Vamos falar sobre nossa Língua Portuguesa e as variações de uso que são feitas nela. Prestem atenção ao quanto que cada vez mais é usada a expressão: “A GENTE”.
Em tudo que vai se dito, as pessoas começam dizendo: a gente é, a gente pegou, a gente sabe e tantos outros a gente no início de qualquer frase que vão construir.
Até fazem com que nos esqueçamos que na realidade a expressão “a gente” foi criada como “gíria”.
Gíria esta que acaba substituindo manifestações que poderiam demonstrar a cultura de cada um de nós, cidadãos que usamos o idioma Português, a língua Portuguesa para nos comunicarmos.
E o quanto ouvimos: gosto docê; isto é procê; cê vai bem melhor; eu vou concê e não sei mais o quê.
Vejam bem, não é mais bonito quando pronunciamos nós somos, nós pegamos, nós sabemos, gosto de você, isto é para você e por aí a fora ?
Isso nos faz lembrar a oportunidade que nós, araguarinos, tivemos de estudar com grandes mestres que aqui trabalharam.
Mestres estes como o saudoso Hermenegildo Marques Veloso, professora Yolanda Ferreira Tomás e Dona Wanda Pieruccetti, verdadeiros Mestres da Língua Portuguesa.
Era feito inicialmente o Curso Primário, curso este que ia do Jardim da Infância até o quarto ano.
Aí então fazíamos o Admissão ao Ginásio, que nada mais era do que um “Vestibular” para irmos ao Curso Ginasial, curso este que durava quatro anos.
Posteriormente, terminada a segunda fase do ensino, passávamos a fazer o Curso Secundário, Científico, Normal ou Comercial.
Eram mais três anos estudando matérias várias, sempre como ponto principal a Língua Portuguesa. O Português.
Aí então veio o governo e alterou o ensino para 1º Grau, que ia do 1º ano (primário) até o 8º ano.
Passava então o aluno para o 2º Grau de Ensino, da 1ª à 3ª série do Segundo Grau, os antigos cursos Normal, Científico, Comercial.
Até 1967, o ensino médio era dividido em três cursos e compreendia o curso científico, o curso normal e o curso clássico. Na sequência em resolveu-se mudar e chamar de curso "colegial", também dividido, sendo que os três primeiros anos eram iguais para todos e posteriormente quem quisesse fazer o antigo Normal e o Clássico, tinha de fazer mais um ano.
Desde 1996, no Brasil, corresponde ao ensino médio a etapa do sistema de ensino equivalente à última fase da educação básica chamado de segundo grau, cuja finalidade é o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, bem como a formação do cidadão para a vida social e para o mercado de trabalho, oferecendo o conhecimento básico necessário para o estudante ingressar no ensino superior.
Infelizmente tudo isso não é suficiente e existem “verdadeiras aberrações” feitas por alunos do Ensino Médio.
Como exemplo vejam o que foi feito em uma prova do ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio:
“Dizem que o Euninho provocou uma tempestade; os zoutros são tudo de baixo nive; tem “gente” que fala pra preservar o meioambiente quando deve preservar ele todo; tudo porque o problema é de grande gravidez; tudo que ser de interesse coletivo de todos é para o bem geral; as hindústrias trabalham; o cerumano é; parcerias juntas; semelhantementes iguais uns aos zoutros; hoje endia tudo; na cidade enque fizeram; as coisas cerrevelam naturalmente; os jardins estão cheios de árvores arborizadas; nesta terra enque ensi plantando; pode-se falar noutro azunto anonser os indevidos; é necessário concentizar todos para se evitar porblemas; o seromano tem que ser bom.”
Acreditamos no esforço dos nossos educadores, que atuam dia a dia na formação do nosso povo.
Falando da Língua Portuguesa, estamos passando por uma mudança em nossa ortografia, vejam no vídeo abaixo.
Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.
Um comentário:
Uma das frases que, realmente, revira defunto dentro do túmulo é:
"a gente passamos...";
"a gente vamos ...";
"a gente construímos...";
Criaram outro tempo verbal e não me avisaram?
O interessante que ouvimos estas conjugações por pessoas que formam opinião.
A Língua Portuguesa é uma das línguas mais complexas do mundo, cometemos erros diariamente, mas, não custa nada fazer um reciclagem educacional de vez em "sempre" para aprimorar a comunicação.
Como é mais fácil criar um dialeto, principalmente, entre os jovens, a formação e a educação entram, literalmente, pelo ralo.
Outra expressão muito usada entre a juventude é: "tipo assim...". Tem hora que precisa solicitar um tradutor para conversar com essa juventude.
Desculpe os erros cometidos neste breve texto. Ainda tenho muito o que aprender.
Um abraço,
Alessandre Campos
arquiteto e urbanista
Postar um comentário