sábado, outubro 20, 2007

VALORES ARAGUARINOS

Caros Leitores,

A aproximadamente sete anos Araguari conta com uma instituição de ensino superior que propicia novas opções e oportunidades aos que aqui vivem. Hoje o estudante araguarino pode contar com cursos superiores de Medicina, Administração, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Direito, Educação Física, Enfermagem, Letras, Matemática, Normal Superior, Nutrição, Pedagogia, Comunicação Social, Sistemas de Informação, Gestão de Agronegócios e Gestão Pública.
Assim, voltando alguns anos atrás nos deparamos com um Ponto de Vista publicado em abril do ano de 2002, que a partir de uma matéria do jornal Gazeta do Triângulo, fez uma narrativa lembrando instituições, fatos e pessoas que no passado passaram por onde hoje está a UNIPAC.

Com isso esse jornalista espera responder a pergunta: Por que temos tudo isso hoje?

. . . O jornal Gazeta do Triângulo, em sua edição de 27/04/02, nº 6465, em sua primeira página, trás em destaque, uma narrativa completa sobre os 36 anos de atividades da UNIPAC, sendo 30 anos como Fundação, e cinco anos como Universidade, estando há dois anos em Araguari, conjuntamente com a FUNEC. Narrativa minuciosa, profunda e que proporcionou a todos, conhecimentos gerais sobre a mesma.

Nós estávamos presentes ao evento. Estávamos presentes, por uma deferência especial de um convite pessoal. Não como jornalista. Não como colunista ou mesmo articulista. Estávamos presentes como ex membro da FUNEC, como Vice Presidente da mesma, gestão do Dr. Nílvio de Oliveira Batista, e também como Ex-presidente em exercício em afastamento do mesmo. Sem qualquer falsa modéstia, contamos isto, enaltecidos e honrados, pois vendo o acontecido, sentimo-nos realizados em termos ajudado no decorrer dos tempos Araguari possuir hoje uma Universidade.

Então, não iremos falar aqui sobre o evento em si, uma vez da brilhante narrativa do jornal e também para não ser repetitivo. Iremos falar, isto sim, daquilo que nos aconteceu durante tão significativo e marcante ato solene.

Marcando presença, estávamos lá, dentro da antiga capela do Regina Pácis, que no momento servia de palco para o acontecimento, tendo sido construído em seu interior, isolando do antigo prédio, o ambiente para as solenidades.

Ficou muito bonito.



Lá sentados, pudemos voltar

no tempo . . .

e no espaço . . .


no decorrer dos acontecimento.


Olhávamos as colunas da antiga capela, ostentando os doze apóstolos, magnificamente pintados a óleo pelos padres Oto e Pio, lá pela década de 50.

Onde era o altar principal, pudemos ver o simbolísmo da jornada dos padres dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, demonstrando inclusive alunos do Regina, do Santa Terezinha, da Sociedade São Vicente de Paula, com suas freiras e pessoas atendidas por elas.

Tudo lindo, maravilhoso, levando-nos à determinação dos padres holandeses, em dotar Araguari de um patrimônio religioso e cultural, dado lá funcionarem os colégios com ensino primário, ginasial e colegial.
Era o monumental Regina Pácis. Fruto da garra dos "estrangeiros" que já enxergavam futuro em Araguari.
Hoje vemos em funcionamento no local, a UNIPAC.


Nossos respeitos a quem nos deixou tão rico e invejável patrimônio e que tantos empregos ofereceram em Araguari, sendo do simples servente, passando por pedreiros, arquitetos, engenheiros, e finalmente professores. Alunos até de capitais para cá vinham estudar.
Araguari era um centro educacional (está voltando a ser, pois nos estão descobrindo novamente).

Lembramo-nos também, de um grupo de homens, de ilustres cidadãos, que aprimorando seus conhecimentos e lutando para o grandeza de Araguari, formaram uma entidade, entidade esta denominada CEGO – Centro de Estudo Gerais e Oratória, formada por Neiton de Paiva Neves, José Brandão, João Vasconcelos Montes Jr. (saudosa memória), Márcio Marra de Rezende (saudosa memória), Teotônio Vieira de Rezende (saudosa memória), Guaracy Faleiros Machado, Bartolomeu Teixeira, Robledo Vieira de Rezende, Ronan Acacio Jacó, e vários outros homens ilustres, que em um movimento do qual fazia parte o saudoso médico e prefeito araguarino, Dr. Adalcindo de Amorim, aventaram a hipótese da fundação em Araguari, de uma faculdade, faculdade esta que iria atender as necessidades urgentes de ensino superior aos jovens araguarinos, considerando-se o desenvolvimento da cidade, a necessidade de profissionais do ensino com o número de escolas crescendo, e a grande dificuldade que foi e sempre será do deslocamento dos araguarinos para estudarem "fora", para posteriormente voltarem (se puderem) a terra natal para exercerem suas atividades.

Surgiu assim, a Faculdade de Ciências e Letras de Araguari, a FAFI, no governo do Senhor Miguel Domingos de Oliveira, década de 60, indo funcionar nas instalações do Grupo Escolar João Pedreiro, lá na avenida Dr. Canabrava, onde ficou até não comportar mais o número de alunos, fazendo-se necessária a sua ampliação.

No governo do Senhor Fausto Fernandes de Melo, deu-se a ampliação da faculdade, sendo então alugado das freiras belgas, do Colégio Sagrado Coração de Jesus, o prédio onde hoje funciona a Prefeitura Municipal de Araguari, além de aulas existentes também no prédio do colégio. Uma vez mais, as mãos de estrangeiros no progresso de Araguari.

Surgiu então a FUME, Fundação Municipal de Ensino, que mais tarde veio a se tornar FUNEC – Fundação Educacional e Cultural de Araguari, pois de Municipal ela nunca teve nada, apenas o nome que levou provisoriamente.

Em 1970, o professor Edilberto Luiz de Rezende ( o nosso amigo, Pe. Chico ) então Diretor do Colégio Regina Pácis, sentindo a necessidade de uma ampliação no sistema educacional araguarino, quando ainda da FUME, e com a intermediação do saudoso Pe. Lazafá Boaventura, então representante da Congregação dos Sagrados Corações, conseguiram a unificação, passando a Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Araguari, com quatro cursos, sendo de Pedagogia, Letras, Geografia e História, a funcionarem nas instalações do Regina.

Sob a presidência do Dr. Guaracy Faleiros Machado, a FUME, passou a ser FUNEC, sendo os seus cursos devidamente reconhecidos pelo MEC, Ministério de Educação e Cultura, quando em incansáveis viagens a Brasília, feitas pela professora Heleni Borges Alessi, juntamente com seu esposo, Luiz Roberto Alessi, os mesmos lutavam, se empenhando ao máximo junto aos conselheiros, membros do Conselho Federal de Educação para a aprovação dos cursos. Conseguiram.

Cada administração, a fundação ganhava benefícios, frutos da determinação de seus Presidentes juntamente com os demais membros.

Dr. Oabi Gebrim, ampliou as instalações, construindo o pavilhão central. Dr. João Vasconcelos Montes Jr., construiu o ginásio poliesportivo, que inclusive em justa homenagem, leva seu nome.
E assim, presidentes, conselheiros, diretores, professores, corpo docente e discente, fizeram da FUNEC, um patrimônio cultural de potencial invejável, considerando-se a plêiade de homens que por lá passaram, deixaram sua marca e fizeram com que Araguari despontasse para um futuro promissor com a fusão feita com a UNIPAC, Universidade Professor Antônio Carlos.
Desta fusão, o patrimônio físico, continua da FUNEC, sendo o convênio para a ampliação do 3º grau de ensino, ou seja, curso superior, com o aumento gradativo dos mesmos, de acordo com a programação feita.

Destacamos que para a realização deste convênio, foram brilhantes as atuações dos professores Francisco Inácio Póvoa, atual Presidente da Fundação, e de Willian Dickson dos Santos Braga, Diretor Pedagógico da Faculdade. Sem o empenho de ambos, sem o prestígio que possuem junto as autoridades araguarinas e dos governos estadual e federal, a realização desta união da grandeza de Araguari não teria se concretizado, pois demais cidades disputavam a instalação dos Campus da UNIPAC em seus domínios.
Então caros Leitores, o Magnífico Reitor da UNIPAC, professor Bonifácio Andrada, enxergou em Araguari, enxergou na FUNEC, toda a infra estrutura, tanto física, como cultural, para com ela firmar parceria.


Enxergou ele, a grandeza do povo araguarino, que sem alardes, no decorrer dos tempos, construíram esta grandeza existente na Av. Minas Gerais. Este patrimônio cultural que homens idealistas construíram através dos tempos, e que hoje, está nos proporcionando a ampliação da cultura de nossos filhos, do povo araguarino.


Viu Bonifácio Andrada, que além dos nomes citados, outros homens, desprovidos de vaidades, homens que aqui estão e que muitos já partiram para junto do Criador, lutaram e lutam por uma grande cidade. Rendemos-lhes homenagens. Nossa admiração e nosso respeito aos já citados, e a outros que mencionaremos em homenagem a todos que por lá passaram: João Alamy Filho, Sebastião Campos, Geraldo Debs, Carlos Roberto Aparecido Felice, Clayton Lemos da Silva, Marinho Bittencourt, Abdala Mameri, Antônio Boaventura Sobrinho, Ricardo Carraro, Geraldo Márcio de Carvalho Botelho, Fábio Bittencourt, Nelson Merola, Bernardino de Senna Pereira, Ronan Acácio Jacó, Moisés de Carvalho Alves, Oabi Gebrim, José Brandão, Nílvio de Oliveira Batista, Wanda Pieruccetti, Ana Vera Brito da Cruz, Luiz Cláudio Barreiros da Cunha, João Vasconcelos Montes Jr., Wilcon Moreira, Carlos Lindberg da Silva, Bartolomeu Teixeira, Natal Nader, José Veloso de Araújo, Neiton de Paiva Neves, Rubens Lopes, Jofre Alves Martins, Líbia Vieira, Nílvio de Oliveira Batista, Silvana Valinoto de Morais, Paulo Afonso Leite, Aloisio Nunes de Faria, Lourdes Vasconcelos Fernandes, Célia Regina Gomide, Achiles Barbosa, Marta Regina Bitar de Brito, Paulo Barbosa, Ivan Cavalcanti Canut, Dejair Flávio de Lima, Newton Dias de Abreu, Teotônio Vieira de Rezende, Guaracy Faleiros Machado, Paulo Roberto Santos, Maria Consuelo F. M. Naves, Francisco Inácio Póvoa, Willian Dickson dos Santos Braga, Dalva Brandão, Luiza Helena Marangoni Pereira, Thais Tormim Porto Arantes, Angelina C. Borela Valente, Maria Aparecida Peixoto Cruz, Antônio Sydney Arantes, Marco Antônio Neves, Clodonisio Lúcio Costa, Leda Maria Borela Diniz, Cairo Rocha, Adelmar Brasileiro Júnior. Todos passaram pela FUME e FUNEC no decorrer dos anos. Deram suas contribuições.
Um destaque especial para Márcio Marra de Resende, Teotônio Vieira Resende (saudosas memórias), e Guaracy Faleiros Machado, sem os quais nada haveria se realizado. Baluartes da fundação.


Assim sendo, caros Leitores, o que narramos acima, foi o que vimos naquela belíssima noite de 23 de abril, nos recintos da hoje UNIPAC, quando das comemorações de seus 36 anos de existência, sendo 30 como fundação e cinco como Universidade.

Vimos também que o Magnífico Reitor, Bonifácio Andrada, sentiu muita firmeza no povo araguarino. Sentiu ele, que com tudo encontrado dentro dos princípios legais, o povo araguarino é um povo progressista e honrado, possui raízes, e com estas raízes, a UNIPAC, continuará sua jornada de ensino, tendo seus horizontes ampliados com as grandezas que Araguari irá oferecer-lhe.

Dr. Bonifácio Andrada, o povo araguarino saberá retribuir-lhe tanto que está recebendo no momento, e tudo aquilo que é feito com dedicação e respeito, tem o seu retorno em dobro, tanto em sabedoria como em agradecimento, pois é dando que se recebe, e aqui tudo o senhor receberá.

Fizemos este relato, por estarmos presentes em tão significativo evento, e sentirmos falta de no decorrer dele, não vermos nenhuma referência ao passado, o que a todos presentes se fez notar. Nunca, jamais, podemos nos esquecer do passado, pois o presente dele depende, e o futuro só virá com grandes realizações se o que foi feito for lembrado.

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.

Vale a pena conferir matéria da TV UNIPAC no link:



http://www.youtube.com/watch?v=AWQSdyZ4CTo