Caros Leitores.
Era o dia 04 de janeiro de 1968.
Naquela data, nós, caminhávamos para a Igreja de São José Operário, para recebermos as bênçãos dos Sagrados Laços Matrimoniais, com nossa eterna namorada, Terezinha Rezende.
São passados 40 anos de Vida Conjugal.
Estamos completando as “Bodas de Rubi”.
Tudo começou no dia 04 de dezembro de 1960, 47 anos atrás.
Após trocas de olhares, flertes, idas e vindas das aulas do Colégio das Freiras, pelo prazer de nos vermos, acabamos por iniciarmos um namoro, nós e Terezinha, em uma festinha, à tarde na casa do saudoso senhor Duarte Alves de Souza e sua esposa Fádua Farah. Era aniversário da Marilene, filha do casal, e a juventude amiga e vizinha estava toda presente no alegre e cordial encontro festivo.
Foi o início de uma longa e feliz jornada para culminar com nosso casamento, que ora completa seus 40 anos.
Temos então 47 anos de convivência entre namoro e noivado, com momentos alegres, tristes, difíceis, amargos, doces, sublimes, compreensões, incompreensões, enfim, de felicidade com a família constituída no decorrer dos anos.
O cine Rex registrou vários e vários encontros felizes nossos. A sede da U.E.A., com seus bailinhos aos sábados e domingos, após as sessões cinematográficas, era o local de dançarmos para encerrar o final de semana e nossos encontros. Assim eram os namoros e noivados da época. Anos Dourados. Sempre lembrados com suas belas músicas e nomes famosos.
Trabalhávamos na extinta Cia. Prada de Eletricidade, e nela encontramos a segurança necessária para assumirmos o compromisso mais sério de nossa vida. Constituirmos uma nova família.
Terezinha, jovem professora do então Grupo Escolar Visconde de Ouro Preto, que funcionava nas instalações da Escola Técnica de Comércio Machado de Assis e Ginásio Dom Vital, na Praça Getúlio Vargas. Belos e saudosos tempos.
Era uma quinta feira, data escolhida pelo fato de alongarmos espaço de Lua de Mel, uma vez não estarmos de férias em tão significativo momento de nossa vida.
Primeiro, Casamento Civil. Realizado na casa da noiva às duas horas da tarde, com o Juiz de Paz, Odilon Vicente Pereira e dona Beladina de Melo. Ambas as famílias reunidas, padrinhos, amigos prestigiaram o ato. Logo após, um coquetel para os presentes. Abraços, beijos, fotos marcaram o ato.
Logo após, as 18 horas, Casamento Religioso, como dissemos na Igreja de São José Operário, a Capela do Regina Pácis.
Foi um corre corre daqueles, pois o espaço entre uma e outra cerimônia foi pequeno para os arranjos dos convidados, em enfeitarem-se de acordo para a cerimônia religiosa. Mas deu tempo. Só se esqueceram de mim. Foram todos para a igreja e não lembraram de pegar-nos para o casório. Resolvemos o problema. Pegamos o carro e fomos dirigindo para a Igreja. Foi motivo de risos pela nossa figura chegando à igreja sozinho e guiando o carro.
Uma bela e emocionante cerimônia se realizou. Padre Alberto Arts, que foi professor de ambos, mantinha estreitos laços de amizade com as famílias, realizou um ato religioso que deixou a todos presentes emocionados, principalmente quando em suas palavras lembrou coisas e fatos acontecidos conosco. Os votos de felicidades por ele desejados se concretizaram, assim como de todos os presentes.
Amador Resende, o sogro que agora tínhamos, juntamente com dona Zica, (Andreína Alvim Resende), ambos de saudosas memórias, juntamente com seus filhos, noras e netos, ofereceram aos convidados uma recepção com variados e deliciosos pratos além de um suculento churrasco, regado a bebidas diversas.
Lembrada a pessoa de nosso pai, Julio Erbetta, falecido dois anos antes, representado nas pessoas de nossa mãe, Nina (Eufrozina Peron Erbetta), nossas irmãs, Cida, Yone, Luiza. Nossos cunhados Camilo e Marcelo. Tios e amigos que de longe vieram.
Nossa vizinhança toda presente. Famílias Souto, Rodrigues da Cunha, Souza, colegas da Cia. Prada, professoras do Visconde, enfim, todo circulo de amizade das duas famílias.
Naquela época, o chique era passar a Lua de Mel em Poços de Caldas. Lá fomos nós, de mala e cuia, viajando a noite para lá chegarmos na sexta feira. Foram dias agradáveis, alegres e inesquecíveis. Encontramos casais de Araguari que também comemoravam o casamento. Bela cidade do sul de Minas que proporciona um turismo de primeira qualidade.
Mas como os dias passam, os nossos também passaram. Retornamos a Araguari e ao batente.
Montamos nossa residência lá na rua dos Expedicionários.
Nela nasceram nossos dois filhos, Julio e Fernando.
Foram anos que deixaram gratas recordações.
Em 1973, mudamos para a rua Afonso Pena, onde nos encontramos até hoje.
Criamos os filhos nela. Os vimos crescer. Os vimos irem para a escola. Ambos no Santa Terezinha, fazendo o prezinho. Os primeiros passos escolares.
O antigo curso primário, ambos fizeram na E. E. Katy Belém que era anexa ao Estadual. Da 5ª a 8ª série do 1° grau, e do 1° ao 3° colegial, cursaram no Antônio Marques e no Colégio Objetivo.
Chegou a hora de partirem. Os vestibulares os levaram a estudar fora. Engenharia, ambos, Universidade de Uberlândia.
Com a ida para fora, o carinho com o lar aumentou mais ainda. Sempre que podiam estavam aqui em casa, nos dando a alegria de suas presenças, assim como desfrutando a terra natal que tanto amam.
As formaturas vieram. Primeiro o Julio. Posteriormente Fernando. Cumprimos nossa missão de pais. Nós e Terezinha havíamos conseguido realizar não só o sonho dos filhos, mas principalmente o nosso, a formação profissional dos mesmos.
No decorrer deste tempo, há 15 anos passados, comemorávamos nossas “Bodas de Prata”.
Revivemos o passado. A renovação dos votos matrimoniais, foram realizadas na Igreja de São José Operário, Regina Pácis, só que em suas novas instalações, lá no Jardim Regina. Padre Alberto Arts, o mesmo que realizou o casamento, oficializou a cerimônia. As transformações havidas no Colégio Regina Pácis, transformou a antiga Igreja em palco auditório. As instalações continuam com suas belas pinturas e estruturas, mantendo a tradição e o grande patrimônio, e os Padres erigiram uma nova e confortável igreja dentro do terreno da imensa propriedade.
As mesmas pessoas foram convidadas para a cerimônia religiosa, prestigiando o ato e desfrutando de tanta alegria conosco. Após, saboreamos com todos um jantar em nossa residência.
Chegou a hora dos casamentos dos filhos.
Primeiro o Julio casou-se com Cynthia, filha de Luiz Carlos de Carvalho e de Maria Amélia, residentes em Uberlândia, aumentando nossa família com a netinha Gabriela. Moram fora. O trabalho que ambos desempenham exigiu a mudança de Araguari. Sempre que podem aqui estão. Assim como nós, quando possível lá vamos para desfrutarmos juntos a união de todos.
Depois Fernando nos dá a alegria de casar-se com Kelly, filha do saudoso Juraci José de Souza, lá do Brasileirão, e da Elizabeth. Casaram-se aqui, porém, também, pela força do trabalho, residem fora. Sempre que podem estão aqui, assim como nós estamos lá.
No decorrer deste período, passamos por várias atividades profissionais, assim como Terezinha, ambos ampliando nossos conhecimentos, com estudos superiores para crescimento nas atividades a que nos propusemos.
No decorrer deste período, passamos por várias atividades profissionais, assim como Terezinha, ambos ampliando nossos conhecimentos, com estudos superiores para crescimento nas atividades a que nos propusemos.
Agora, na comemoração em família que faremos em 04 de janeiro de 2008, completando nossas “Bodas de Rubi”, estaremos todos reunidos, agradecendo as bênçãos de Deus, do Supremo Criador dos Mundos, do Grande Arquiteto do Universo, deste que nos dá forças para as vicissitudes da vida. Por termos passado todo este longo tempo, enfrentando os espinhos para colhermos as rosas do grande jardim que plantamos no decorrer de uma convivência cheia de amor, compreensão, ternura e gratidão recíproca que construímos na vida.
Os votos sagrados do matrimonio, foram e estão sendo cumpridos. Estamos juntos nas alegrias e nas tristezas, na saúde e nas doenças, na fartura e nas escassezes. Razões da longa união matrimonial.
Foram lutas e lutas com trabalho e doenças, porém com a superação abençoada por Deus.
Procuramos transmitir a vocês, caros Leitores, um pouco daquilo que tanto enfrentamos, esperando que como nós, sintam-se felizes pela comemoração de tão significativa data.
Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.
7 comentários:
Fiquei emocionado com as fotos do casamento.
É um orgulho ser parte desta família. Gostaria de retribuir tudo que recebemos de vocês. Formei meus conceitos e trilho meus caminhos apoiado no suporte que a nossa família, solida e bem constituida sempre me ofereceu.
Parabéns pelos 40 anos dessa bela união e obrigado por tudo!
Parabéns, irmão, a você e à cunhada Terezinha!!! Conte para todo mundo mais esse exemplo de companheirismo, que mesmo com opiniões diferentes é possível viver bem 40 anos! É um privilégio a sorte de ter sido possível convivência tão longa, até parece que somente as pessoas possuidoras de certa maturidade espiritual conseguem essa proeza. Mas como analisar as pessoas que não conseguem essa marca é o quebra-cabeça de muitos moralistas, religiosos e filósofos do mundo moderno. São os mistérios herméticos do Criador. Estou me esforçando para chegar lá, tenho 26 anos de casado, mas veja a história que o Paulo Coelho colocou no blog dele:
A medida do amor
Postado por Paulo Coelho em 27 de Dezembro de 2007 às 00:52
“Sempre desejei saber se era capaz de amar minha mulher como o senhor ama a sua”, disse o jornalista Keichiro a meu editor Satoshi Gungi, enquanto jantávamos.
“Não existe nada além do amor”, foi a resposta. “É ele que mantém o mundo girando e as estrelas suspensas no céu”.
“Sei disso. Mas como vou saber se meu amor é grande o suficiente?”
“Procure saber se você se entrega, ou se você foge de suas emoções. Mas não faça perguntas como esta porque o amor não é grande nem pequeno; é apenas o amor”.
“Não se pode medir um sentimento como se mede uma estrada. Se você fizer isso, vai começar a comparar com o que lhe contam ou com o que está esperando encontrar. Desta maneira, sempre vai escutando uma história, ao invés de percorrer seu próprio caminho”.
"Parabéns pelo Aniversário de Casamento".
Acreditem sempre na força do sentimento que os uniu! No coração de vocês está gravado que o amor é paciente, verdadeiro e eterno, capaz de crer, superar e vencer. Compartilhem sempre, todos os sonhos e alegrias... Parabéns e muitas felicidades. Feliz Bodas de Rubi. 40 anos. Kelly, Fernando, Julio, Cynthia, Gabriela.
Peron e Terezinha. Quarenta anos não é uma vida e sim um caminho que tem também seus espinhos mas, que graças a união de vocês, conseguiram juntos chegar com muita união, amizade, respeito, carinho, compartilhando os momentos bons e ruins.
A minha satisfação é também poder compartilhar este dia tão especial com vocês.
Que esta data seja comemorada eternamente e que o amor de vocês seja sempre um marco de felicidades.
Fernando e Tereza.
04/01/08. Parabéns e felicidades !
Lutaram juntos por grandes objetivos e sempre venceram e neste novo desafio, juntos e com coragem para lutar e vencer.
E mais dois filhos maravilhosos que estão juntos, com vocês, com certeza, Deus lhes concederá vitórias e mais vitórias.
Abraços da amiga Marilândia.
Ao prezado amigo Peron,
Acabamos de ver no seu Blog a comemoração de sua bodas de rubi. Linda história e excelentes fotos.
Parabéns para voce e a Terezinha.
Que Deus os abençõe nessa união que marcará as passagens tão significativas de suas histórias, que naturalmente ficarão gravadas no seu coração.
Agradeço o seu e-mail de final ano e desejamos um feliz 2008 com muita paz e saúde.
Caro Tio,
Lendo esta matéria, vem na lembrança o saudoso casal Celso e Nívea que também foram exemplo de companherismo na alegria, na tristeza, na saúde e na doença, só que neste caso não foi até que a morte os separe, pois nem mesmo ela conseguiu separá-los e acabou tendo que levá-los juntos...Com certeza, se estivessem aqui também iriam comemorar as bodas.
Parabéns pela matéria, pela força do sentimento e pelas bodas!!!
Abraço.
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