Como explicamos na matéria anterior, fazendo parte dos preparativos para publicação das matérias sob o título de “Devaneio”, vamos postar o Ponto de Vista cujo título encontra-se acima, também escrito em maio de 2001.
Assim sendo, vamos a ele.
Estamos aqui de volta para um novo contato com vocês, ou melhor, uma conversa aberta sobre os acontecimentos que ocorrem no cotidiano.
Como vêm, pelo título, iremos abordar hoje um assunto que mexe com toda a humanidade, considerando-se o fato de vivermos em contato direto com nossos semelhantes.
Logo, todos estão sujeitos a enfrentar adversidades várias, sendo o preconceito a principal delas, pois ela, esta palavra já pela forma de se expressar, vem a traduzir uma série de afrontas ao ser humano, que ele próprio criou em seu viver.
Fazendo uma visita ao “ilustre Aurélio”, pudemos encontrar várias definições para esta palavra, que infelizmente atinge a maioria dos cidadãos.
Quem é “preconceituoso”, é porque não passou ainda por momentos na vida que exigem dele a participação direta com o seu semelhante.
Passando, poderão ver como cuidados e “as bênçãos de Deus” os permitem amenizar a dor de quem sofre.
Mas como dissemos, no “Aurélio”, encontramos que preconceito é:
1 – Conceito ou opinião formado, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos, idéia preconcebida.
2 – Julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os conteste, prejuízo.
3 – Superstição, crendice, prejuízo.
4 – Suspeito, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões, etc.
Infelizmente definições várias existem para esta palavra. E dentro destas definições, se formos analisar, iremos ver que pode existir um “pouco” de preconceito por alguma coisa, ou por algo que um tem ou é, ou freqüenta, ou pratica.
ExposiçãoCartoon de Rodrigo em mostra europeia
Senão vejamos:
RELIGIÕES:
Quantas religiões ou crenças existem no mundo?
Observem, em cada uma delas são encontrados seguidores, adeptos, outros tantos praticantes ou mesmo simpatizantes.
Perguntamos, pode alguém criticar seu semelhante por ser adepto de uma ou outra religião ou crença?
DOENÇAS:
Temos visto constantemente nos meios de comunicações, na mídia, como se proliferam as doenças infecto contagiosas.
Ao vermos, pensamos: isto só acontece por lá, naquela região, naqueles lados, por aqui tal mal não vem.
Nosso clima, nossa saúde, nossa região não permite a aproximação de males que infestam os locais mais atrasados, sem assistência médica, sem infra estrutura, sem asseio e higiene.
Quando menos esperamos, ela, a doença nos atinge, atinge a família, um amigo, um desconhecido, mas chegou no local que estamos.
A sífilis, a hanseníase, a AIDS, a tuberculose e muitas outras, caem sobre o ser humano de nosso relacionamento e temos que conviver com ele. Compartilhar o mesmo espaço físico.
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Pela The Aid Agency
E ela, a doença, controlada, não oferece risco às pessoas que circundam este doente, pois como fariam os médicos abnegados, juntamente com o pessoal da área de saúde lidarem diuturnamente com as pessoas infectadas por algum mal?
Com os cuidados e os controles não se contaminam, e muito menos os portadores das doenças contaminam alguém (lógico e evidente, se não for proposital, por revolta, por falta de informação, por não saber que está com o mal, ou na maioria das vezes, por não terem o cuidado tão divulgado pela mídia, principalmente no que diz respeito a AIDS, transmitida sexualmente, pela droga).
As doenças podem estar no ar que respiramos, na água que bebemos, no chão que pisamos, e com os cuidados e as valiosas informações e métodos desenvolvidos pelo homem, graças a Deus, somos imunizados.
Mas, pode existir preconceito com quem é portador de qualquer mal chamado contagioso, perdem-se amigos, parentes, só ficando os abnegados que dele cuidam.
Creiam, eles saram, a doença vai, é curada. A pessoa fica, podendo estar sujeita a ser discriminada pelo ser humano que se julga imune, impune, invulnerável.
Na realidade, é um despreparo, uma desinformação. Não fazer nada pelo seu semelhante, a não ser fazê-lo sofrer pelo desprezo recebido.
RAÇAS:
Existe alguma melhor que a outra?
Ora, entendemos que somos todos iguais, independente de COR – RAÇA – RELIGIÃO.
O Preconceito, a Discriminação Racial, são abomináveis.
É isto aí nossos queridos leitores. Sentimos necessidade de escrevermos algo sobre preconceito e de quem é alvo dele.
Gostaríamos aqui de lembrar nessa matéria que 21 de março, foi o dia mundial contra a discriminação racial.
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Lembramos as raças que formaram o povo brasileiro, portanto em nossas veias correm sangue de nossos ancestrais, com certeza pertencentes a essas raças.
Por que o preconceito?
Então recebam todos nossos respeitos e nossa admiração pelo que são, e o que representam para a sociedade.
Bem assim termina a narrativa feita em 2001, lembramos que na época destas publicações (Ponte do Bethout e Preconceito) recebemos vários comentários como o do Dr. Nilson de Melo, aposentado do Banco do Brasil e advogado, se deu ao trabalho de atravessar a rua para comentar a respeito. Obrigado de coração.
Nesse mesmo período estivemos no Cartório do Fabinho Bitencourt, e lá estava o jornal, e qual não foi nossa surpresa quando ele disse: Peron sou seu leitor e todos aqui do cartório também.
Ocorreu também naquele ano a surpresa de vermos estacionar seu carro ao nosso lado, descer e vir nos abraçar também pela matéria da Ponte, o Dr. Neiton de Paiva Neves.
Aquilo para nós foi atingir o ápice de nossa investida com o jornalismo, pois um intelectual do naipe de um Dr. Neiton, um ícone da história de Araguari, nos distinguir com sua humildade e vir abraçar-nos emocionado dizendo:
“Meu caro Peron, minha família materna é toda de origem ferroviária. Você conheceu meu tio Waldomiro (nosso irmão Maçom, falecido recentemente), irmão de minha mãe, meus tios, todos viveram em ferrovias. Trouxe-me grandes recordações ler sua matéria. “
Caros Leitores, falando em lembranças me permitam trazer ao presente mais um fato que revendo estas memórias no momento nos lembramos, na gestão de Dr. Neiton de Paiva Neves, Araguari completou seus 100 anos de existência.
Para tanto, dentre outras comemorações da data, Dr. Neiton, incentivou a então FUNEC, Fundação Educacional e Cultural de Araguari, da qual era Presidente o Dr. Nílvio de Oliveira Batista, e nossa pessoa ocupava o cargo de Vice Presidente, que escrevêssemos um livro contando a história de Araguari, nossa história.
A FUNEC repassou a incumbência para a FAFI, Faculdade de Ciências e Letras de Araguari, que tinha na época como Diretora, a Professora, Aparecida Peixoto Cruz, que por sua vez, determinou as professoras e pesquisadoras, Maria Consuelo Ferreira Montes Naves, e Gilma Maria Rios, a coordenarem a confecção do livro.
Isto foi feito. No dia 05 de setembro de 1988, em sessão solene nos auditórios da FAFI, foi feito o lançamento do Livro, com o título de “ARAGUARI, CEM ANOS DE DADOS E FATOS”, com a presença de autoridades civis, militares, eclesiásticas, povo araguarino, alunos da faculdade na época, assim como ex-alunos.
Temos um exemplar autografado pelas coordenadoras e pelo Dr. Neiton. Sucesso absoluto. Edição esgotada. Um exemplar vale seu peso em ouro.
Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.
2 comentários:
"Grande amigo, Peron.
De novo com um ótimo tema.
Falar de preconceito é muito delicado, pois mexe com a alma, com a essência. Quanto menor ambas, maior o preconceito.
Então, vamos dar valor a tudo que nos é dado por Deus e cuidar de tudo que é herdado dos homens.
O mundo será muito melhor quando nos sentirmos iguais.
Essa mistura de raças faz dos brasileiros e, principalmente brasileiras, pessoas lindas, formosas, elegantes e tudo de bom.
Não existe ninguém melhor que o outro. Todos tem seu valor que somados dá um resultado enorme.
É assim que penso.
Um grande abraço e, parabéns pela matéria.
Sândra"
Muito bom...
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