As atividades desenvolvidas pela FAEC / Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari, na pessoa de seus dirigentes e conselheiros, vem proporcionando a todos que tem vínculos com nossa cidade, a oportunidade de lembrar resgatar, difundir fatos, pessoas e lugares que ficaram na memória de muitos, mas que são lembrados por poucos.
A existência de órgãos públicos e pessoas que tenham esse interesse alentam as preocupações quanto a possibilidade do esquecimento, do apagar de memórias.
O Prêmio de Preservação Cultural teve sua apresentação no último dia 10 deste mês no Palácio dos Ferroviários, e mostrou que estas pessoas existem, os órgãos públicos estão trabalhando e felizmente nosso patrimônio está sendo preservado.
e

O Blog Ponto de Vista toma a liberdade de reproduzir a apresentação feita pelo presidente do conselho do Patrimônio Histórico de Araguari, Alessadre Humberto de Campos, onde estão destacadas e ilustradas as homenagens prestadas em diversas categorias, dentre as quais fazemos parte da Multimidias.
Quanto a honraria recebida por nós, temos a dizer que:
Existem momentos em nossas vidas que palavras não nos faltam para expressar aquilo que sentimos.
Existem também momentos em nossas vidas, que nos faltam palavras para expressar o que sentimos. Mas nesses momentos nos sobram lágrimas. Lágrimas de alegrias. Lágrimas de emoção. Lágrimas de gratidão. Lágrimas de carinho por aqueles que nos proporcionaram a alegria de vermos nossas atividades reconhecidas e aplaudidas. Se realizarem.
Nos enquadramos nas LÁGRIMAS, e nela continuaremos por tudo aquilo que nos proporcionaram.
Lindas e emocionantes palavras proferidas pelo nobre amigo.
Agradecemos a todos, indistintamnte. Do mais humilde ao mais categorizado membro da equipe que participou deste evento.
Agradecemos à Professora Cinthia, Presidente da FAEC, ao Senhor Prefeito Municipal, Dr. Marcos Alvim, ao ilustre Dr. Alessandre Campos, Presidente do Conselho, à minha esposa Teresa, ao caro e amigo, Aloísio Nunes de Faria, que fizeram nossas vezes em tão memorável acontecimento que passará para nossa história.
Agradecemos de coração nos terem colocado definitivamente na história de Araguari.
Dedicamos aqui este prêmio recebido, à minha família, Teresa, esposa, Julio Erbetta Neto, Fernando Rezende Erbetta, filhos, Cynthia e Kelly, noras, e à querida neta Gabriela.
São o esteio que possuímos para enfrentarmos as vicissitudes da vida, sob as bênçãos do Supremo Criador dos Mundos.
Assim estamos emocionados, envaidecidos e orgulhosos.
e
Agradecemos também ao demais homenageados, Amigos da Cultura, por poder fazer parte deste ilustre grupo e a todas as manifestações enviadas por nossos amigos.
e
Assim segue o texto da apresentação:
e
" Apresentação do 1º Prêmio Preservação Cultural, feita por Alessandre Humberto de Campos durante a reunião ordinária do Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari, no dia 10 de dezembro de 2008, tendo inicio as 15:20 h e término as 17:10 h.
O CONSELHO
O Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari autorizado
pela Lei Municipal n.° 2.449 de 10 de abril de 1997, atendendo ao disposto no Art.216 da
Constituição Federal e em harmonia com disposto na Legislação Municipal, foi criado pelo
Decreto Municipal n°016/97 e tem seu funcionamento junto à sede da Fundação Araguarina
de Educação e Cultura – FAEC.
É composto de 7 (sete) membros titulares e 7 (sete) membros suplentes de diferentes
segmentos da sociedade, com finalidade de assessorar o Prefeito no que diz respeito á
preservação dos bens de valor cultural localizados no município de Araguari.
São membros titulares do Conselho e convoco para tomarem seus lugares a mesa:
1-Alessandre Humberto de Campos (presidente)
2-Luciano Caetano Santiago (secretário)
3-Nádia Cristina dos Santos Sudário (vice-presidente)
4-Gláucio Henrique Chaves
5-Alexandre Silva de Oliveira
6-Amariles Alves do Nascimento
7-Gabriela Gomes Rosa
E os membros suplentes do Conselho:
1-Cinthia Maria Costa
2-Rogério Borges Marques
3-Georgina Ferreira Pedrosa
4-Eurípedes Antônio Ezequiel de Oliveira
5-Leonardo Henrique de Oliveira
6-Honor Machado
7-Vânia Maria Mouro
e
O PRÊMIO
Em 12 de Novembro de 2008 o Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari, em reunião ordinária, com intuito de reconhecer os AMIGOS DA CULTURA de Araguari que valorizam a nossa identidade, CRIA em conjunto com a Fundação Araguarina de Educação e Cultura -FAEC, o I PRÊMIO “PRESERVAÇÃO CULTURAL” do município de Araguari. O PRÊMIO tem por finalidade reconhecer os relevantes serviços, prestados à sociedade de Araguari, pelos diversos ícones vivos que de forma espontânea divulgam, preservam, resgatam, incentivam e produzem cultura em nossa cidade. O 1° Prêmio Preservação Cultural é composto da logomarca, do selo, das menções e do troféu.
A logomarca

A logomarca do 1° Prêmio Preservação Cultural representa os vários momentos da cultura, onde a sociedade produz, vivencia, preserva e permite que esse legado seja transmitido as futuras gerações, perpetuando-se pelo tempo e pelo espaço a que se pertence. A cor preta representa o produtor e o produto da cultura em todas as suas formas. O branco representa como a cultura faz parte da nossa vida de forma sublime e natural mesmo quando alguém a renega. A cor creme representa a inter-relação entre as pessoas e seu passado, presente e futuro demonstrando que não existe nem velho nem novo, mas que existe o agora e que este agora precisa ser valorizado e registrado como sendo a nossa herança cultural. A logomarca foi criada pelo arquiteto e urbanista Alessandre Humberto de Campos.
O Selo

O Selo Amiga da Cultura será oferecido a empresas ou instituições que utilizam um espaço de expressivo valor cultural de forma sustentável. Destacam-se os traços da fachada da Casa da Cultura como fonte do resgate, valorização e preservação da Memória Cultural de Araguari e os trilhos como principal elemento de desenvolvimento urbano de nossa cidade e ao reconhecimento àqueles que construíram a nossa cidade e escreveram a sua história. A cor ouro do fundo do selo simboliza o valor da nossa cultura. O selo foi criado por Luciano Caetano Santiago.
A Menção

A Menção é o registro de reconhecimento e valorização de pessoas que praticam, em seu próprio nome ou em nome de alguma empresa ou instituição, gestos espontâneos que divulgam, preservam, resgatam, incentivam e produzem cultura em nossa cidade.
O Troféu

A concepção das peças a serem entregues como troféus, surgiu a partir da aprofundada pesquisa realizada constantemente pela Divisão de Patrimônio Histórico de Araguari sobre a identidade cultural da cidade, com o objetivo de se presentear os agentes preservadores de nossa cultura, com um elemento que a representasse. Optamos pelo uso de pregos que prendiam os trilhos nos dormentes, pois a experiência ferroviária vivida por nossa sociedade no final do século XIX e decorrer do século XX foi fundamental na construção deste ser araguarino. A ferrovia pode ser percebida na paisagem urbana, na disposição das ruas, nos grandes nomes ferroviários e dos imigrantes que chegaram à cidade pelos trilhos, compondo a miscigenação de nossa população. Uma grande parcela dos araguarinos tem parentesco com ferroviários, evidenciando essa raiz cultural de nossa identidade.
Uma prova de tal fato é o reconhecimento do Palácio dos Ferroviários, antiga Estação da Goiás, como representante da Cultura do Triângulo Mineiro, em concurso recentemente promovido pela TV Integração. Cada troféu consiste em uma peça feita artesanalmente, em que cada elemento remete às características da ferrovia. A madeira maciça representa a força dos trabalhadores, o branco remete à simplicidade da família ferroviária. No centro de tudo um prego de ferro maciço, original, ligeiramente corroído pelo tempo, representando a solidez desta história ferroviária, que resiste bravamente ao tempo. Arrematando a arte, temos uma placa de aço inox, representando o novo, o que durará para sempre, aludindo à nova consciência do araguarino perante a sua formação cultural, garantindo um brilho e um reflexo do rosto de quem faz parte de nossa cultura. Cada peça é mais que um troféu, é um “Pedaço Inteiro” de nossa história, sendo repassado às pessoas representantes de tantas outras capazes de cuidar e perpetuar no tempo, a nossa cultura.
O troféu foi criado e produzido por Alexandre de Souza e Luiz Carlos Machado (Luizão).
Palácio dos Ferroviários – O Melhor de Minas
Pesquisa Histórica e Texto: Alessandre Humberto de Campos
O final do século XIX e início do século XX trouxeram a Araguari novas possibilidades de expansão com a chegada do transporte férreo. Araguari aos poucos foi despontando graças ao crescimento populacional em virtude da instalação na cidade da Estação de Passageiros da Cia. Mogiana de Estrada de Ferro em 15 de novembro de 1896. Em 1996, cem anos depois, o Jornal Diário de Araguari transcreveu o seguinte trecho sobre a Epopéia da Cia Mogiana:
“Inaugurou-se a Estrada de Ferro (...) em Araguary. Imaginem que barulhada. Veio da roça não sei quanta gente para ver o ‘bicho que lança fogo e tem parte com o diabo’... Houve mesa com doces, brindes, muita cerveja. As senhoras em grande toalete, na Estação, esperando a máquina que vinha toda enfeitada com bandeirolas. Quando, porém, ela apitou, foi uma corrida por ali a fora. Mulheres tiveram ataques, homens velhos juraram que nunca se serviriam de semelhante cousa, que urra feito bicho e tem fogo no corpo. Os moleques corriam de pavor, derrubando os taboleiros de biscoitos. E enquanto isto, a máquina entrava triunfal na pequena estação de Araguary. Durante muitos dias só se falou na tal invenção do capeta.”
A ferrovia interferia positivamente na evolução urbana das cidades, prova disso que Achiles Widulick, elaborou a primeira planta projetando a delimitação urbana. Ele era o engenheiro responsável pela construção do trecho da estrada de ferro Araguari – Uberlândia da Cia. Mogiana. Em 1898, a Lei n°50 determinou o alinhamento, nivelando e a demarcação de praças, ruas e avenidas da cidade. Um traçado urbano muito arrojado para a época, com ruas largas e praças bem localizadas. Algo que se perdeu no tempo e pode ser conferido em vários bairros da cidade onde as ruas são estreitas e não possuem sequer uma única praça.
“(...) a praça integra organicamente o conjunto formado pela cidade, mas ao mesmo tempo “está” nele como um espaço -quase uma clareira – surgindo pelo distanciamento entre determinadas porções construídas. A praça “nega” a
continuidade das edificações, mas ao mesmo tempo ela é, em certo sentido a essência da cidade (...)”.
[Nelson Saldanha, 1993]
O trecho entre Uberlândia e Araguari possuía 06 (seis) postos de abastecimento: Posto do Jiló, Estação de Sobradinho, Margem do Rio Araguari, Posto do Preá, Estação da Stevenson, Posto do Angá e o ponto final era a Estação Mogiana em Araguari.
Construída na zona rural na região do Fundão, e inaugurada em 1927, a Estação da Stevenson, compreende o prédio da Estação, a Casa de Turma e a Casa do Funcionário, formando um conjunto ferroviário importante por onde passava todo o movimento de passageiros e cargas e servia de ponto de encontro da população que residia na redondeza.
Com a construção, na década de 60, da variante Omega – Araguari e a desativação da linha, a Estação foi substituída por uma nova versão com o nome de “Stevenson Nova”, ficando a antiga Estação fora dos trilhos da ferrovia.
Sua preservação é de fundamental importância para a memória da ferrovia no município e no país.
O funcionamento da Cia. Mogiana inspirou a abertura de caminhos pelos trilhos ao Estado de Goiás. A linha férrea da Cia Mogiana tinha ponto terminal em Araguari e inicial em Campinas – SP. Para fazer a ligação de São Paulo a Goiás criou-se, então, a Estrada de Ferro Alto Tocantins, que seria a continuidade da estrada da Mogiana até Goiás, tendo Araguari como ponto inicial e Goiânia terminal. Em 28 de março de 1906 a estrada passou a se denominar Companhia Estrada de Ferro Goiás. Os trabalhos para sua construção iniciaram-se em 1909 no marco zero, na cidade de Araguari, que se torna um entroncamento ferroviário.
A partir de 1920, em função de problemas de caráter financeiro e administrativo, a Companhia Estrada de Ferro Goiás, por meio do decreto nº 13.936 obteve concessão para explorar os serviços ferroviários no Triângulo Mineiro e em Goiás. Com isso, sua administração foi transferida à União, que deu continuidade as obras de construção da estrada de ferro até a cidade de Goiânia, numa extensão de 480 quilômetros, passando por 30 estações, destacando-se as de: Araguari, Amanhece, Ararapira, Anhanguera, Goiandira (ponto de ligação com a Rede Mineira), Ipameri, Roncador, Pires do Rio, Engenheiro Balduíno, Vianópolis, Leopoldo de Bulhões, Anápolis e Goiânia.
Em 1926 inicia-se a construção do prédio da Estação da Goiás em Araguari e em 2 de dezembro de 1928 ele é inaugurado, há exatos 80 anos e 8 dias.
Os três grandes engenheiros da Estrada de Ferro Goiás foram Gaioso Neves, Luiz Schinoor e Bethout que construíram a sede, a estrada e as pontes.
No passado esse prédio foi a ligação entre São Paulo, Minas e Goiás. Trouxe pelos trilhos a pujança econômica ao Município e hoje se tornou o marco histórico de desenvolvimento cultural, preservação e respeito as nossas raízes.
Infelizmente, este período de pujança se vê ameaçado, pois em 1954, a sede da Estrada de Ferro Goiás foi transferida para Goiânia, ficando Araguari com a 2º divisão. Neste processo centenas de funcionários da empresa foram transferidos gerando transtorno na economia do município. Inicia-se uma fase de decadência econômica e urbana da cidade.
A Estrada de Ferro Goiás passa a ser controlada pela Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima – RFFSA que foi criada mediante autorização da Lei nº 3.115, de 16 de março de 1957 com o objetivo de consolidar 18 ferrovias regionais e gerir os interesses da União no setor de transportes ferroviários.
Na década de 60, devido à intensificação do transporte rodoviário, o movimento das linhas férreas entrou em decadência. Em 27 de março de 1973, foi inaugurado o novo terminal ferroviário no final da Av. Cel. Belchior de Godoy, destinado ao transporte de passageiros e cargas. Todo tráfego da antiga “estação da Goiás” foi transferido e inicia-se assim o processo de deterioração do prédio com o seu total abandono, após 45 anos de atividades. Nesta mesma época, após 8 décadas, a Cia. Mogiana se desliga de Araguari. Posteriormente, seu patrimônio imóvel foi demolido para dar passagem a Av. Batalhão Mauá.
Em 1992, a RFFSA foi incluída no Programa Nacional de Desestatização, ensejando estudos, promovidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES, que recomendaram a transferência para o setor privado dos serviços de transporte ferroviário de carga. Essa transferência foi efetivada no período 1996 a 1998.
Em setembro de 1996 a então criada Ferrovia Centro Atlântica – FCA tem a concessão para atuar no trecho compreendido pela antiga Estrada de Ferro Goiás, que ora era administrado pela RFFSA, gerenciando os campos operacional, gerencial e de recursos humanos, delineando os primeiros moldes da nova ferrovia. A Rede Ferroviária Federal foi extinta em 2007 e todo seu patrimônio está em fase de inventariança, inclusive o conjunto da Estrada de Ferro Goiás em Araguari.
“O inventário dos bens móveis e imóveis é a única esperança para evitar que parte do patrimônio da antiga Rede Ferroviária vá, literalmente, ao chão. Em Araguari, no Triângulo Mineiro, a prefeitura está confiante de que consiga, por intermédio do Iphan, administrar prédios onde o almoxarifado e oficinas de locomotivas e vagões funcionaram no passado. Na cidade, os trilhos chegaram em 1896, por meio da Companhia Mogiana, e cinco vagões de trem de luxo, em metal, foram fabricados lá a pedido do então presidente Juscelino Kubitscheck.”
Trecho extraído do Jornal Hoje em Dia publicado em 21/1/2008.
Foto 1 -Estação da Goiaz . Foto de 1928 Foto 2 -Palácio dos Ferroviários. Foto de 2007
O conjunto da Estrada de Ferro Goiás é um complexo ferroviário de grande porte formado por vários prédios de épocas distintas, entre 1926 até 1970 e foi tombado pelo Decreto Municipal nº. 010, de 10 de fevereiro de 1989 e reiterado pelo Decreto nº. 013, de 03 de abril de 1998.
A Estação se consolidou como sendo o principal prédio do conjunto por possuir grande importância histórica e beleza arquitetônica, destacando-se pela imponência e rica arquitetura eclética.
A edificação sofreu ampliação que foi incorporada a leitura do edifício, como mostra à foto 1 -prédio original e foto 2 – prédio ampliado. Possui partido arquitetônico dominado pela simetria e composição volumétrica, com mirante e torreão na cobertura, terraço no segundo
pavimento, sustentado por arcadas. Os vãos, com vigas em arco pleno e abatidas, distribuem-se harmoniosamente nos diversos painéis que organizam a fachada. Balaustradas vazadas e platibandas ornamentadas completam a decoração deste magnífico exemplar da arquitetura ferroviária.
Entra-se no século XXI, o ano é 2001. A Estação encontra-se abandonada e invadida por andarilhos que usam o prédio para abrigo e o depreda com a retirada e incineração de portas e janelas.
Diante do quadro lamentável, inicia-se "O Mutirão Pró-Restauração” que tinha como objetivo central resguardar a Estação da Goiás, mobilizando a sociedade araguarina, engajando-a no processo de preservação e ocupação, despertando-a para a importância histórica e cultural do complexo que culminaria na restauração do prédio, transformando-o no Centro Administrativo e Cultural de Araguari.
E foi o que de fato aconteceu. O prédio passou por ampla reforma, estando hoje totalmente revitalizado, que agrada os olhos e enche a população araguarina de orgulho. Hoje é um dos principais pontos turísticos de Araguari. Em suas dependências encontra-se o Museu Ferroviário, onde são expostos quadros e objetos históricos da Estação e da Memória Ferroviária. O Palácio dos Ferroviários abriga a sede da Prefeitura Municipal.
Se em 1954, com a transferência da sede da Estrada de Ferro Goiás para Goiânia, Araguari entra num processo de decadência econômica e de identidade, em 2006 com a inauguração do Palácio dos Ferroviários, a nossa cidade volta a sorrir a partir do engajamento da sociedade em realizar o resgate de sua identidade cultural. Inicia-se, então, o processo de retomada de auto-estima e do desenvolvimento econômico, social e cultural. Araguari volta a ser a cidade sorriso. Mas a sociedade araguarina não pode cruzar os braços, pois os outros prédios que compõe o Conjunto Paisagístico e Arquitetônico da Antiga Estação da Estrada de Ferro Goiás-Araguari que são: Almoxarifado, Armazém de Cargas, Hospital, Escola Profissionalizante, Oficinas, Tipografia, Locomoção, Telégrafo e Vila Operária além dos trilhos, dos vagões e da sirene, hoje estão em ruínas e ameaçados de desaparecerem pela letargia da justiça em definir seus guardiões, pois seus verdadeiros donos somos todos nós. Precisamos nos unir e resgatar, mais uma vez a nossa identidade cultural, por meio da revitalização de todo esse conjunto.
O Palácio dos Ferroviários recebeu no dia 30 de junho de 2008 o tombamento definitivo como patrimônio histórico de Minas Gerais. A decisão, tomada durante a 2ª Reunião Extraordinária do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep), unanimidade após apresentação de parecer positivo da conselheira Maria Inês Trajano de Faria, relatora do processo. Com isso, Araguari passará a receber maior repasse de ICMS Cultural, em virtude de pontuação dada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais -IEPHA/MG. Ele se tornou o nosso cartão de visita. Sua imagem já foi cenário do Programa do Jô e do Fantástico, da Rede Globo. É cenário de muitos álbuns de fotografias de visitantes. Foi palco para inúmeras apresentações artísticas e culturais, entre elas a apresentação do pianista Artur Moreira Lima, do Coralito da Sonata, da Peça Teatral “Um Molière Imaginário” do Grupo Galpão, da Feira de Gastronomia e Artesanato, de Shows Musicais, de Mostra de Teatro, entre outros. Foi cenário para o Programa Bem Viver da Rede Integração no dia 22 de novembro de 2008.
No dia 01 de dezembro foi vencedor do concurso “O Melhor de Minas”. Representando o Triângulo Mineiro ficou o Palácio dos Ferroviários, em Araguari, com 3.219 votos ou 90% da preferência dos internautas que votaram por meio do site Megaminas. Com isso, o Palácio dos Ferroviários será cenário para uma reportagem especial, realizada pela Rede Integração de Televisão.
A importância dessa conquista é obviamente de valor imensurável para cidade, porque a história da Estrada de Ferro Goiás e, conseqüentemente, a história do Palácio dos Ferroviários, faz parte da história de Araguari. Este reconhecimento significa, além da preservação da memória ferroviária, a valorização de tudo que ela representa para os ferroviários, para os araguarinos, para o próprio povo mineiro e para o povo brasileiro.
Parabéns povo de Araguari, pela conquista. Parabéns Rede Integração pela iniciativa. Parabéns Palácio dos Ferroviários por ser o digno representante do nosso Patrimônio Cultural.
Para representar todos aqueles que fizeram da Estação da Goiás o Palácio dos Ferroviários – orgulho de todos nós e patrimônio cultural de Minas Gerais, convido o Prefeito Municipal de Araguari, Dr. Marcos Antônio Alvim, para receber o 1° Prêmio Preservação Cultural.
Realizaremos agora a entrega do 1° Prêmio Preservação Cultural em suas diversas categorias, bem como, às empresas ou instituições “Amigas da Cultura”.
CATEGORIA: ARQUITETURA

Oferecido aquele que valoriza seu bem imóvel tombado ou não e o utiliza de forma sustentável. Nesta categoria serão premiados os proprietários e/ou moradores de dois imóveis.
O prêmio entregue será ao atual proprietário e ao morador do Palacete do Sr “Jovino de Araujo” que é uma residência edificada na década de 30, sendo o projeto original tirado de uma casa em Goiânia (GO), e foi construída pelo Sr. José Falcomer, um renomado profissional da época. A construção em dois pavimentos, cercada por jardins e com detalhes luxuosos demonstrava posse e poder do proprietário, o fazendeiro Sr. Jovino de Araujo, e a escolha do estilo estava ligada a idéia de progresso e modernidade. O imóvel tem grande importância devido ao seu valor arquitetônico apalaceteado e pela sua importância na arquitetura. A residência está inserida no Conjunto da Praça Padre Nilo Tabuquini, onde se deu o início da cidade de Araguari, onde começou o núcleo urbano.
Vamos receber a Sra Luciane Rangel Barbosa, proprietária atual do Palacete e o Sr. Sérgio Vieira da Silva e família moradores do Palacete que por sinal usufruem do imóvel garantindo a sua preservação.
Parabéns aos agraciados.
CATEGORIA: ARQUITETURA

Araguari, realmente, não é uma cidade histórica. Mas, nossos exemplares de patrimônio cultural são de causar inveja em muita gente...
Temos o nosso ícone principal, o Palácio dos Ferroviários -um dos mais belos prédios históricos do Triângulo Mineiro, tombado pelo município e pelo estado de Minas Gerais, que acabara de vencer o concurso o “Melhor de Minas”, promovido pela Rede Integração.
Outro exemplar que merece a nossa admiração e valorização é a Casa Colonial da Pç do Rosário, um prédio que não é tombado, mas seus proprietários resgataram sua memória e identidade. Esta casa é do final do século XIX sendo um dos primeiros imóveis a serem construídos no largo do Rosário. Uma casa que foi do espólio de Etelvino Rodrigues de Souza e hoje pertence à família de Sinésio Peixoto de Mello, que realiza uma obra de revitalização e restauração mantendo viva a memória e as características de um tempo, impressas em cada um de seus ambientes.
O valor imaterial desta casa é imensurável, pois estão agregadas a ele as tradições, as vivências, as lembranças, os sentimentos e, sobretudo, os sonhos.
Este é o resultado de que preservar a nossa cultura é estar investindo no desenvolvimento de nossa cidade e compartilhando os mais belos sonhos que não fazem mais parte de um único indivíduo, mas sim de toda a sociedade e, por este motivo, a Casa Colonial se transforma, também, em Patrimônio Cultural de Araguari.
O prêmio será entregue ao Sr. Sinésio Peixoto de Mello, extensivo a sua família, pela iniciativa de preservar este exemplar da arquitetura barroca e colonial de Minas Gerais e, sobretudo, um exemplar da cultura de Araguari.
CATEGORIA: ARTES

Oferecido àquele que divulga e/ou produz música, teatro, dança, artesanato, pintura, escultura e fotografia que enaltece nossos costumes e modo de vida.
O prêmio será entregue a um grupo que resgata as cantorias de folia de reis, congado, rodas de violeiro e canto de lavadeiras. Realiza um trabalho de resgate e preservação da cultura popular. Para uma música tão regional, composta em família, com parcerias regionais, é preciso também sons originais. E para consegui-los, o Trem das Gerais não mede sacrifícios. Experimentando timbres, o grupo chegou a vários instrumentos confeccionados pelos próprios integrantes. É o caso das paias de chaves, de bambu e cascas de jatobá, que são instrumentos pendurados como um sino de vento e que, se tocados, emitem sons muito próximos aos da própria natureza. Também é o caso dos tambores de couro, muito utilizados pelos grupos de Folia de Reis. E da viola caipira feita com madeiras do cerrado e da rabeca, que dá um timbre árabe às composições. É o grupo produzindo cultura musical em todas as suas formas. Brincadeira despretensiosa que começou a ficar séria quando a família foi convidada a se apresentar ao público em vários cantos do País, sempre levando a cantoria mineira aos quatro cantos. Cantoria que tem espaço no coração daqueles que reconhecem a importância da cultura popular brasileira e nós, reconhecemos e valorizamos o Grupo Trem das Gerais, por Adolfo, Vânia, João Paulo e Pedro.
Parabéns, Grupo Trem das Gerais.
CATEGORIA: ARTES

Julio Monteiro
O prêmio a ser entregue será a um artista que se considera naturalista e utilizam às técnicas óleo e desenho, carvão e aquarela para retratar a paisagem da nossa região: o Cerrado e nos faz refletir sobre a preservação do segundo maior Bioma do Brasil que tende a desaparecer. Ele nasceu em 1951, na cidade de Araguari, MG. Mais tarde mudou-se para Anápolis, em Goiás, onde teve suas primeiras aulas de desenho com o consagrado mestre Oswaldo Venerano. É graduado em Educação Artística pela UFU. Em 1990 foi eleito membro da Academia de Letras e Artes de Araguari. Atualmente é professor no Conservatório Estadual de Música e Centro Interescolar de Artes Raul Belém de Araguari desenvolvendo um trabalho junto às crianças com o resgate das manifestações populares que marcaram a história da nossa região, ou seja, o nosso Patrimônio Cultural Imaterial. Foi idealizador, entre outros projetos, da Colméia de Pintores, projeto que reunia semanalmente dezenas de crianças, jovens e adultos no intuito de promover a arte e a cultura através da pintura. O artista já realizou várias exposições individuais e coletivas. Recebeu diversos prêmios por seu trabalho e registra em seu currículo participações em Salões na Itália e França. Em 2010 completará 40 anos de profissão e já está preparando a sua exposição comemorativa. O nosso reconhecimento ao trabalho de Júlio Monteiro em prol do resgate, em forma de pintura, do nosso Patrimônio Cultural Natural – o Cerrado.
Parabéns Júlio Monteiro.
Convido o Sr. Sérgio Aparecido Morais, representando Júlio Monteiro, para receber o 1º Prêmio Preservação Cultural.
CATEGORIA: ARTES

Menção Honrosa
Conservatório Estadual de Música e Centro Interescolar de Artes “Raul Belém”
Em reconhecimento ao grandioso trabalho desenvolvido em Araguari desde 18 de abril de 1985, data que se iniciou uma nova fase na história do ensino de nossa cidade, quando a comunidade araguarina passou a contar com uma nova opção para exercitar sua vocação e perspectiva para o campo profissional pela educação musical básica e técnica por meio de aulas com instrumentos musicais, aulas de canto, dança, teatro, desenho, pintura, bordados e artesanato e o desenvolvimento de projetos como “Musicalizando o Pequenino”, “Seresta”, “Violão Orquestral”, entre outros, que temos a satisfação de convidar a profa. Gláucia Ozório Ribeiro Machado, diretora do Conservatório Estadual de Musica e Centro Interescolar de Artes “Raul Belém”, representando toda a sua equipe, para receber a Menção Honrosa de reconhecimento a todo o trabalho desenvolvido para preservação e continuidade de nossa cultura.
CATEGORIA: JUVENTUDE HISTÓRICA

Oferecido aquele que estuda, pesquisa, divulga ou resgata nossa história e a eterniza em forma de PROJETOS que inserem nossos jovens na busca pela nossa identidade. Teremos apenas um agraciado nesta categoria.
O Prêmio será entregue a uma instituição sem fins lucrativos que atua nas áreas de Cultura, Educação e Meio Ambiente, desde 1996, desenvolvendo projetos de formação continuada em Educação pela Arte e Educação Socioambiental, envolvendo educadores e alunos de escolas públicas, além de crianças, jovens e adultos da comunidade. Os projetos desenvolvidos atualmente em Araguari são: Bichos do Mato, desenvolvido desde 2001, com cerca de 40 pessoas da comunidade de todas as faixas etárias e classes sociais, e conta com o apoio do Instituto Alair Martins por meio da Lei Rouanet; Curupira, desenvolvido desde 2007, numa parceria com a ARACOOP e a CDL Araguari, envolvendo 40 crianças do Educandário Lar da Criança em atividades que privilegiam o desenvolvimento da criatividade e da capacidade de expressão das crianças participantes e estimulam a imaginação e a espontaneidade que são desenvolvidas por meio da brincadeira e da integração de várias linguagens artísticas – música, artes cênicas e literatura. Reconhecendo o trabalho de inserção de crianças, jovens e adultos em prol do resgate e desenvolvimento de nossa cultura, que oferecemos o Prêmio “Preservação Cultural” categoria Juventude Histórica, a ONG EmCantar na pessoa da representante do Grupo Bichos do Mato, Viviane Alves Rogrigues, prêmio esse que se estende a toda equipe, parceiros e apoiadores destes projetos.
Parabéns EmCantar, Parabéns Bichos do Mato, Parabéns Grupo Curupira.
CATEGORIA: MANIFESTAÇÕES POPULARES
Oferecido aquele que incentiva o resgate e a valorização das manifestações culturais populares vinculadas a religiosidade, folclore, costumes, etc.
Congada

O Congado originou-se na África no país do Congo, inspirando-se no Cortejo aos Reis Congos que era uma expressão de agradecimento do povo aos seus governantes. Ao receber a colonização portuguesa, vários africanos foram trazidos para o Brasil para serem escravos e acabaram trazendo esta tradição e mesclando com a cultura local. É uma dança que representa a coroação do rei do Congo, acompanhado de um cortejo compassado, cavalgadas, levantamento de mastros e música. Os instrumentos musicais utilizados são a cuíca, a caixa, o pandeiro, o reco-reco. Ocorre em várias festividades ao longo do ano, mas especialmente no mês de outubro, na festa de Nossa Senhora do Rosário. O registro mais antigo da ocorrência de congos em nosso Estado é de 1705 a 1706. A Congada tem uma grande conotação religiosa, com denominação particular, estandarte etc. Em Araguari, a história da Congada inicia-se na década de 30, com os dois primeiros ternos:
o Moçambique e o Congo Verde. A festa do Rosário possui algumas reminiscências, comperegrinação pelas ruas da cidade cantando e dançando, ora carregando a imagem de N.Sra. Do Rosário, ora o seu estandarte. Cada comando faz sua dança à parte. Araguaripossui os seguintes ternos: Congo Verde, Congo Ouro, Congo Azul, Congo Princesa Isabel,Catupé Cacundê, Moçambique, Congo 13 de maio.Convido a Sra. Ana Batista dos Santos, para receber o 1° Prêmio Preservação Culturalna categoria Manifestações Populares em reconhecimento a todo o trabalho que está sendofeito pela preservação da Congada – nosso Patrimônio Cultural Imaterial.Parabéns a todos os ternos da Congada.
Folia de Reis

É um festejo de origem portuguesa ligado às comemorações do culto católico do Natal, trazido para o Brasil ainda nos primórdios da formação da identidade cultural brasileira, e que ainda hoje mantém-se vivo nas manifestações folclóricas de muitas regiões do país. Na cultura tradicional brasileira, a partir do século XIX, os festejos de Natal eram comemorados por grupos que visitavam as casas tocando músicas alegres em louvor aos "Santos Reis" e ao nascimento de Cristo; essas manifestações festivas estendiam-se até a data consagrada aos Reis Magos, dia 06 de janeiro. A visitação das casas, que dura do final de dezembro até o dia de Reis, é feita por grupos organizados, muitos dos quais motivados por propósitos sociais e filantrópicos. Cada grupo, chamado em alguns lugares de Folia de Reis, em outros Terno de Reis, é composto por músicos tocando instrumentos, em sua maioria de confecção caseira e artesanal, como tambores, reco-reco, flauta e rabeca (espécie de violino rústico), além da tradicional viola caipira e da acordeon. Festa baseada no relatório bíblico recorda a primeira manifestação de Jesus aos pagãos, representados pelos Magos do Oriente (Belchior, Gaspar e Baltazar). Em Araguari, a Folia dura de 03 a 09 dias, período utilizado para fazer visitas. Não apresentam número fixo de participantes, conta com alguns figurantes: capitão ou mestre (carrega a Bandeira); contramestre (faz segunda voz e as outras chegam até a 5ª voz). Algumas Folias têm palhaços. As Folias de Santos Reis de Araguari são: Estrela Dalva, Estrela do Oriente, Magos do Oriente, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Penha, Santa Helena, Seguidores dos magos, Reis do Oriente.
Convido o Sr. Dinemar Borges eo Sr. Antônio Ferreira Mota para receberem o 1°Prêmio Preservação Cultural na categoria Manifestações Populares em reconhecimento a todo o trabalho que está sendo feito pela preservação da Folia de Reis – nosso Patrimônio Cultural Imaterial.
Parabéns a todos os grupos de Folia de Reis.
CATEGORIA: MEMÓRIA CULTURAL

Oferecido aquele que se dedica à preservação e resgate da nossa memória cultural contribuindo para a manutenção de nossa história viva, podendo ser servidor público ou não.
A primeira agraciada nasceu em Araguari, no dia 16 de janeiro de 1941, iniciando aqui sua vida estudantil. No Centro Espírita Caridade, onde seu pai foi presidente e atualmente, ela ocupa este cargo, fez até o 3º ano. Do 4º ano até o curso completo de Contabilidade, ela estudou na Escola Técnica de Comércio Machado de Assis e Ginásio DomVital. Aos 13 anos, fez o curso de acordeon e teoria musical na Academia de Artes Mário Mascarenhas, no Rio de Janeiro, onde se formou aos 17 anos. Desde os 15 anos já era professora particular de acordeon. As artes sempre a fascinaram, bem como as letras. Desenvolveu importantes trabalhos, sendo premiada em concursos em diversos estados brasileiros. Possui em seu currículo inúmeros sonetos, crônicas, participação em várias antologias e literaturas, além de um histórico auto-biográfico com dados de sua família e impressões sobre o mundo atual. Possui muitos livros publicados. Foi condecorada em Paris, França, em 1998, pela obra Aruba, a ilha Azul do Caribe. Ocupa a cadeira n° 28 da Academia de Letras e Artes do Triângulo, em Uberaba. Foi presidente da FAEC, e atualmente é presidente da Academia de Letras e Artes de Araguari.
Convido a Sra. Gessy Carísio de Paula para receber o 1° Prêmio Preservação Cultural – categoria Memória Cultural em reconhecimento a sua produção literária e divulgação da nossa cultura pelo mundo.
Parabéns Dona Gessy.
PRÊMIO MEMÓRIA CULTURAL

Nascido em Araguari sempre realizou trabalhos assistenciais. Grande líder espírita em nossa cidade. Integra a Academia de Letras e Artes de Araguari, a Loja Maçônica Fênix, participando de sua fundação, em 1975. Foi aluno da Escola Raul Soares, cursou a Faculdade de Odontologia da Universidade Livre do Distrito Federal, hoje extinta, e exerceu a profissão por mais de 30 anos. Em 1953 ingressou na Loja Maçônica União Araguarina, exercendo todos os graus, chegando a venerável, de 1967 a1975. Da Loja Fênix, em 1975, chegou a venerável durante 6 anos. É também artista plástico, gosta da pesquisa histórica e tem publicado diversos capítulos sobre fatos e outros assuntos. Foi assessor da Associação Comercial e Industrial de Araguari durante aproximadamente 15 anos.
Convido a Sr. Honor Machado para receber o 1° Prêmio Preservação Cultural – categoria Memória Cultural em reconhecimento a sua forma simples de transmitir os fatos históricos que fazem parte da nossa cultura.
Parabéns Sr. Honor.
PRÊMIO MEMÓRIA CULTURAL

11º Batalhão de Engenharia de Construções – Batalhão Mauá
O antigo 2º Batalhão Mauá, hoje 11º Batalhão de Engenharia de Construções é um importante preservacionista de nossa memória, cuidando de seu acervo que compõe o museu do BTL, além de cuidar e proteger três locomotivas e um vagão de passageiros, importantes elementos de nosso passado. Sempre disposto a cooperar em ações de preservação do patrimônio cultural do município, tal como a Locomotiva n. 1, na Praça dos Ferroviários, tombada pelo município. Contribui com doações para o acervo do Museu dos Ferroviários e arquivo da Divisão de Patrimônio Histórico. A ferrovia em Araguari tem parte de sua história construída por esta corporação.
Convido o Maj. Tarso para receber o 1° Prêmio Preservação Cultural – categoria Memória Cultural em reconhecimento a contribuição dada por esta instituição para a preservação da memória ferroviária e da cultura de Araguari.
Parabéns e obrigado ao Batalhão Mauá.
PRÊMIO MEMÓRIA CULTURAL

Sr. Luiz Carlos
O “Luizão”, o “Ti Luiz”, da Secretaria de Obras, é pessoa dedicada, responsável e competente no trabalho que desenvolve. Desde os trabalhos mais simples como o conserto de um móvel, até outros mais complexos, como a restauração da estrutura de um banco de trem, ele se esmera ao fazê-lo, seguindo as “chatas” recomendações que a equipe da Divisão de Patrimônio Histórico solicita. Conhecedor de técnicas antigas, ele e sua equipe, lidam com a madeira de forma excepcional, possibilitando não só a preservação dos bens culturais solicitados, mas também a perpetuação das técnicas e modos de fazer de cada época. Foi nas mãos deles que a base em madeira para a construção artesanal do troféu se iniciou. E hoje, convido o Sr. Luiz Carlos Machado -Luizão para receber o troféu Preservação Cultural, em nome de todos os funcionários da Prefeitura Municipal de Araguari que auxiliaram na preservação cultural de nossa cidade.
Parabéns Ti Luiz e a toda sua equipe de profissionais.
PRÊMIO MEMÓRIA CULTURAL

Menção honrosa
Esta menção honrosa contempla uma das maiores famílias de nossa cidade, aquela ferroviária, que ajudou a construir a história de nossa cidade, colocando-a no eixo de desenvolvimento do Triangulo Mineiro. O ser ferroviário está presente na formação cultural de grande parte de nossa população. Muitos de nós são parentes, amigos ou conhecidos desta Família, a outra parte tem contato com a própria cidade que preserva elementos contundentes da experiência ferroviária de mais de um século. A paisagem urbana, os traçados das ruas, fachadas de casas antigas, os trilhos originais da EFG que nascem no pátio do Palácio dos Ferroviários, Antiga Estação da Goiás, nomes de praças e ruas, tudo isso envolve o araguarino na história da ferrovia, que se confunde com a própria história da cidade e de sua população. Parabéns à Família Ferroviária, que deixou essa herança histórica impar, podendo ser destacada como um dos maiores potenciais culturais e turísticos do Triângulo Mineiro e sul de Goiás. O Palácio dos Ferroviários e sua divulgação nacional é apenas um pequeno exemplo desta riqueza. Que esta Família Ferroviária continue participando da história viva de nossa cidade, sendo atuante e participativa no presente, ajudando a construir uma cidade cada vez melhor, de um povo com orgulho de ser Araguarino.
Convidamos o Sr. Eurípedes Antônio Ezequiel de Oliveira para em nome da Família Ferroviária receber esta homenagem em reconhecimento a participação de cada ferroviário na construção de nosso Patrimônio Cultural.
CATEGORIA: MULTIMIDIAS

Oferecido aquele que divulga a nossa cultura em veículos de comunicação, seja na televisão, rádio, jornal e internet. Serão dois agraciados com o troféu e dois agraciados com a Menção Honrosa. O Prêmio desta categoria vai para o Advogado – Pedagogo – Jornalista. Desde fevereiro de 2006 edita o blog Ponto de Vista que retrata nossa história contada de maneira peculiar trazendo a alguns a lembrança de tempos áureos, para outros, informação e formação histórica. Seus “Devaneios”, como ele mesmo intitula seus artigos do blog, não são meros sonhos ou fantasias, mas o resgate vivo de uma memória que eterniza nosso legado cultural. Obrigado Dr. Antônio Fernando Peron Erbetta por compartilhar e permitir que bebamos na fonte de sua memória histórica por meio do seu blog Ponto de Vista – arquivo multimídia de nossa cultura.
Mensagem de Perón Erbetta via e-mail :
Caro amigo.
Ontem (08/12) aconteceu um imprevisto comigo.Iniciei com um remédio analgésico, contra a dor exclusivamente, daqueles que necessitamreceita com registro do médico, em 3 vias. Dulcenet.Tomei um comprimido às duas horas e o efeito foi imediato.
Ele é a base de morfina.Minha alegria foi total, ou seja, passei a reunir condições físicas para estar presente noevento.Fui para a fisioterapia às 3 horas, sem dores.Porém, em meu retorno às 5 horas da tarde, já cheguei passando mal.
Como tinha lido a bula, comecei a sentir os efeitos colaterais que a mesma indicava.Passei a vomitar bilis pura, só parando à meia noite. Aí comecei a ter calafrios e suador,previstos na bula.Fui até 4 da madrugada delirando de febre e mal estar.
Enfraqueci tremendamente.Tomei soro caseiro, o tempo todo. Quase tive que ir ao hospital.
Amanheci fraco, tomei um café leve e uma sopa suave pelo almoço.
Agora estou de repouso, inclusive não indo à fisioterapia hoje.
Com isto exposto, caro amigo, infelizmente não estarei presente ao evento, lastimandoimensamente tal fato.
Caso a Teresa, minha esposa não possa ir pelo fato da escola à tarde, estará presente merepresentando, caso você permita, o amigo que inclusive abriu o blog para mim e incentivoua escrever novamente após o mal que me afligiu.
ALOÍSIO NUNES DE FARIA, jornalista do Gazeta do Triângulo e Irmão Maçom.Espero Alessandre, que com a minha ausência, seja explicada ao Senhor Prefeito, à Presidente da FAEC, e os demais presentes, a minha tristeza em não estar presente, porémesperando a compreensão de todos.
Agradecendo tanta gentileza, despeço-me,
Atenciosamente, Peron Erbetta.

Convido a Sra. Tereza, esposa do Dr. Perón e Aloísio Nunes de Faria, seu grande amigo, para receberem o 1° Prêmio Preservação Cultural, categoria Multimídia em nome do Dr. Antônio Fernando Perón Erbetta.
e
e
e
e
Uma cerimônia muito bonita e importante.
Era o que tinhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um Abraço.