, Milton Lemos da Silva, sonhador e obstinado, resistiu. Até o dia em que cedeu ao restaurante, com a condição de que decoração e arquitetura fossem mantidas intocadas..."
Ignácio de Loyola Brandão, 2005.
O edifício tem tombado suas fachadas e volumetria e atualmente funciona o Restaurante Napolitano Self Service. E por este estabelecimento utilizar de forma sustentável o símbolo da nossa cultura.
Convidamos o Sr. José Ferreira Machado para receber o prêmio Empresa Amiga da Cultura

8 – Advogados Associados

Edificação térrea com acesso lateral pelo alpendre, estruturado por pilastras de alvenaria e guarnecido por balaustrada de cimento pré-moldado. A fachada, de inspiração eclética, é composta por painel único delimitado por cunhais de massa. A decoração é feita com ornatos ressaltados em massa com motivos geométricos e florais. O imóvel é datado da década de 10 e em 1936 passou por uma ampla reforma, porém incorporada na leitura do prédio. O Cel. Belchior de Godoy, proprietário da casa a partir de 1938, foi homem de grande expressão política e econômica da cidade. Mais tarde, Dr. João Godoy herdou o imóvel. Atualmente é um prédio tombado e funciona o escritório Advogados e Associados que utiliza o espaço integrando-se, harmoniosamente, suas atividades ao edifício, contribuindo para a preservação e continuidade cultural que representa o Prédio da Residência do Dr. João Godói.
Convidamos o Sr. Leonardo Henrique de Oliveira para receber o prêmio Empresa Amiga da Cultura

9 – Escola Raul Soares

Em 1909 foi aberta a primeira escola estadual de Araguari, o “Grupo Escolar” que em 1926ganhou sede própria. Por ocasião de sua inauguração, o Grupo Escolar passou adenominar-se “Raul Soares” em homenagem ao ex-presidente do Estado de Minas Gerais.O novo prédio, de grande beleza arquitetônica, foi projetado com amplos espaços para odesenvolvimento das atividades educacionais.Primeira escola pública da cidade sempre se destacou pelo excelente ensino ministrado,sendo responsável pela formação de centenas de jovens araguarinos.Edificação térrea com porão alto implanta-se no lote com pequeno afastamento frontal erecuos maiores nas divisas. A frente é protegida por gradil de modelo simplificado. Afachada é marcada pela ritmada modulação dos vãos com portas e janelas em madeira.Destacam-se as duas escadas de acesso ao prédio e a cobertura de telha francesa.No ano de 2006 a escola passou por reformas e foi totalmente pintada. O prédio que, alémde embelezar o centro da cidade, veio a preservar e devolver à comunidade estudantil e àtoda população a história da educação em nossa cidade!
Convidamos a Sra. Eliana Pereira Melo Diretora da Escola Estadual Raul Soares para receber o prêmio Instituição Amiga da Cultura

10 – Colégio Sagrado Coração de Jesus

No início do século XX as Irmãs da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, vindas da Bélgica, se estabeleceram em Araguari. Com a ajuda dos “coronéis” da época, adquiriram uma casa na esquina da Rua Boa Vista, hoje Av. Joaquim Aníbal, que passou por uma reforma e adaptação e em 1919 era inaugurado solenemente o “Colégio Sagrado Coração de Jesus”. O Colégio cresceu e ampliou seu espaço físico e tornou-se um dos principais estabelecimentos de ensino do Brasil Central oferecendo além do curso primário,
o ginasial, o normal, contabilidade e secretariado, em regime de internato, semi-internato e externato. O conjunto arquitetônico é constituído por edificações erguidas entre as décadas de 30 e 60 com exceção da antiga Casa Aníbal, do século XIX. A Capela é um exemplar simplificado do estilo neogótico, com sua torre única, lateral e vãos ogivais com esquadrias metálicas de vidro colorido. O sobrado da Rua Virgílio de Melo Franco apresenta solução eclética mais apegada à orientação neoclássica, assim como a edificação térrea onde funcionava o Conservatório. Os edifícios do Auditório e esquina da Av. Joaquim Aníbal com Rua Virgílio de Melo Franco apresenta uma tendência modernizante, caracterizada pelo geometrismo e sobriedade construtiva. O prédio onde funcionou a Casa Aníbal possui composição subordinada aos padrões da arquitetura mineira tradicional. Atualmente o Colégio Sagrado Coração de Jesus adota o sistema de ensino COC dando seqüência a sua tradição de ensino de qualidade. Pela preservação, manutenção e continuidade deste legado utilizando um prédio de expressivo valor cultural. Convidamos Irmã Ligia para receber o Prêmio Empresa Amiga da Cultura.

11 – CÂMARA MUNICIPAL

Edificação construída em 1915 para residência do Cel. Olímpio dos Santos, que ocupou o cargo de Agente Executivo de 1895 a 1915 (20 anos). Tombado pelo Decreto nº 029 de 03 de abril de 1997, reiterado pelo Decreto nº 013 – 03/04/1998 A casa passou para propriedade do Poder Público, como sede da Câmara Municipal em 1917, e é o símbolo da legislatura araguarina. Edificação em dois pavimentos segue orientação eclética sobressaindo o friso decorado com motivos florais e cartela notando-se no térreo, barrado fingindo aparelho de pedra. O acesso ao 2º pavimento é feito por uma escada externa suntuosa. A Câmara Municipal de Araguari mantém este importante prédio em ótimo estado de conservação, auxiliando na preservação de nossa cultura. Constantemente o prédio passa por manutenção, mantendo suas características originais sem, contudo deixar de atender á comunidade como sede do Legislativo. Parabéns ao Poder Legislativo do Município de Araguari que por mais de 90 anos cuida deste cartão postal de nossa cidade.
Convidamos o Sr. Werley Macedo, representado a Câmara Municipal, para receber o prêmio Instituição Amiga da Cultura.
Quero ressaltar que o representante do Presidente da Câmara Municipal Alfredo Pastori é o
Sr. Odilon Neves.
e
Encerramento
e
Sendo assim, eu enquanto Presidente do Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultura, declaro encerrada a reunião e agradeço a participação de todos parabenizando a cada um dos homenageados, destacando a emoção por parte de alguns, nos dando a certeza de que o principal objetivo do evento foi alcançado. A idéia era reconhecer o serviço prestado pelos homenageados e valorizar essa contribuição dada à cultura. Felizmente, as pessoas demonstraram muita receptividade e nós vimos que a entrega do prêmio foi um incentivo para que o patrimônio cultural seja cada vez mais preservado.
Boa tarde a todos e muito obrigado! "

e

Uma cerimônia muito bonita e importante.
e
Era o que tinhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um Abraço.
e
Fotos: Patrimônio Histórico de Araguari
Texto da Apresentação: Alessandre Campos