Caros Leitores.
Quinta feira passada, dia 7 de Setembro, assistimos mais um desfile Cívico Militar em comemoração à Independência do Brasil, promulgada por Dom Pedro I em 7 de Setembro de 1822. São 184 anos de Independência deste nosso imenso território brasileiro, de nosso Brasil.
Mas, lá na esquina da José Carrijo com a Praça Getúlio Vargas, tivemos a oportunidade de vermos o início, meio e final do monumental desfile, maravilhosamente organizado para a comemoração de tão significativa data para nós brasileiros, assim como, os povos que para cá vieram na construção de nossa Pátria, como também, desfrutar de suas sobrevivências, dadas as nossas riquezas naturais.
O monumental desfile foi aberto pela Polícia Militar, seguida pelo glorioso Corpo de Bombeiros, em demonstração do poderio de segurança, tanto na área policial como no socorro à população. Estão devidamente equipados para quaisquer tipos de ocorrências.
Aí, aí caros Leitores, tivemos a mais grata e feliz surpresa. Abrindo a parte Cívica das comemorações, surgiu o “Trovão Azul”, a espetacular fanfarra da Escola Estadual Professor Antônio Marques, garbosamente iniciando suas apresentações e postando-se no local onde ficava a já de gratas recordações, Banda de Música Maestro Luiz Bastos. Ali, naquele espaço defronte o Posto Policial, local estratégico para as corporações musicais executarem as marchas para as escolas que não possuem bandas, assim como entidades da comunidade, desfilarem perante o palanque com nossas autoridades representativas.
Sinceramente, não esperávamos mesmo pela Banda de Música Maestro Luiz Bastos, em razão de termos levantado todo o problema para seu funcionamento junto a Prefeitura Municipal de Araguari, e, com a Fundação Araguarina de Educação e Cultura, muito bem dirigida pela Presidente, Cinthia Maria Costa, divulgando todo o processo em nossa matéria sobre a mesma na edição do Botija de nº 1727.
Nossa maior felicidade, foi vermos o “Trovão Azul”, incumbido de tão relevante missão, ou seja, cadenciar o desfile de 7 de Setembro de 2006, realizado sob o comando do 11º Batalhão de Infantaria e Construção, nosso Batalhão Mauá.
Explicamos a razão de tanta alegria.
Voltemos no tempo e no espaço.
O Ginásio Estadual de Araguari, foi criado em setembro de 1954. Sua autorização de funcionamento, deu-se em 04 de maio de 1957, pela Portaria nº 735.
O tão famoso e concorrido estabelecimento estadual de ensino, teve sua denominação alterada para Escola Estadual Professor Antônio Marques, em homenagem ao seu antigo professor e posteriormente Diretor, com o Decreto nº 16.549, de 10 de setembro de 1974, ou seja, vinte anos após sua criação.
Muito bem, nós, juntamente com uma plêiade de jovens, formamos a primeira turma de alunos do Ginásio Estadual de Araguari, após passarmos por uma prova denominada na época, Admissão ao Ginásio. Era uma espécie de “vestibular”, considerando-se o número de vagas existentes e o de candidatos a elas. Uma verdadeira disputa do saber.
Assim sendo, ano que vem, será comemorado o Jubileu de Ouro da referida escola, e, nós, logicamente, iremos estar presentes em todos os eventos.
Vamos agora ao principal. A escola estava em pleno funcionamento. Nós, os alunos, queríamos desfilar nas datas comemorativas. Mas como se não tínhamos uma banda de música, uma fanfarra. Aí então, juntamente com o nosso colega, hoje eminente advogado, Dr. Marco Antônio Neves, fizemos a rifa de uma caneta “Parker 21” para angariar fundos para a aquisição dos instrumentos, assim como também rifamos uma bicicleta que conseguimos junto ao comércio local.
Pronto, lá estávamos nós com a reserva financeira nos bolsos, e com a ajuda do Jonalvo Alamy, filho do saudoso Dr. João Alamy Filho, que na época era nosso Inspetor de Alunos, fomos a São Paulo adquirir os instrumentos para formar esta que é hoje o “Trovão Azul”, orgulho do Colégio Estadual e de Araguari, considerando suas apresentações em outras cidades atendendo a convites.
Entenderam caros Leitores a razão de nossa euforia ? A banda que nós iniciamos a formação há 50 anos atrás, estava incumbida de realizar a apresentação do 7 de Setembro de 2006. Muita emoção e saudades sentimos.
E o desfile foi se desenrolando. Escolas da cidade passavam garbosamente e orgulhosamente perante a multidão que se aglomerava nos quarteirões próximos à Praça.
Todas as escolas municipais desfilaram. Todas as escolas estaduais também se fizeram presentes. Organizações de nossa sociedade prestigiaram o evento. O Rotary Club fez uma brilhante apresentação. As escolas particulares demonstraram seu civismo com a imponente presença. Enfim, bandas dos diversos estabelecimentos se fizeram presentes, cada uma se esmerando mais para despontar e receber os aplausos do público. A cada uma que desfilava, com suas evoluções, demonstravam à população a paixão pela música, pelos instrumentos musicais, pelo desempenho voluntário e artístico de cada componente.
De repente, surpresa geral, uma completa, maravilhosa, imponente corporação musical, uniformizada, instrumentos vários, de sopro, de percussão, executando músicas próprias para a ocasião, surgiu aos olhos de todos, em uma demonstração incontestável de que Araguari possui uma verdadeira Banda de Música pronta a se apresentar em qualquer evento comemorativo que se fizer necessário.
Estamos nos referindo a “E.B.D.”, Escola Bíblica Dominical, que deixou todos extasiados com sua inigualável apresentação perante a entusiasmada multidão que não se cansou de aplaudir a memorável apresentação.
Tal corporação musical é formada por jovens trabalhadores nos diversos setores de nossa cidade. É formada por moças e senhoras que em seus momentos de folga, se dedicam a arte da música, realizando seus ideais e deliciando o povo com os sons harmoniosos por elas produzidos. Homens do trabalho também se dedicam carinhosamente para que tão elegante corporação musical, realize a satisfação tanto de seus membros, quanto do povo araguarino, assim aqueles que nos visitam.
Ela passou. Garbosamente, elegantemente, cadencialmente e musicalmente falando. Passou e marcou presença. Mostrou a todos o que é uma Banda de Música. Nenhum de seus membros são remunerados. São todos voluntários. Músicos por vocação. Por amor a arte.
E o desfile continuou. Tivemos a presença de corpos docentes desfilando juntamente com os discentes, em uma demonstração de civismo, de patriotismo, tudo em comemoração à data festiva.
Terminada a passagem dos que proporcionaram tamanho ato de civismo e patriotismo, o “Trovão Azul”, sempre dirigido pelo dedicado e voluntário mestre Itamar, deslocou-se do local em que esteve durante toda apresentação, e, encerrou a parte cívica escolar, com evoluções brilhantes de seus membros, muitos deles, não alunos, mas verdadeiros voluntários músicos que se apresentam por amor a arte.
Aí veio o que todos esperam no decorrer do ano. Aí veio o 11º Batalhão de Engenharia e Construção, o nosso Batalhão Mauá, o inesquecível Batalhão Ferroviário, em nosso convívio desde 1965, ou sejam, há 41 anos fazendo o progresso do Brasil sediado em nossa cidade.
Foi mais uma bela apresentação realizada.
Encerrando o desfile, a Prefeitura Municipal de Araguari, apresentou seu equipamento que trabalha em prol de nossa cidade.
Uma bela manhã. Um belo desfile. Uma data devidamente comemorada. Demonstração de Civismo e Patriotismo de nossos cidadãos.
Caros Leitores, cremos nós que ficou explícito o assunto de Banda de Música. Cremos nós que todos entenderam o que nas entrelinhas endereçamos para a Banda de Música Maestro Luiz Bastos. Cremos nós que deu para entender que o problema existente e já narrado em matéria específica, não foi sanado. Cremos nós que ela é movida a dinheiro. Pagou toca. Não pagou não toca. Falando nisso, o que fizeram com R$ 2.375,00 por cada apresentação realizada ? O que fizeram com os R$ 57.000,00 recebidos no decorrer de 2005 ? Afinal, tocam ou não tocam na banda por prazer, por vocação, por amor a arte, por dedicação a cultura e ao lazer de um povo ?
Não iremos aqui dizer “é lastimável” o fato dela não ter comparecido às festividades do “Dia da Pátria”. Pelo contrário, não fizeram falta nenhuma. Ficaram isto sim no ridículo, pois seus componentes estavam lá no desfile dentre a multidão. Puderam ver e sentir o que vem a ser voluntariedade, civismo, cultura, dedicação, espontaneidade. Devem ter ficado constrangidos em ver tanta beleza sendo que eles poderiam estar no meio delas. Mas pelo visto acabou. Repetimos, não fizeram nenhuma falta, simplesmente foram ridículos com sua ausência.
E o casal Dr. Onofre e Maria José, não tiveram a satisfação de marchar garbosamente na frente da corporação. Não se apavorem não, outras bandas existem e vocês poderão demonstrar todo carinho que têm pelas corporações musicais.
Senhora Presidente da Fundação Araguarina de Educação e Cultura, Cinthia Maria Costa, Senhor Procurador Geral do Município, Dr. Ubaldo Rodrigues do Nascimento, Senhor Prefeito Municipal, Psicólogo, Dr. Marcos Antônio Alvim, aceitem uma sugestão, coloquem os instrumentos da banda de propriedade da Prefeitura, à disposição de quem queira por vocação, por amor a arte, exercer a nobre missão de brindar o povo araguarino com agradáveis músicas.
Talvez o defeito esteja no dirigente da banda. Por que não trocá-lo.
Existem cidadãos que gostam de exercer o direito de cidadania.
Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.
sábado, setembro 16, 2006
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Um comentário:
Prezados Senhores,
Deparei-me com o erro publicado quando escrevem "(...) e com a ajuda do saudoso Jonalvo Alamy, filho do também saudoso Dr. João Alamy Filho(...)".
Gostaria de informar-lhes que o Dr. Jonalvo Alamy está vivo e goza de boa saúde. Bem como solicito a gentileza de corrigirem o equívoco postado.
Atenciosamente,
Susana Alamy
Sobrinha de Dr. Jonalvo Alamy e neta de Dr. João Alamy Filho
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