sábado, janeiro 03, 2009

Relançando Uma Idéia

Caros Leitores,

Aproveitando o tema Usina Piçarrão, relançaremos aqui uma idéia originalmente proposta em fevereiro de 2006, com a publicação no dia 12 do referido mês da seguinte matéria na imprensa.

A idéia apresentada na época não foi aproveitada.

Esperamos que agora, a mesma possa ser novamente analisada, estudada minuciosamente também pela FAEC, Fundação Araguarina de Educação e Cultura verificando a possibilidade de colocá-la em prática, mudando totalmente o quadro turístico de nossa cidade.

Vamos então a ela:


“Piçarrão - O futuro turístico de Araguari "


"Por diversas vezes, escrevemos e comentamos sobre a velha e maravilhosa Usina Hidroelétrica do Piçarrão.


Voltamos desta feita a comentar a respeito, mas com a finalidade única de apresentar uma sugestão a respeito da transformação da mesma, no maior e melhor ponto turístico de nossa cidade.

Na hipótese de nossa sugestão ser aceita, passaremos a possuir uma fonte de renda inesgotável, considerando-se a beleza do local, as instalações da usina, sua casa de máquinas, a escadaria de acesso, 315 degraus, o canal que leva as águas para gerarem energia, seus dois geradores, a represa com as comportas, a bela e inigualável cachoeira, que inclusive já foi capa de lista telefônica, e tema de mestrado de uma estudante araguarina, e, pelo fato da mesma ser hoje, uma miniatura das grandes hidroelétricas que abastecem nosso imenso e rico Brasil, estando ainda em funcionamento.

Vamos por etapas.

01 – Trata-se de um Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari.

Com a implantação da energia elétrica em nossa cidade, pelos idos de 1908, início do século XX, a mesma se concretizou em 1925, com a conclusão da construção da memorável Usina Piçarrão. Isto pela extinta Cia. Prada de Eletricidade. Pioneirismo do Grupo Prada, sob a direção do Comendador Agostinho Prada, substituído hoje por seus filhos e demais descendentes, tendo a frente, o Dr. Tullio Prada, em São Paulo. Apenas para ilustração, o Grupo Prada, no Brasil, era formado além da Cia. Prada de Eletricidade, pela fábrica de Chapéus e Calçados Prada, em Limeira, Estado de São Paulo; Metalúrgica Prada, em São Paulo e posteriormente em Uberlândia, MG. Pela Itália, pátria da família, os empreendimentos Prada, conhecidos por todos através da mídia.

02 – Com negociações a serem realizadas com a CEMIG – Companhia Energética de Minas
Gerais, sucessora da Prada no Estado de Minas Gerais, esta usina que ainda gera energia em conexão com as demais usinas interligadas pelo país, poderá vir a ser uma demonstração ao povo, aos turistas que aqui virão, de como é gerada a energia elétrica, lá em seus primórdios, até chegar aos dias de hoje com a alta tecnologia empregada.
Para a concretização de tamanha negociação, necessário será a presença de homens de proeminência na cidade, no Triângulo Mineiro, em Minas Gerais e do Brasil, melhorando a condição do turismo em nossa cidade, trazendo para cá turistas para conhecerem a beleza natural do Piçarrão, sua usina hidroelétrica, nossa cidade e logicamente, trazendo divisas para nossa cidade.


Assim sendo, deverá ser uma negociação em alto e respeitável padrão de representantes. Argumentos fortes e reais terão que ser apresentados por pessoas que realmente entendam do assunto turismo.

Não basta ocupar um cargo ou comentar a respeito. Torna-se necessário de gabarito para tal finalidade, e, este gabarito deverá ser escolhido dentre os segmentos sociais de nossa cidade. Exemplo: entidades de classes, clubes de serviços, maçonaria, universidades, e outros de relevância comprovada.
Deverá ser apresentado a CEMIG, o planejamento necessário para a transformação da Usina do Piçarrão em um Ponto Turístico de suma importância para a cidade, região e próprio estado, buscando uma parceria para esse empreendimento que propiciará grande rentabilidade financeira para o município e cultural para todos.


Logo, pessoas certas, para uma transação necessária. Responsabilidade para surtir credibilidade.

03 – O que fazer no local?

Quantas, mas quantas coisas poderão ser construídas no Piçarrão para torná-lo no maior e melhor local turístico de nossa cidade.
Dentre as cachoeiras existentes no município, nenhuma reúne tudo que se encontra no Piçarrão. Queda d’água fantástica, maravilhosa. Localização de fácil acesso. Paisagem natural de rara beleza. Tudo, mas tudo que se faz necessário para um grande empreendimento.

Este empreendimento requer fundos financeiros de grande vulto. Logo, torna-se necessária a parceria. Grandes empresas exploradoras deverão participar do negócio (onde nos referimos que a negociação deve ser feita por pessoas que conheçam realmente do assunto).

A cachoeira com mais de 50 metros de altura, em uma rocha de raro esplendor, com um poço d’água logo após a primeira queda, com uma segunda, antes de iniciar a descida pelo rio a fora, proporciona uma visão do vale que poderá ser aproveitada com a instalação de um teleférico onde os visitantes conhecerão o local em cadeiras suspensas, penduradas e deslizando suavemente em trajetos do alto da cachoeira, indo até a Casa de Força, voltando para o canal, indo até a represa.
Tudo isto com paradas para visitas. Cada local destes deverá possuir plataformas com passarelas, assim como Foz do Iguaçu, aonde os turistas chegam pertinho da água, recebendo a névoa provocada pela águas que caem pela cachoeira.

No alto, na chegada, um hotel fazenda poderá ser construído, com estábulos e cavalos domesticados para cavalgadas pela região. Charretes também. Chalés construídos para hospedagem dos que chegam.
Restaurantes e lanchonetes distribuídos em pontos estratégicos para os visitantes desfrutarem das belezas que se apresentarão a sua frente. A natureza em festa, o turista feliz, a cidade movimentada, o rentabilidade financeira aumentando, o turismo imperando em nossa cidade.


04 – Asfaltamento da via de acesso daquilo que se tornará no maior cartão postal de Araguari, o melhor ponto turístico da terra, o local que transformará a cidade, colocando-a realmente no Circuito Turístico de Minas Gerais.


Abordado assim o assunto, reiteramos que essa idéia seja aprofundada, analisada com carinho proporcionando assim, aos araguarinos, um crescimento rápido, e, uma projeção no cenário nacional e até internacional, dado o grande vulto da realização desta simples, porém significativa sugestão apresentada por nós, cidadão honorário que somos desta maravilhosa terra.

Terra que merece destaque, sucesso, crescimento, desenvolvimento. Tudo a nosso alcance, dependendo apenas de visões e desprendimento de seus mandatários.

Cremos nós que, a CEMIG, poderá apoiar esse empreendimento, visando também à cultura de um povo, que poderá desfrutar das belezas naturais do local, conhecendo na íntegra, a geração de energia elétrica, conhecendo sua história em Araguari, em suas origens.
Oportunidade rara, em uma “miniatura” considerada hoje, de uma usina geradora de energia elétrica.

Fica assim, registrada nossa sugestão, esperando que sirva de exemplo de realizações que poderão ser feitas em nossa cidade, além de tantas outras que passam despercebidas aos nossos olhos.

Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.”

Comentários manifestados quando da publicação desta sugestão no então blog Panorama Araguari, do jornalista Aloísio Nunes de Faria, em fevereiro de 2006:

“A respeito das opiniões a favor da idéia do Perón, confirmam o sucesso da mesma várias opiniões manifestadas ao blog através de telefone, endereço de e-mail e pessoalmente ao blogueiro aqui.

A sugestão não poderia ter sido melhor. O local comporta, dependendo de um investimento pequeno, que pode ser alcançado junto ao Consórcio Capim Branco Energia (CCBE) e à Cemig.

Só falta a Prefeitura acordar e os nossos governantes terem vontade política. Mas, essa falta de querer trabalhar dos homens públicos da cidade poderá ser superada.”


“Caro Aloísio, feliz estamos, com a repercussão de nosso Ponto de Vista, publicado na imprensa local, denominado “Piçarrão - O futuro turístico de Araguari” e transcrito para o seu concorrido blog.

Pelos quatro cantos da cidade por onde circulamos, inclusive no Pica-Pau, a idéia de transformar a "usininha" lá existente em um museu foi apoiada, o que dotará nossa cidade de uma atração turística que poderá lhe dar a redenção no ramo.

Agradecemos sinceramente a todos que se manifestaram a respeito.

Ao arquiteto e urbanista Alessandre H. Campos, sobrinho de nosso grande amigo, médico dos nossos filhos quando pequenos, Dr. Sebastião Campos, mestre político de grandes eleições que participamos e vencemos juntos, agradecemos a opinião manifestada a respeito em seu blog.”

Assim, caros leitores, relançamos uma idéia visando o surgimento de novas oportunidades em nossa Araguari.

Um comentário:

Alessandre Campos disse...

Um bem ao ser tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural tem suas características culturais preservadas, assim, as futuras gerações podem conhecer na prática o que significou e o que representa este bem para a sociedade.

Ao tombar um bem de expressivo valor cultural, como é o caso da Usina Piçarrão, jamais se propõe o seu congelamento, a sua ociosidade na paisagem.

A reativação da Usina Piçarrão pela CEMIG e sua interligação com o sistema elétrico nacional, vem demostrar que a Usina tem capacidade produtiva de energia elétrica e está viva.

Desta forma, dotar aquele espaço de um complexo de lazer e entretenimento vem corroborar com o pensamento patrimonial que temos: a utilização sustentável de todo e qualquer bem tombado, pois só assim, teremos a continuidade de nossa cultura garantida, por pelo menos, mais um século.

Mais uma vez, Perón, parabéns por esta iniciativa.

Alessandre Campos
arquiteto e urbanista.