sexta-feira, junho 30, 2006

QUE BELA VISITA !

Márcio Coimbra Silva, administrador do Palácio dos Ferroviários, e Júlio Erbetta (à direita)

Caros Leitores.

Para nós araguarinos que convivemos o dia a dia na cidade, passamos por locais diversos, frequentamo-os, muitas das vezes os vimos nascer, outras tantas, até na maioria, já existiam quando chegamos, afinal, locais que tiveram, têm e terão finalidades extraordinárias, tanto pelo seu estado físico, como também para a finalidade que se destinaram, tendo alguns deles suas finalidades alteradas por transformações vitais no decorrer dos anos, das atividades exercidas, das necessidades exigidas pelo progresso, progresso este que também extingue a existência de atividades que em muito, ou melhor, que totalmente fizeram com que milhares de famílias dele sobrevivessem, muitas das vezes, nos passam despercebidos, olvidados, corriqueiros.

Estamos nos referindo ao prédio do “Palácio dos Ferroviários”.

No feriado prolongado de 15 de junho passado, recebemos a visita de nossos filhos Julio e Fernando, com suas famílias para desfrutarmos alguns dias juntos.

As atividades por eles exercidas os levaram a longínquas distâncias, sendo difícil a vinda em finais de semana para reverem a família, e, logicamente, a terra querida, terra em que nasceram, foram criados, educados, estudaram e após se especializarem nos cursos superiores, casarem-se e deslocaram-se. Julio, após estar em vários estados, finalmente se fixou em Belo Horizonte. Fernando, da mesma forma, residindo em Goiânia.

Mas como dizíamos, neste feriado prolongado, na quinta feira, dia 15, Corpus Christi, saímos juntamente com o Julio, nosso primogênito para darmos uma voltinha, rever a cidade, visitar locais que ele frequentou enquanto aqui estava, e, ao mesmo tempo, fazer algumas fotos de locais pitorescos e marcantes de Araguari.

Ali pelas 17 horas, após passarmos por vários locais que lhe trouxeram gratas recordações, fomos parar lá no “Palácio dos Ferroviários”.

Julio exclamou. Que beleza que está. Que atração turística maravilhosa e invejável que Araguari possui. Quantas e quantas vezes por aqui passei e nunca observei tamanho monumento como estou observando agora. Dia 7 de setembro, assistimos juntos ao desfile comemorativo à data e não nos apercebemos da beleza do prédio. Está lindo.

Vendo-o entusiasmado com o prédio, dissemos a ele. Julio, vamos fazer uma visita interna, algumas fotos e vivermos um pouco do passado, dos longos anos de atividades que a antiga estação ferroviária viveu.

Encontrando o prédio aberto, fomos direto ao museu que o mesmo abriga. Entusiasmado com os detalhes encontrados, fomos vendo os exemplares antigos de objetos e equipamentos usados pelos ferroviários em tempos idos. Bonés, tinteiros, vidro de tinta, documentos pessoais, lanternas de sinalização das linhas, fotografias demonstrando as grandes oficinas de manutenção dos vagões e locomotivas, tanto a vapor como as dieesel, fotos de composições ferroviárias em eventos marcantes, ferroviários se regozijando por algum acontecimento, a linha de montagem das oficinas, enfim, vivendo em poucos momentos tão significativos acontecimentos de outrora.

Estávamos ali, emocionados, observando tudo, quando fomos surpreendidos com a chegada do senhor Márcio Coimbra Silva, administrador do imenso Patrimônio Histórico que é o Palácio dos Ferroviários.

Muito alegre e cortês, Márcio nos recebeu de forma carinhosa, contente pelo fato de estarmos ali àquela hora, na tarde noite do dia que terminava com o por do sol.

No governo de Neiton de Paiva Neves, assim como no de Milton de Lima Filho, tivemos a oportunidade de trabalharmos com o Márcio, funcionário efetivo e de carreira da Prefeitura. Jovem ainda, muito atencioso, competente e responsável por tudo aquilo que faz, contou-nos estar agora como responsável pela administração daquele patrimônio.

Apresentamos então nosso filho Julio a ele, e logo começamos a circular pelas demais dependências da antiga estação, conhecendo detalhes da mesma, tanto visualmente, como pelas narrativas dos conhecimentos do Márcio, que se aprofundou na história daquele imenso acervo cultural que Araguari possui.

Velhas histórias de quando ainda éramos crianças foram contadas, freqüência no local com nosso pai pelas atividades exercidas foram lembradas, viagens realizadas foram refeitas com detalhes de chegada do trem na plataforma. Fomos de cômodo em cômodo, lembrando o que neles funcionava. Antigos ferroviários foram citados. Homens e mulheres que faziam o progresso da Estrada de Ferro Goiás, orgulho que Araguari possuía. Centenas de empregos. Sustento de famílias que povoavam nossa terra.

Vendo nosso entusiasmo com tudo, Márcio fez questão de uma visita à torre do antigo prédio. E lá fomos nós, no caminho ouvindo as narrações do anfitrião de cada dependência por qual passávamos.

Galgamos a torre. Vislumbramos a linda vista panorâmica da cidade até onde nossas elas alcançavam. Pudemos ver o quão bela é nossa terra. Pudemos sentir que de qualquer ângulo que ela é vista, faz-nos sentir-nos orgulhosos por nela vivermos e dela sermos filhos. Sentimos também o orgulho de possuirmos um Patrimônio Histórico e Cultural, que foi construído em etapas, de acordo as necessidades que se apresentavam e mantendo uma linha de auto defesa pelas constantes revoluções e conflitos mundiais pelo qual passávamos na época.

Lá de cima, na torre, imaginamos o movimento de então, comentando as fotografias expostas no museu, vendo perfeitamente as charretes estacionadas que transportavam os passageiros mais humildes. Mais adiante o ponto de automóveis de praça (como eram chamados antigamente, e não táxi como hoje), todos em fila, obedecendo a procura de cada passageiro para seu destino.

Vimos os prédios que abrigavam o Hotel Aguiar, as pensões, os restaurantes que viveram anos de glória, de auge, proporcionando a seus proprietários e usuários o conforto necessário. Vimos a bela fonte luminosa jorrando água colorida, iluminada pelos holofotes submersos no lago artificial existente.

Observamos a grandeza dos prédios que abrigavam as oficinas, chamados de locomoção, os escritórios, a tipografia onde todos os impressos da Goiás eram feitos, o almoxarifado, o depósito de equipamentos. A Escola Profissional que a ferrovia mantinha. Em nossa imaginação, revivíamos as atividades de épocas passadas, com o burburinho de passageiros chegando e saindo da estação, ferroviários trabalhando em suas atividades diversas. Pudemos ver os foguistas, os tatus, os portadores, os maquinistas, os escriturários, o cobrador, enfim, pudemos sentir em nossas mentes, a vida vivida anos atrás, naquilo que foi o maior centro comercial, administrativo, empregador que nossa terra já possuiu.

Nos sentimos pequenos diante de tanta grandeza vivida pelos ferroviários que fizeram nosso progresso. A eles, nossas homenagens.

Registramos nossa visita no livro de presença. Sentimos falta de como podermos manifestar nossos sentimentos, nossas emoções vividas naqueles momentos. Perguntamos ao Márcio como se faziam as manifestações. Infelizmente ele não possuía um gravador, uma máquina fotográfica para registrar a presença de visitas. Argumentamos que se faz necessário o registro dos visitantes além da assinatura no livro. Pessoas importantes, ferroviários famosos, filhos de ferroviários que por ali passaram, viveram, gostariam de deixar suas declarações a respeito. Seria um patrimônio a mais para o acervo público. Devem olhar por isto.

Fica assim a sugestão a área competente para dotar o local destes equipamentos, podendo assim serem registrados depoimentos de pessoas que conhecem a verdadeira história de tão significativo e relevante local. Cartão postal de nossa terra para aqueles que por aqui passam.

Descemos lá da torre desfrutando cada espaço percorrido.

Como dissemos anteriormente, quem aqui vive, não repara, não desfruta, não imagina um passado tão lindo, cheio de glórias que viveram nossos conterrâneos em tempos idos.

Enquanto estávamos lá em cima na torre, tiramos uma foto de nosso filho Julio, juntamente com o Márcio, responsável pelo patrimônio, deixando assim registrada nossa visita ao belo monumento que abrigará as instalações da Prefeitura Municipal de Araguari. Esta foto ilustra este Ponto de Vista feito exclusivamente para divulgar o que possuímos, e, a alegria daqueles que o visitam.

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.

domingo, junho 25, 2006

ARAGUARI ONTEM PARTE II

Caros leitores.
Continuamos agora, com a segunda parte das fotografias feitas pelo saudoso Geraldo Vieira e cedidas pelo seu neto Henrique Vieira - Foto Geraldo.





sexta-feira, junho 23, 2006

64 ANOS DE VIDA CONJUGAL


Caros Leitores.

Dia 20 de junho passado, o casal Geraldo Costa e Albertina Rodrigues Costa, completaram nada mais, nada menos, que 64 anos de casados. 64 anos de convívio cotidiano, enfrentando alegrias, tristezas, saúde, doenças, criando os filhos que a união proporcionou vir ao mundo, educando-os, dando-lhes do suor do trabalho, o que podiam de melhor oferecer, cumprindo assim as determinações do juramento feito do enlace, sob as bênçãos do padre que oficializou tão feliz e duradoura união. 64 anos debaixo do mesmo teto, compreendendo e sendo compreendido mutuamente, tendo como fruto desta harmonia, a constituição do lar duradouro, lar este que passou por todas as alegrias e vicissitudes que a vida reserva ao ser humano.

Mas, conheçamos um pouco a respeito do casal e da família.

O senhor Geraldo Costa, está hoje com 84 anos de idade. Nasceu em Uberaba, MG, em 08 de abril de 1922.

Trabalhou na Prefeitura Municipal de Araguari, durante 61 anos e 3 meses, quando se aposentou merecidamente.

A senhora Albertina Rodrigues da Costa, está com 83 anos de idade, tendo nascido aqui mesmo em Araguari, MG, aos 14 dias de setembro de 1923.

O casal, no decorrer dos anos, constituiu a bela família composta por 4 filhos, Fernando Paulo Costa, com 63 anos, radialista aposentado e membro do CEREA – Centro de Recuperação do Alcoólatra, onde exerce o cargo de Presidente do Conselho Deliberativo Fiscal.

Leila Maria Costa Nascimento, comerciante aposentada, com 62 anos de idade, viúva do saudoso e popular Teobaldo Ferreira do Nascimento. Ele era farmacêutico da Drogaria Popular, onde gozava da confiança e do prestigio da população araguarina com seus relevantes e eficientes serviços de profissional de farmácia que foi.

José Carlos Costa, de saudosa memória. Partiu desta vida, deixando também uma lacuna no coração de seus pais e irmãos e esposa, Maura Isméria Rodrigues da Costa, aos 56 anos, em dezembro de 2002.

Paulo Henrique Costa, também falecido, prematuramente, com 15 anos de idade, abrindo uma ferida incurável no âmago familiar.

Esta prole, trouxe ao distinto casal, 3 netos. Do casal Teobaldo e Leila Maria, Teobaldo do Nascimento Júnior, hoje com 40 anos, casado com Cláudia Póvoa do Nascimento, pais da bisneta Alanna, linda menina moça, com 12 anos, alegria dos pais, avós e bisavós. Paulo César do Nascimento, com 38 anos, também é filho do casal, casado com Roberta de Melo Nascimento, sócia proprietária da Drogaria Central.

Renata Regina Costa, médica veterinária, filha do saudoso José Carlos, casada com o professor Marco Aurélio, e, residente em Uberlândia. Mãe de Artur, 9 anos, Gustavo, 7 anos e Otávio, 5 anos.

Uma família unida e voltada ao trabalho. Desfrutam de grandes e sinceras amizades, frutos do exemplo dado pelos patriarcas Geraldo e Albertina, que comemoraram reunidos, mais uma data significativa da união selada há 64 anos passados.

Façamos aqui um retrospecto da vida do senhor Geraldo Costa, em homenagem à sua luta, garra, coragem, determinação e humildade, para a criação da família descrita acima.

Senhor Geraldo, foi admitido na Prefeitura Municipal de Araguari, em 20 de junho de 1938, quando era Prefeito, o senhor Dr. José Jehovah Santos, sendo servente de pedreiro sua primeira função.

Em 1941, como bom profissional e ansioso para ampliar seus conhecimentos e profissionalizar-se melhor, aprendeu a dirigir veículos e passou para o cargo de motorista de caminhão, nomeado pelo então Prefeito, Dr. José Jehovah Santos.

No decorrer dos anos, realizou um número infindável de serviços como motorista da Prefeitura, transportando com o caminhão, o progresso de nossa cidade através de cargas e funcionários braçais para realização de atividades várias.

Em 1961, Dr. José Jehovah Santos, como Prefeito, nomeou o senhor Geraldo Costa para supervisionar a construção e remodelação da antiga Praça João Pinheiro, hoje Farid Nader.

Em 1963, Dr. Miguel Domingos de Oliveira, Prefeito Municipal, nomeou o senhor Geraldo Costa para Chefe Geral de Serviços.

Todo e qualquer trabalho realizado na cidade, era supervisionado por ele, trazendo com esmero e carinho cada tarefa, proporcionando como resultado, a execução dos mesmos.

Passou o senhor Geraldo por todas as administrações de forma exemplar, sendo pelos Prefeitos, distinguido pelos seus méritos.

Em 1968, governava Araguari, Fausto Fernandes de Melo. Designou por nomeação, o senhor Geraldo para a execução dos trabalhos de aterro, construção das pistas e posteriormente asfalto, na Av. Cel. Teodolino Pereira de Araújo. Foi Chefe Geral da turma de trabalho. Sob suas ordens e supervisão, a avenida foi construída. Conforme ele, a quantidade de drenos existentes da rua Cel. Lindolfo Rodrigues da Cunha (a do Cemitério) até a Av. Bahia, é enorme. Não se lembra de quantas, pois a região era brejo em toda a sua extensão. O resultado está aí. Uma grande e movimentada avenida. A responsabilidade da compactação da mesma é toda dele. Mérito total.

O saudoso senhor Milton Lemos da Silva, Prefeito Municipal em 1983, considerando a capacidade do senhor Geraldo, o nomeou para a supervisão geral da construção e pavimentação asfáltica da Av. Nicolau Dorázio.

No primeiro governo de Dr. Milton de Lima Filho, em 1971, teve o senhor Geraldo, a incumbência da construção da Praça Dr. Elmiro Barbosa. As Praças da Floresta, hoje Tereza França de Lima, e, a da Medalha Milagrosa, com toda sua ornamentação foram também de sua responsabilidade.

Em 1972, trabalhou na modernização e urbanização do Bosque John Kennedy

As pontes dos córregos Mestre e das Embaúbas, foram feitas pelo senhor Geraldo Costa.

Foi ele, Servidor Municipal por 61 anos e 4 meses, atuando em 21 gestões municipais.

Delermando Cardoso, Dr. José Jehovah Santos, Jaime Veloso Meimberg, Jaime Veloso, Edmundo Augusto Lins, Dr. Elmiro Barbosa, Dr. Oswaldo Pieruccetti, Cel. Theodolino Pereira de Araújo, Dr. Adalcindo de Amorim, Eduardo Rodrigues da Cunha Neto, Dr. Miguel Domingos de Oliveira, Fausto Fernandes de Melo, Dr. Milton de Lima Filho, Milton Lemos da Silva, Dr. Neiton de Paiva Neves, Wanderley Inácio, dedicaram confiança e puderam desfrutar dos trabalhos realizados pelo profissional exemplar, conhecedor profundo de trabalhos técnicos, cumpridor de ordens e dignificador de seus superiores, senhor Geraldo Costa, que junto ao saudoso Adolfo Carlos Carísio, zelaram por nossa Araguari durante longos e proveitosos anos de trabalhos, árduos e profícuos.

Todos os Prefeitos e suas gestões, o homenagearam, sendo que em 18 de junho de 1997, a Câmara Municipal de Araguari, quando do 59° ano de trabalhos municipais, o homenageou, em proposição do então Vereador Waldir Brasileiro, aprovado por unanimidade, com Menção Honrosa, decretada pelo também então Presidente da Casa, Alfredo Pastori.

Em 24 de junho de 2002, o Prefeito Municipal, Psicólogo, Dr. Marcos Antônio Alvim, em ofício especial, levou ao senhor Geraldo Costa, sua mensagem de agradecimento pela dedicação, lealdade e amor com que desempenhou suas funções em favor do município de Araguari.

Um homem deste naipe, deste padrão, desta dignidade, só poderia receber como recompensa, a maravilhosa união familiar que comemorou com saúde, paz e alegria, com a senhora Albertina, seus filhos, noras, genro, netos e bisnetos, além, é evidente, do grande círculo de amizades que desfruta em nossa cidade.

Congratulamos aqui ao exemplar casal, rejubilando-nos com tão significativa e marcante data.

20 de julho de 2006, 64 anos de Vida Conjugal sob as bênçãos do Criador. Que Ele continue proporcionando a vocês, a oportunidade de demonstrarem a todos, a beleza de um lar alicerçado para o bem.

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.

sexta-feira, junho 16, 2006

QUE VERGONHA !


Caros Leitores.
Deu na imprensa araguarina em 09/06/06, mais precisamente no jornal Gazeta do Triângulo, edição 7059, primeira página, rodapé: “Presídio Irmãos Naves faz mobilização para conseguir recuperar viatura”, devidamente ilustrada por foto alusiva ao ato.
Aí vem o relato da notícia que transcrevemos na íntegra: “A direção do Presídio Irmãos Naves, em parceria com os agentes penitenciários, iniciou uma campanha para angariar fundos destinados à recuperação de uma viatura danificada em julho do ano passado após um acidente de trânsito ocorrido no centro da cidade.
O veículo precisa ser recuperado com urgência, visto que o presídio conta atualmente com uma única viatura para transporte dos detentos, o que tem dificultado o andamento das atividades”.
Na foto, está estampada a imagem de dois agentes penitenciários segurando o “Livro de Ouro”, para arrecadação do numerário que circulará pela cidade, em busca de donativos para a reforma do veículo.
Que vergonha !
Que vergonha senhor Governador do Estado de Minas Gerais, Aécio Neves.
Uma cidade do porte de Araguari, tendo uma de suas viaturas policiais, danificada quando no cumprimento do dever, envolvida que foi em um choque com outro veículo, em avenida central da cidade, quando transportava detentos para o Fórum, onde os aguardavam o Juiz Criminal para o devido interrogatório, há um ano atrás. Ela ainda não foi consertada pelo seu Governo, Senhor Aécio Neves, em detrimento da paz, da segurança, da ordem e do bom andamento do serviço público !
Não resta a menor dúvida, é uma vergonha para sua administração, pois para ser cumprida a ordem, policiais, agentes penitenciários, têm que deixarem seus postos e passarem a bater de porta em porta, pedindo “um adjutório” para consertar um bem público, bem este necessário para a garantia da segurança da cidade, danificado e parado há um ano, em virtude da falta de verba para os reparos necessários.
Sinceramente, quando lemos a chamada da matéria, como incentivo aos leitores para se solidarizarem com o fato e fazerem suas doações, tivemos várias reações.
A primeira delas, a da situação ridícula pela qual iriam passar e estão passando os agentes penitenciários, esmolando uma ajuda para poderem trabalhar em benefício da segurança da cidade.
Segunda, pelo fato dos cidadãos, já participarem ativamente com taxas e emolumentos, impostos, e outras despesas mais com o Governo do Estado para mantê-lo em condições de dar assistências aos municípios que o compõem.
Terceira, pelo desprezo à nossa cidade pelo senhor Governador, que simplesmente ignora coisas e fatos aqui existentes e que de sua participação necessitam. Sempre ficamos a ver navios em nossas reivindicações.
Quarta, pelo fato de ser um ato deselegante e humilhante ao mesmo tempo, pois as pessoas procuradas, são escolhidas de forma que não tenham condições de dizer não a uma doação, pois a educação e os cargos por elas ocupados, exigem da sua parte, a participação com a “contribuição”, até pelo fato das humilhações que estão passando agentes penitenciários, em pedir ajuda ao invés de prestar a ajuda pela qual recebem mensalmente para oferecer à população. Como exemplo citamos advogados, membros do Poder Judiciário, Legislativo, Executivo e demais que ocupam cargos de relevância na cidade. Humilhante, pelo fato do agente penitenciário passar pelo vexame de pedir o que o Estado tem por obrigação fazer.
E por aí a fora, uma série de reações que cremos nós, vocês também caros Leitores, lendo esta matéria, passarão a sentir também.
Mas vamos lá ver o que aconteceu com o veículo em questão.
Conforme o próprio jornal, na última página, narrou o episódio.
Dia 5 de julho de 2005, esta viatura, com três detentos dentro, além do motorista e do segurança, no cruzamento da Av. Cel. Teodolino Pereira de Araújo, com a rua Cel. Lindolfo Rodrigues da Cunha (a do cemitério), chocou-se com um veículo Gol logo no semáforo do cruzamento. Os motoristas dos dois veículos alegaram que o sinal estava aberto para ambos. Assim sendo, a perícia, pelo que entendemos na matéria, acatou as afirmações, ficando para que cada parte consertasse seu veículo, pois pela matéria, não existia testemunha ocular do acidente para dirimir a tremenda dúvida de quem era a culpa.
Ora, isto posto, para a segurança da cidade, para que os agentes penitenciários continuassem seu trabalho normalmente, nada mais a fazer o Estado de Minas, do que dar andamento na reforma do dito cujo veículo danificado, como o fez o proprietário do Gol abalroado no acidente. Mas não, lá foi o mesmo para o pátio a espera de providências das esferas superiores que como sempre, engavetam e dificultam resoluções de problemas no interior, principalmente de Araguari.
E assim se passou um ano. E nada foi feito.
Diante disto, foram designados os agentes Thiago Rodrigues Duarte, Washington Faria de Paula e João Carlos Beregeno Júnior (citados na matéria) a percorrerem a cidade com o “Livro de Ouro”, para arrecadarem, pedindo humildemente, aquilo que é obrigação do Governo Estadual oferecer aos municípios que o compõem, ou seja, a ajuda necessária. No caso, a recuperação imediata do veículo danificado, deixando os agentes cumprirem as missões que lhe competem.
Mas não, aí estão eles, a percorrer de porta em porta, pedindo o “adjutório”, como falam os pedintes necessitados quando batem a nossa porta, diminuindo o efetivo que mantém a segurança do presídio e passando por momentos desagradáveis, onde muitos dos cidadãos dão seus emolumentos, aumentando assim suas cargas tributárias para com o Governo Estadual, para com o Senhor Aécio Neves.
Repetimos: “Que vergonha !”.
Mas afinal, uma notícia boa. Uma notícia que alivia um pouco a árdua missão dos agentes penitenciários.
Conforme a nota jornalística, o conserto do veículo ficaria em 15 mil reais, mas como na oficina onde o mesmo se encontra, muitas peças foram recuperadas, o conserto ficará em 6 mil reais.
É ou não é uma boa notícia, caros Leitores. São 9 mil reais a menos. Isto significa que os agentes poderão voltar as suas atividades normais em menor espaço de tempo. Terão que pedir a menos pessoas. Ufa, que alívio para eles.
Ah, o relator da matéria, encerrou a mesma dizendo ser esta uma campanha séria, idônea e que a colaboração da comunidade é fundamental. Vejam como o mesmo sensibiliza os cidadãos: “Por isso, pedimos que as pessoas nos recebam, pois estaremos devidamente uniformizados e nos identificamos munidos de toda a documentação referente a esse assunto”.
Caros amigos agentes penitenciários, vocês estão sendo usados em suas funções para sensibilizarem um povo carente de segurança. Deveriam ir diretamente, isto sim, a Belo Horizonte, em comissão formada com membros da comunidade, cobrar do Senhor Governador do Estado, Aécio Neves, as devidas providências. Irem uniformizados e acompanhados por líderes araguarinos, políticos, empresários, para mostrarem que Araguari é coisa séria. Merece e deve ser respeitada.
Neste caso, nossa participação é com este nosso Ponto de Vista a respeito do assunto. Não podemos enfiar a mão no bolso para aumentar nossas despesas para com o Governo Estadual com doações para recuperação daquilo que lhes pertence e a ele compete sua manutenção.
Lembrem-se, vocês estavam no cumprimento do dever quando do acontecimento. Quando da batida com o Gol lá no semáforo. Acidentes acontecem. Tiveram sorte de ninguém sair com ferimentos graves. E se tivessem machucado, morrido alguém, ficado aleijado com o mesmo. Que tipo de “Livro de Ouro” vocês iriam fazer para sanar o problema ?
Mas não se preocupem não. Nós, a população, estamos acostumados com os descasos do Governo Estadual para com nossa cidade.
Já vimos Bombeiros fazerem coleta para comprarem equipamentos, já vimos a Polícia Militar também fazer campanha para a mesma finalidade. Tudo indica que a área de Segurança Pública não possui muito prestígio junto ao Estado. Temos que arcar com as conseqüências. O que mais podemos fazer ?
Mas que é uma vergonha é. Ah, isto é sim.
Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.
*Advogado – Pedagogo – Jornalista MTb – 09519 MG

sexta-feira, junho 09, 2006

ARAGUARINOS NO PODER


Caros Leitores,

Semana passada lemos na imprensa que um vereador lá de Uberlândia, veio aqui em Araguari, e, na sessão da Câmara Municipal do dia 30 de maio, fez uso da Tribuna, comunicando aos Senhores Edis, representantes do povo araguarino, que será candidato a Deputado Estadual e que pretende ser uma opção para nossa cidade.

Em nosso Ponto de Vista, o que este elemento cometeu, foi uma verdadeira afronta aos nossos vereadores, e, consequentemente, ao povo araguarino que eles representam.

Desacatou, dizendo entre linhas, que nós em Araguari, não temos pessoas a altura para sermos representados na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal, estando ele apto para sanar nossos problemas, pois se trata de um político de alta linhagem e tradição na cidade de Uberlândia, e, que vem sendo preparado há longos anos para isto.

Repetimos, desacatou todos os Edis, da mesa e do plenário. Sem exceções, pois sua arrogância e afronta foram totais.

Subestimou a inteligência dos onze Edis e do eleitorado araguarino. É um calhorda.

Dentre os presentes, um vereador de Araguari, sentindo-se agredido, o que foi lógico e evidente para os que se ligaram no acontecido, respondeu que nossa cidade necessita e tem que fazer de candidatos próprios, seus legítimos representantes, tanto na Assembléia Legislativa, como no Congresso Nacional. O que é óbvio. Evidente.

Deixamos aqui de citar os nomes, pelo fato de não estarmos assim, mesmo com crítica severa, divulgando e ao mesmo tempo, tornando este elemento impetuoso, precipitado, arrojado, conhecido do povo araguarino, e, sujeito a angariar os votos dos incautos e desenformados.

Agora, falando sinceramente, que atrevimento o dito cujo cometeu.

Vamos fazer uma análise geral de como andam as coisas em nossa cidade. Vamos ver de nossas possibilidades de elegermos representantes para Deputados, Estadual e Federal.

Temos sim, e muitas.

Temos em nossa sociedade, homens dignos, honestos, ambiciosos para com o bem da sua terra, arrojados, corajosos, políticos, não políticos, empresários com recursos financeiros para agüentar uma campanha, outros sem recursos, mas com grande respaldo popular e de empresários dispostos a colaborarem para a realização de um grande pleito em nossa cidade.

Lembramo-nos no momento do velho amigo, grande guerreiro, defensor de candidaturas araguarinas, contra os pára-quedistas. Corajoso em suas críticas e líder em campanhas para termos representatividades na Assembléia Legislativa e no Congresso Nacional.

Estamos nos referindo ao saudoso, jornalista e radialista, Luiz Roberto Alessi, que em seu programa de mais de 30 anos de audiência total, “Grão de Pimenta”, sempre defendeu os interesses de nossa terra, de nossa Araguari. Brigava, brigava com coragem. Citava nomes, criticava os intrusos, os arrogantes, os pára-quedistas que só se lembravam de nossa Araguari, nestas épocas. Épocas de política, de eleições, de oportunidades de galgarem o poder através de votos conquistados em visitas relâmpagos em Araguari, visitas que nem um café dava tempo para tomar, pois tinham que irem para outras plagas “conversar” novos simpatizantes com eles. Alessi dava seu recado e corria com esses intrusos daqui. Não tinha medo de represálias. Combatia a falta de cidadania daqueles que se deixavam levar por promessas vãs. Como está fazendo falta o Alessi no horário das 11,30 às 12,00 horas no rádio araguarino. Ainda não encontramos ninguém para substituí-lo nesta árdua, porém honrosa missão de defender Araguari, defender seus eleitores, defender principalmente seus candidatos, para que pudéssemos, nas eleições, elegermos nossos representantes.

Infelizmente ele era vencido nas eleições. Os candidatos de fora arrancavam daqui milhares de votos, fazendo com que nossos candidatos ficassem a ver navios, com suas legendas faltando pouquíssimos votos para se elegerem. Esses poucos votos que faltavam, eram os que os pára-quedistas levavam.

E o Alessi se foi, Deus o levou. Cumpriu sua jornada entre nós.

Alguém tem que continuar segurando esta bandeira que o Alessi empunhou durante longos anos, mesmo sem ter obtido sucesso. Alguém tem que surgir para bradar em alta voz quanto a estes absurdos de invasões de forasteiros, batendo de porta em porta em nossa cidade, arrancando daqui o precioso voto que faz com que percamos a oportunidade de elegermos pessoas de Araguari. Pessoas capazes, pessoas que conhecem cada pedra em uma rua, conhecem cada buraco em uma avenida, conhecem cada passeio estragado, conhecem enfim tudo e qualquer necessidade premente que Araguari possua e necessite resolver em esferas superiores, com influências que sem elas o Prefeito nada pode realizar.

As eleições estão chegando. Nomes e mais nomes de pretensos candidatos estão surgindo. Nomes bons. Nomes regulares. Nomes excelentes. Nomes com condições de serem eleitos e realizarem um grande e eficiente trabalho para nossa cidade.

Os Presidentes de Diretórios políticos, os próprios candidatos, devem se reunir. Devem sentar-se à mesa com seus dirigentes, verem de suas possibilidades, suas chances de sucesso ou não, e, mediante isto, seguirem em frente em caso positivo, ou, desistirem de disputarem cadeiras na Assembléia, na Câmara Federal. Se houver o bom senso, se houver a autocrítica de cada pretenso candidato, desta vez Araguari irá.

Conclamamos aqui, os Partidos Políticos, a ACIA, a CDL, Rotary Club, Lions Club, Lojas Maçônicas, Fundação Maçônica, Associação Médica, Ordem dos Advogados, Associação dos Odontólogos, dos Engenheiros, dos Contadores, de Bairros, enfim, todos os segmentos da sociedade, para uma reunião gigante, uma reunião monstruosa, reunião esta para definir os destinos de Araguari junto a seus candidatos a deputados, Estadual e Federal.

Urge uma união geral. É passada a hora de Araguari dar as mãos em um monstruoso abraço a nossa cidade. É passada a hora de unirmos para elegermos representantes na Assembléia Legislativa e no Congresso Nacional.

Estas entidades, associações, segmentos da sociedade unidos, lutando em prol do bem comum, farão com que o ordeiro e ambicioso povo araguarino, valorize seu voto, deixando de dá-los a aventureiros que aqui vêm, a pára-quedistas, e aos vaidosos. Irão oferecê-los a filhos da terra, filhos estes que estarão dispostos a um grande e histórico acordo, com a união de candidatos conscientes, elegermos nossos representantes. Temos eleitores suficientes para isto. O importante é não dividirmos os votos com terceiros, mas sim, depositá-los em Araguari.

O povo araguarino é ordeiro. É grandioso. É ambicioso. É inteligente. Desta feita não deixará a vaidade, o egoísmo, a ganância imperarem sobre a necessidade de elegermos nossos representantes. O bom senso falará mais alto. A grande união de forças, a redução de candidatos, a renúncia da vaidade irão ajudar nesta luta que será encetada pela cidade, pois ela se unirá, será única. Levará para a Assembléia Legislativa dois representantes. Para a Câmara Federal, pelo menos um deverá ser eleito.

Sabemos nós das dificuldades com legendas serem as causadoras de grandes derrotas em eleições passadas, mas desta feita, com a união de todos os segmentos de Araguari, com a conscientização dos eleitores, com o expurgo dos pára-quedistas, teremos finalmente, para incrementar nosso progresso, nosso desenvolvimento, os representantes da terra eleitos para seus cargos.

Não deixemos que aconteça novamente o que aconteceu dia 30 de maio na Câmara Municipal de Araguari. Não deixemos que nos afrontem como fomos afrontados por um arrogante vereador de Uberlândia. Valorizemos os filhos da terra, terra esta cansada de sofrer.

Vamos colocar “Araguarinos no poder!”.

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.

sexta-feira, junho 02, 2006

BARTOLOMEU TEIXEIRA - O CIDADÃO

Caros Leitores.

Voltemos um pouco ao passado. Vamos hoje narrar uma história, história esta de muita importância, pois nela iremos viver a vida do personagem que ilustra nosso Ponto de Vista, Bartolomeu Teixeira.



Estamos em 1950, temos juntamente com ele, 8 anos de idade.

Após cumprirmos com a semana de escola, estávamos de folga no sábado. Aí, logo pela manhã, nosso pai, Julio Erbetta, nos levou de carro até a antiga rua Mauá, nº 330, hoje Antonio Camilo da Costa, lá na esquina com a rua Josias Batista Leite, para passarmos o dia brincando com o filho de seu amigo e companheiro de serviço na Cia. Prada de Eletricidade, vindos de Santa Rita do Passa Quatro, SP, saudoso senhor Pedro Teixeira.

Foi aí que passamos a viver uma vida de pequenos amigos, posteriormente rapazes, grandes amigos, hoje maduros, grandes irmãos, tanto pela convivência, como membros que somos da Ordem Maçônica, filhos da Loja Maçônica União Araguarina.

Como se fosse hoje, trazemos na lembrança aquele dia.

Chegando na casa do Bartolomeu, logo, logo, fomos para o grande quintal. O tempo estava chuvoso, mas em nada atrapalhou, pelo contrário, contribuiu para que no terreno molhado, fizéssemos estradinhas, com pontes, porteiras, pequena serra, para com nossos automóveis e caminhões de plástico, brincássemos como se na realidade fosse uma grande viagem de transporte de cargas que fazíamos, nos arrastando pelo chão já barrento, indo e voltando pelo longo trajeto que construímos para sentirmos o prazer de guiar os pequenos veículos de plásticos, como se de verdade fossem, realizando nossas imaginações, sonhos vividos em nosso íntimo.

Logo, a dona Maria, mãe do Bartolomeu, nos chamou para o almoço que estava servido à mesa. Puxa vida, pensamos nós, a manhã já foi embora. Tão rápido. Na escola demora tanto para passar o tempo e aqui passou em um minuto. Ficamos até tristes em ter chegado a hora do almoço, mas lá fomos nós nos lavar e sentar-mos á mesa para um suculento almoço. Que almoço gostoso. Tinha arroz, feijão, tomate, alface, carne de vaca, de porco, pepino, pimentão, jiló e um punhado de coisas que em casa nós não comíamos mesmo.

Aprendemos a comer frutas, legumes e verduras lá, feitas pela dona Maria, pois, como todas crianças nas casas delas, se recusam a comer. Estávamos fora, e, com vergonha de dizer que não comia, comemos de tudo. E que beleza que foi. Inesquecível.

Logo após o almoço, voltamos para o quintal, desta feita para jogar bola. Chutamos bola metade da tarde .A outra metade, brincamos no balanço feito na hora, corda pendurada na trava. E a tarde foi embora rápido, pois logo chegou nosso pai para nos buscar de retorno a nossa casa. Já estávamos inclusive de banho tomado, pois de tanto brincarmos, corrermos, pularmos, vivermos um dia tão agitado, após o café da tarde, dona Maria fez-nos tomar o banho e com as roupas limpas levadas na trouxa quando fomos pela manhã, trocá-las pelas do dia agitado que acabávamos de passar. Será que hoje ainda brincam assim ?

Passaram-se 10 anos, estávamos agora com 18 anos.

Em ato contínuo, fomos servir o Exército, através do saudoso Tiro de Guerra 57, e ao mesmo tempo, em uma deferência de nosso pai, atendendo sugestão do companheiro Pedro Teixeira, admitiu-nos, Bartolomeu e nós, na Cia. Prada de Eletricidade. Tal contratação, foi com a condição de que nela, não seríamos filhos de chefes, mas sim, empregados subordinados a sub chefes, em obediência total.

Lá fomos, Bartolomeu , Déo Garcia, Joaquim dos Reis Sobrinho e nós, trabalharmos como entregadores de conta de energia, e lendo os medidores de energia. Por dois anos ficamos neste serviço.

Era uma época pesada para dois jovens que éramos, pois levantávamos as 04:45 horas, recebíamos instrução militar no TG 57 das 05:30 até as 07:00 horas e as 07:30 horas já estávamos no serviço, prontos a percorrer as ruas da cidade fazendo nossas tarefas. À noite, Escola Técnica de Comércio Machado de Assis.

Jovens e ávidos pelo saber, fomos estudar em Uberlândia, Bartolomeu formou-se em Administração de Empresas, Ciências Contábeis e Economia. Em 1972 já estava com três diplomas superiores na mão.

Em 1969, casou-se com Maria Darci Lemos, de cujo enlace vieram os filhos Juliano Lemos Teixeira, Leandra Lemos Teixeira, hoje Fisioterapeuta, e, Lissandra Lemos Teixeira, Contadora. Uma bela família.

Bartolomeu, era o segundo filho de Pedro Teixeira e da senhora Maria de Lima Teixeira, sendo a primogênita de saudosa memória, Carmem Teixeira dos Anjos, e a caçula Benedita Teixeira Greco, residente em Brasília, DF, sendo Diretora Escolar Federal aposentada.

Em 1973, pouco tempo depois que a CEMIG assumiu a distribuição de energia elétrica, em substituição a Cia. Prada de Eletricidade, Bartolomeu se desligou da mesma e foi exercer as profissões em que se formou. Foi trabalhar no Laticínios EVA, do senhor Elpenor Veloso de Araújo, lá ficando de meados de 1973 a 1975.

Em 1973 também, levado pelo espírito de pioneirismo, concursou-se pelo DASP em Goiânia, tendo sido aprovado para Fiscal Estadual de Goiás, Fiscal Federal da SUNAB, e Auditor Federal em Brasília. Optou pelo último, tendo exercido suas funções de 1975 a 1976 na Capital Federal.

Não satisfeito, Bartolomeu exonerou-se do cargo por ter em mente retornar a Araguari. Foi aí que seu regresso iniciou. Através de uma temporada em Goiânia, trabalhando na Construtora Irmãos Vale, ficou até 1978, quando então retornou para a terra querida, Araguari, onde foi assumir seu posto na empresa que foi sócio fundador. ADCAR – Administradora de Consórcios. Para quem não se lembra, um grupo de Araguarinos, fundou esta empresa na rua Brasil Acioly, em um pequeno cômodo defronte a hoje Sincopel. Posteriormente vieram para a rua Afonso Pena, onde hoje é a entrada do estacionamento ao lado do Banco Mercantil, indo posteriormente, até o encerramento de suas atividades, para a rua Brasil Acioly, 23, onde funcionou várias empresas, tendo sido a construtora do imóvel a revendedora Chevrolet, Petrônio Acioly e Cia. Ltda. Tempos idos e saudosos.

Paralelamente a ADCAR, Bartolomeu, juntamente com o Dr. Darli Jeová do Amaral, administraram o Nosso Posto na Virgílio de Melo Franco, de 1991 a 1993, obtendo ótimos resultados.

Em 1993, Bartolomeu aposentou-se justa e merecidamente.

Mas os conhecimentos adquiridos não o deixaram descansar.

Dr. Miguel Domingos de Oliveira, em sua segunda gestão como Prefeito, o convidou e ele aceitou o cargo de Supervisor de Controladoria, ajudando-o na administração do bem público.

Sua capacidade administrativa tornou-se do conhecimento dos empresários araguarinos, e, assim sendo, Dr. Romes Nader, convidou-o a assumir e administrar seus bens, o que fez até 2004, juntamente com o Terraço Hotel.

Bartolomeu resolveu então dar uma parada em suas atividades profissionais e dedicar-se à sua família, desfrutando sua chácara e ao mesmo tempo praticando a filantropia, amparando os menos favorecidos pela vida.

É um dos fundadores da Cantina e Centro Espírita Ondina Vieira, e, faz parte da Diretoria da Creche Espírita Maria Carlota.

Cumpre assim, Bartolomeu Teixeira, após uma longa e produtiva jornada de trabalho, com atividades beneficentes na comunidade araguarina.

Este, caros Leitores, é o nosso personagem de hoje em nosso Ponto de Vista. Cidadão honesto, modesto, trabalhador, digno, caráter inabalável e de grande prestígio.

Chefe de família exemplar, grande amigo, grande cidadão.

Relembramos passagens de sua vida, vida esta que partilhamos no decorrer dos anos, e o homenageamos, para que os nossos concidadãos, tenham conhecimento de uma vida vivida com amor, retidão, trabalho e cercada de amizades.

Abraço-o com o carinho de um grande amigo que sou, de um irmão de Ordem Maçônica, e, de cidadão araguarino reconhecido.

Como foi bom aquele sábado que passamos brincando em sua casa em 1950, e que tínhamos apenas 8 anos de idade.

Que o Grande Arquiteto do Universo continue a cobrir de bênçãos sua vida e de seus familiares, fazendo-o ser a pessoa que é.

Nosso reconhecimento, Bartolomeu Teixeira.

Era o que tínhamos.

Que Deus nos abençoe.

Um abraço.